logo text
Thêm vào thư viện
logo
logo-text

Tải xuống cuốn sách này trong ứng dụng

Chương 5 Cinco

Faziam pelo menos trinta minutos que eu estava enrolada em posição fetal na cama de Zander quando o resto dos meus irmãos entraram pela porta roxa. O tempo eu estimava pelas lágrimas secas em minha bochecha, e por minha incapacidade de soltar qualquer outro fluido. Eles haviam trazido dois pratos de comida lotados para mim e Zander, mas eu não estava com fome. Eles me olhavam nervosos, sem saber direito o que dizer. Eu não esperava muito, só o fato de estarem ali comigo era reconfortante. Zander deitou ao meu lado, costas coladas as minhas, finalmente dizendo:
— Pelo menos não terei ninguém se esgueirando pela minha janela as três da manhã.
— Você nem dorme aqui direito.
Reclamei quando Alex puxava o travesseiro que eu segurava para se sentar ao meu lado.
— Trammy vai sentir sua falta...
Ele sussurrou baixinho. Soltei uma risada fraca quando pensei na namorada sorridente do meu irmão. Que ironia, tantos anos de namoro para que eu acabasse me casando antes.
— É melhor que você a peça em casamento, antes que eu o faça por você.
Alex bateu continência como se fosse um soldado seguindo ordens de seu general. Eu ri mais uma vez, me sentando na cama. Olhei para cada um dos meus irmãos ali reunidos, todos tristes e pesarosos, provavelmente assustados com tudo o que estava acontecendo. Tão absurdamente diferentes, mas tão iguais no que se tratava do amor que sentiam um pelo outro, e por mim. Meu coração se pesou mais uma vez quando imaginei o quanto iria doer ficar longe deles.
— Zander, é melhor que você pare de bebedeira e mulheres, bastardos são ruins para o trono. Vlad, vê se pega leve com todos eles, nem todos nasceram pra arte como você... Arlo, só continue sorrindo e ignorando todos ao seu redor, menos Saramantha, ela você deve escutar! Owen... mantenha os olhos abertos, muita gente vai querer se aproveitar do coração lindo que você carrega no peito. E Kai... — minha voz travou por um instante quando cheguei no meu irmão gêmeo— tenta ser menos perfeito, as pessoas te comparam a mim, e preciso manter minha reputação!
Um misto de risadas e lágrimas irrompeu pelo quarto. Viramos um emaranhado de abraços e saudade, uma saudade que mal começava e já ardia em nosso peito. Não sei quando adormecemos, só registrei um Vladmir nervoso andando de um lado para o outro buscando suas roupas no chão. Zander e Kai amanheceram na cama, Alex na poltrona de estudos, Owen no sofá e Arlo em uma pilha de roupas de Zander que havia usado para se sentir mais confortável. Eu havia me esquecido de quando fora a última vez em que dormimos assim. Todos amontoados no mesmo quarto.
— O que nosso pai tinha na cabeça? Agora temos que preparar um almoço real para os convidados, jantar real e sem deixar a festa do somados lado! Por que convidar a realeza de Bulhart mais cedo?
Vlad calçava seus sapatos enquanto gritava para ninguém em especial. Seu cabelo ruivo parecia mais um ninho de pássaros do que cabelo humano. Ele saiu do quarto batendo a porta, deixando para trás seis irmãos ruivos atordoados. Com um fungar profundo, Zander se levantou para encher a banheira, quando reparei nos olhos inchados ao meu redor. Provavelmente não havia mais água em nossos corpos depois das toneladas de água que derramamos pelos olhos na noite anterior. Eu tinha mais três dias com meus irmãos, isso se Finn decidisse se casar comigo logo no fim da festa de Vlad. Mas nem tudo estava perdido. Eu tinha três dias para provar ao rei e a rainha que eu era uma péssima escolha de esposa. Certo, eu só precisaria ser eu mesma.
