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Chương 2 .

Pela visão de Theliel:
Eu não sei de muitas coisas na vida, mas se tem algo que eu aprendi depois de quase um ano de chicotadas todos os meses, era que machucados que estavam péssimos em um dia, não se curavam completamente em outro. Mas mesmo assim, as pernas de Sophia pareciam perfeitamente curadas, sem dor. Foi por isso que voltei. Porque muitas coisas não faziam sentido na minha cabeça, e eu não poderia partir em paz até que entendesse tudo, ou quase tudo.
Atravessei a cidade pelas ruas que eu entendia ser as menos movimentadas. Gritos e barulhos de tiro poluíam meus ouvidos, pessoas corriam de um lado para o outro, pegando mantimentos para se enfiar na floresta como nós. Eram sobreviventes, aquilo não seria o maior dos problemas. Quando passei pelo portão de entrada, assim que sai do escritório do chefe, vi a situação o mais de perto possível sem que eles me vissem. Alguns homens tentavam juntar as poucas armas roubadas que tinham para enfrentar os inimigos, mas apesar de poucos, eles estavam preparados. O portão foi fechado, e depois de matar todos os nossos "guardas" do lado de fora, eles arrombariam tudo.
Corri até onde eu pensei que fosse a casa do chefe, onde eu havia visto ele entrar uma vez depois do trabalho. Algo nele não me cheirava bem, e depois da desconfiança de Sophi ter sido confirmada, parei pra pensar se a minha também poderia ser. O homem esperto, morava em uma casa afastada, mas com saídas o suficiente para se caso ficasse encurralado. Larguei o rastreador da maldita Tenya do outro lado da cidade, e corri até ali com o máximo de descrição possível. Então entrei. Usando um clipes que acabei pegando emprestado para sempre, virei o trinco da fechadura, e entrei com facilidade. De fato, a prática ajudava muito. Fechei a porta, e no mesmo instante um barulho diferente soou no ar. Bombas. Eu precisava sair dali rápido.
Atravessei a pequena cozinha e comecei a revirar os quartos. Mais e mais, armários, gavetas e caixas foram revirados, livros folheados e materiais analisados. O tempo corria, e eu também, mas minha atenção não foi reduzida. Quando passei para o quarto dele, ouvi algo. Uma goteira? Analisei o banheiro e nada. Procurei ignorar o barulho enquanto procurava em uma das gavetas ao lado da cama, mas algo me dizia para olhar para baixo. Para baixo do tapete? Puxei o tecido que cobria o lado e um pouco abaixo da cama, e quase suspirei de alívio. Um alçapão se revelava, quase igual ao que ele havia aberto para Sophia e os outros. Abri a porta, mas quando estava prestes a pular... escutei um baque surdo, de algo caindo do outro lado da cama. Me arrastei até lá, e peguei o pequeno caderno de couro, completamente conservado pelo tempo. Abri e folheei as páginas, não me prendendo em nada especial. Mesmo assim, peguei o caderno e enfiei na mochila que trazia, já me direcionando para o alçapão. Mas as explosões cessaram. Silêncio completo absoluto tomou conta da cidade, nenhuma voz ecoava. Tive medo de que o barulho da porta do alçapão pudesse ser ouvido de longe, mas não ficaria para descobrir. Desci as escadas depois de fechar a portinha, e então corri. Corri muito. Como se minha vida dependesse daquilo eu corri.
Quando vi a pequena luz no final do corredor escuro, diminui o passo. Uma grade tapava a saída, mas foi fácil retirá-la. Do lado de fora, parecia que o mundo estava mais colorido, depois dos minutos que passei debaixo da terra. Olhei ao redor, tentando me localizar para começar a procurar o grupo. Uma alavanca, provavelmente montada para destruir o túnel, me fez tropeçar e cair. Então aproveitando a deixa, a puxei, e observei enquanto os montes de terra cobriam a entrada do buraco. Sem perder tempo, aproveitei as horas de sol que ainda tinha, para me localizar e bolar um plano de rota. Isso levou treze segundos. Eu conhecia as pequenas bases ali perto, eles não deviam ter ido muito longe.
Abri o caderninho de couro e comecei a andar enquanto lia, confiante em minha habilidade e senso de direção. Consegui desviar da maioria dos galhos, evitei tropeçar na maioria das vezes. Parei de ler quando cheguei na primeira caixa de madeira pendurada na árvore, quase escondida o suficiente para que eu não percebesse. Sempre fui atento aos detalhes, por isso o fato de Ganthir ser Uriel me afetava tanto. Eu deveria saber. Afastei os pensamentos com um aceno de cabeça, conforme subia para a pequena base através do tronco. Entrei e percebi que não havia ninguém. Não era muito difícil, já que a base era apenas um cômodo de madeira com um armário de suprimentos, duas ou três camas e um biombo. Era o padrão. Desci a árvore, voltei a andar. Mais oito quilômetros e subi na próxima base. Nada. É assim foi nas próximas quatro.
Na quinta base, ouvi vozes. Minha barriga congelou. Não simples vozes, mas a doce e perfeita voz de Sophia. Comecei a subir. Mas algo... uma rajada de vento me derrubou no chão quando alcancei o terceiro degrau de madeira improvisado, derrubando o livro comigo. Estiquei o braço para pega-lo, mas o vento balançou as páginas e parou, como se escolhesse uma para que eu lesse. Ainda inconformado com a situação, peguei o caderno e li. A cada linha, era como se meu estômago se revirasse. Pude sentir o suor frio escorrendo por minha testa, a boca se abrindo em choque. Sophia precisava saber. E o mais rápido possível, precisava tirar todos de perto daquele homem. E pensar em uma forma de salvar o mundo.

Bình Luận Sách (996)

  • avatar
    Loko LokoJean Domingos

    ótimo

    5h

      0
  • avatar
    JogarEu

    essa história foi ótima

    6h

      0
  • avatar
    LagosEsmerana

    maravilhoso😍

    22h

      0
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