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Chương 2 .

Eu contorcia as mãos em cima do colo, nervosa, ansiosa e receosa. Gandallia se inclinava sobre Metatorn para analisá-lo, o anjo já sem consciência, as asas estiradas ao redor do colchão pequeno. Quantas vezes mais Metatorn se machucaria por minha causa? Ousei arriscar um olhar para a porta, que fez meu coração se acelerar. Meu irmão observava o fruto de sua raiva, mas remorço algum ocupava seus olhos. O mais puro orgulho brilhava, a vergonha me inundou. Senti vontade de soca-ló eu mesma, de dizer o quão injusto ele havia sido. Mas eu teria o defendido meses atrás? Ou aliás, duas semanas atrás? Ele era um pouco mais que um estranho pra mim. E assim como a partida do meu pai, a morte da minha irmã havia afetado muito mais Abbadon do que eu. A raiva que eu sustentva por ele passou, quando eu entendi que seu ódio não era totalmente infundado.
— Abbadon. Venha.
Puxei meu irmão para fora da cabine, já que olhar não ajudaria Gandallia a curar Metatorn. Andamos até a parte de fora do navio, onde Theliel e Azazel conversavam animados. Me sentei de pernas cruzadas no chão, e Abbadon ao meu lado, formando uma roda de quatro pessoas.
— Posso ver a sua tatuagem da barriga?
Perguntei, me lembrando do que Azazel havia me contado sobre suas tatuagens. Os irmãos haviam se tatuado juntos desde cedo, e uma das tatuagens era mais especial. A que cada um carregava no abdômen, que um escolheu para o outro. A de Azazel eu conhecia, a água banhada em sangue, voando para cima. Mas a de Theliel... imaginei se seria muito estranho perguntar.
— Você mostrou?
Theliel olhou incrédulo para o irmão, que apenas deu de ombros. Então ergueu uma das sobrancelhas, e depois a barra da camiseta, até quase o peito, revelando um abdômen cheio. Não só de músculos, mas de tatuagens também. Diferente de Azazel que só possuía uma, Theliel tinha pelo menos oito nas costelas, e envolta da do centro. Bem acima do umbigo, identifiquei a que procurava. Um lobo uivando para a lua, como a de Azazel, banhado em sangue vermelho-vivo.
Sem pensar, me coloquei de joelhos, e engatinhei para mais perto do garoto, esticando os dedos para tocar aquela obra de arte. Diante de meu toque, seus músculos estremeceram, mas ele não fez menção a abaixar a camiseta. Quase que involuntariamente, meu olhar se desviou para a mão que segurava o tecido fino da camiseta branca, adornada por um desenho que eu não entendi. Espirais, círculos e outras formas se uniam simetricamente, em linhas finas e grossas contornando os dedos e as costas da mão. Meus dedos foram de sua barriga para essa tatuagem. Eu puxei sua mão para mim, aproximando os olhos da pintura. Mal percebi quando seus dedos envolveram os meus, e só notei a raiva de Azazel, quando ele se levantou de uma vez.
— Vou ver Metatorn.
— Não!— protestei— Vai atrapalhar Gandallia!
Me levantei para impedi-lo, mas a frase que Abbadon soltou, fez com que nós dois ficássemos paralisados.
— Desde quando você se importa tanto com ele?
Respirei fundo, me lembrando do motivo de seu ódio, me lembrando de que precisava de paciência com meu irmão, que eu não via a quase um ano. Então fechei as mãos em punhos, tentando me concentrar na calma.
— Desde quando ele salvou minha vida, uma semana atrás.
Uma semana. Praticamente uma semana nessa confusão, e pareciam meses. Esses dias foram mais longos e completos, dos que eu passei sozinha enrolada nos lençóis. Essa era a verdade, que aquele pequeno grupo havia devolvido a luz para minha vida. Mas Abbadon não ficou para ouvir. Ele mesmo se retirou, na direção da parte de trás barulhenta do barco. Azazel continuou na direção das cabines, e eu me sentei de volta ao chão, derrotada. Pensando alto, já não ciente da presença de Theliel ainda ao meu lado, me perguntei:
— O que houve com ele naquele lugar?
Sei que algo estava diferente, podia ver em seus olhos. Apesar de azuis profundos, de alguma forma estavam negros. Uma sombra estranha se colocava sobre eles, algo que eu não conseguia explicar.
— Muitas coisas Sophia. Coisas que você não poderia nem sequer imaginar.
Ergui meus olhos para o cinza sólido presente nos de Theliel. Era impressionante a forma como os irmãos tinhas cor de olhos diferentes para cada ocasião, eu nunca me enjoaria disso. Mas seus olhos... não tinham o poço de escuridão dos de Abbadon. Pareciam lívidos.
— Sabe o que me manteve assim? Novo em folha?
Balancei a cabeça negando. Theliel havia passado alguns anos a mais nos campos de concentração, deveria ter sido mais afetado. Mas seus olhos, brilhavam em vida tanto quanto os de Azazel, Metatorn, Ana ou Cass.
— Você. — Engoli a pergunta, à espera da continuação— É uma longa história garotinha, ainda bem que está sentada. Eu e Azazel nascemos em um campo de concentração. Nossos pais eram não anjos, e como a lei diz, ficamos com eles até um de nós completar a maioridade. Azazel passou no teste, ao contrário do que todos esperavam, e me levou com ele. Como não havia chegado meu momento no teste, eu tecnicamente não era um não anjo, então o acompanhei. Moramos juntos por um tempo, a alegria mais intensa que já senti na vida... acordar sem ter as costas abertas por chicotes grossos com pontas de ferro.
Seus olhos se mantiveram firmes. Não se desviaram dos meus, ou se encheram de lágrimas. Sua voz não se engrossou, ou falhou, era calma. Como se tudo não passasse de uma lembrança distante.
— Quando eu reprovei no teste, fui levado para um campo diferente. Um ano depois seu irmão chegou. Ficamos amigos de cara, e acho que isso me salvou. Eu estava pensando em tirar minha própria vida, quando ele acordou no meio da noite, clamando por você. Eu o acordei, e ele me disse que seu rosto era a única coisa que o mantinha vivo, que a ideia de você sendo banida, o fazia morrer aos poucos. Então eu prometi a ele, que salvaríamos você se estivesse perdida.
Theliel desviou seus olhos por todo o meu rosto, como se me analisasse meticulosamente.
— Parece que meu irmão te encontrou antes. E... Abbadon estava certo ao dizer que você era a garota mais linda que conhecera. Não é atoa a forma como Azazel te encara.
Um som de surpresa escapou de mim, algo que não pude reconhecer ao certo o que era. Cobrindo a boca de espiando, balancei a cabeça, negando as afirmações.
— O que? Azazel não... bom, nada disso é verdade, especialmente a última parte!
Cruzei os braços na frente do peito, me recusando a aceitar aquilo como verdade. Que forma Azazel me olhava? A forma como olhava para Gandallia?
— Certo. Típico. Se odiarão até perceberem que tudo isso não passa de paixão.
Theliel jogou a cabeça para traz, preguiçosamente.
— Quem sabe eu não tento conquista-la no processo?

Bình Luận Sách (858)

  • avatar
    FranciscoFrancisco Leite

    muito bom a história e muito boa

    18h

      0
  • avatar
    vih luiza

    miúda uhxjuxjsuajqjajnenndudhdhdhhehrh

    20h

      0
  • avatar
    Weslainny Santos

    muito bom recomendo ler

    23h

      0
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