Arlo murmurava algo sobre controle do fogo para Kai quando disparei pela porta ansiando um banho antes de fugir para a cidade. Barduc precisava saber o que estava acontecendo. Eu não podia dizer que o amava, ou que estava apaixonada por ele. Mas ele era uma certeza, era algo seguro. Nada nunca era surpreendente entre nós, e eu gostava disso, da rotina em casa pra pedaço da minha vida. Rotina nas aulas, rotina nas fugas, rotina até nos beijos que eu e Barduc trocávamos. Por seu olhar eu sabia quando ele se inclinaria para me beijar, sabia quando queria apenas ficar me encarando ou quando passaríamos a tarde abraçados. Eu gostava de saber o que esperar de Barduc, isso fazia eu me sentir no controle da situação, no começo eu já previa o fim. Não queria perder isso, não queria abrir minha vida para um estranho que eu não podia prever, sem saber o que esperar.
— O que aconteceu?
Isla e Ravi esperavam ansiosos ao lado de Barduc na floresta para saber o veredito de meu pai. Eles sabiam que haveria um castigo, mas não podiam imaginar qual seria. Com um certo pesar, me aproximei deles e contei sobre a visita adiantada do rei e da rainha, do meu castigo, e de minha linda reação no jantar do dia anterior. Quando terminei, um sorriso presunçoso estava estampado na cara de Ravi. Eu sabia que ele diria "eu avisei", por isso me adiantei:
— E ele só fez isso pelo pequeno incêndio, que você me fez causar.
— Espera, como assim?
Isla largou o graveto que usava para cutucar o formigueiro a sua frente quando eu contei exatamente o que havia acontecido naquela tarde em que a floresta pegou fogo.
— Então você recebeu como punição o que te fez perder a cabeça e receber a punição que não seria realidade se você não tivesse perdido a cabeça pelo motivo da possível punição...
Isla batucou os dedos no queixo completando o raciocínio. Ravi soltou uma gargalhada enquanto olhava maravilhado para ela. Barduc não tirava os olhos das próprias mãos entrelaçadas em seu colo. Me sentei ao seu lado, esbarrando meu joelho no seu, a diferença de tamanho das nossas pernas se tornando quase cômica.
— O que você vai fazer?
Sua voz era um pouco mais que um sussurro agora, não quis olhar para seus olhos, pois sabia que lágrimas insistentes habitavam ali.
— O que mais? Vou ser eu mesma e esperar que o rei e a rainha de Bulhart ofereçam a vida para não me terem na família.
Forcei um sorriso, mas ele vacilou quando vi que Barduc não havia achado graça. Ele finalmente desviou o olhar das mãos e o encaixou no meu. Meu coração deu um pequeno salto quando ele se aproximou e beijou a minha testa, depois a encostou na sua.
— Tente não estragar a aliança... nosso reino pode depender disso.
Me entrelacei novamente em seus braços, buscando por aquela sensação familiar que compartilhávamos. Quando sua mão percorreu os fios do meu cabelo, tentei limpar minha mente, tentei me afastar do castelo mentalmente, não só fisicamente. O melhor na minha relação com Barduc eu pensei que fosse o fato de eu não precisar sentir nada. Eu pensei que tudo fosse incrivelmente fácil pelo fato de nós guiarmos pelo físico e não emocional. Mas quando senti as lágrimas quentes de Barduc pingarem em minha cabeça, eu já não tinha mais certeza. Eu queria que fosse mais fácil, ou que eu conseguisse sentir o mesmo. Mas para ser sincera eu não sentia medo de perdê-lo. Sentia medo por Kibtaysh, por cada um de meus irmãos, por todo o meu povo mas... não por ele em específico. Me senti culpada, desesperada para sentir algo por ele. Mas nada veio. Talvez eu tenha nascido para não me apaixonar , talvez meu destino tenha sido um casamento arranjado desde o princípio. Tentei me concentrar no vento ao meu redor, e antes que pude perceber havia adormecido.

Bình Luận Sách (950)

  • avatar
    PereiraJosilene

    ....................,.........,......................

    11h

      0
  • avatar
    BatistaJoana

    ótimo livro

    3d

      0
  • avatar
    Breno Sales

    muito bom 😃

    6d

      0
  • Xem tất cả

Các chương liên quan

Chương mới nhất