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Quando finalmente terminei a minha tarefa escolar, que parecia não ter fim, me ergui da escrivaninha com um suspiro de alívio. Estava exausta, tanto física quanto mentalmente, e tudo o que eu queria era um banho quente e relaxante para lavar as preocupações que ainda me atormentavam. Caminhei lentamente em direção ao banheiro, sentindo os músculos do meu corpo se contraírem a cada passo. Porém, antes que eu pudesse alcançar a porta do banheiro, ouvi a voz de Charles me chamando do outro lado da porta do quarto.
 Era uma voz suave e gentil, mas também ansiosa e insegura. Charles era o meu tutor, mas também o meu melhor amigo. Ele cuidava de mim desde que eu fui deixada em sua porta, há anos atrás. Ele era a única pessoa que eu tinha no mundo, e eu o amava como um irmão.
 Mas às vezes ele era muito protetor e preocupado comigo, e isso me sufocava um pouco.Voltei para a porta do quarto, hesitando entre ignorar o seu chamado ou abrir a porta para ele. Eu não queria ser rude com ele, pois ele não merecia isso. Ele era tão bom para mim, tão generoso e bondoso.
 Ele me dava tudo o que eu precisava e mais, sem nunca pedir nada em troca. Ele só queria o meu bem, o meu sorriso, a minha felicidade. Mas às vezes eu só queria ficar sozinha, sem ter que dar satisfações ou explicações para ninguém. Sem ter que fingir que estava tudo bem, quando na verdade não estava.
– Pode entrar, a porta está aberta. – Gritei da porta do banheiro, tentando soar animada e receptiva. Mas eu sabia que a minha voz saiu fraca e forçada.Charles entrou no quarto com cuidado, como se estivesse pisando em ovos.
 Ele tinha uma expressão de culpa no rosto, Charles era muito expressivo, era uma das coisas que eu mais gostava nele. Ele nunca escondia o que sentia, fosse alegria, tristeza ou raiva. Ele era sempre sincero comigo, mesmo quando isso doía. E quando ele tentava disfarçar, ele nunca conseguia me enganar.
 Eu conhecia cada gesto seu, cada olhar seu, cada sorriso seu.– Você estava indo tomar banho, Nabi? Eu posso esperar lá embaixo por você. – Ele disse com um tom de voz meio sem graça.
 Ele odiava quando pensava que estava me atrapalhando, e eu nunca sabia como tranquilizá-lo. Ele era tão atencioso comigo, mas às vezes eu só queria um pouco de espaço.– Não, não tem problema. Eu ainda tenho tempo de sobra.
 – Disse eu, indicando para ele se sentar na poltrona que ficava ao lado da cama. Enquanto isso, eu me sentei na beirada da cama, para que Charles não se sentisse tão desconfortável em conversar comigo.Charles olhou em volta do meu quarto com uma expressão de desaprovação silenciosa, como sempre fazia. O quarto era muito simples e minimalista, com poucos móveis e uma cor neutra nas paredes.
 Ele sempre me incentivava a comprar mais coisas, ou a mudar a cor das paredes, mas eu sempre recusava qualquer mudança, insistindo que gostava dele assim, sem muitos enfeites. E era verdade, eu gostava dele assim. Era espaçoso e confortável, e eu podia dançar ali sem me sentir apertada. Charles tinha colocado um espelho grande em uma das paredes para que eu pudesse me ver dançando, e o meu quarto tinha uma janela enorme que eu adorava.
 Charles tinha comprado essa casa por minha causa, quando percebeu que eu gostava de ficar olhando o céu por horas a fio. Só de pensar nisso me deixava mal. Ele tinha se mudado da sua casa antiga, onde ele morava há anos, só para me dar uma janela maior e mais segurança. Ele tinha feito tantos sacrifícios por mim, e eu não sabia como retribuir.
– Nabi, está tudo bem? – Ele perguntou, me tirando dos meus pensamentos. Mas como eu poderia responder a isso? Eu não queria mentir para ele, mas a verdade só o deixaria mais preocupado comigo.
 Então menti. Era a minha única opção no momento. O olhei e tentei sorrir, mas o meu sorriso saiu fraco e falso até para mim mesma.– Charles, está tudo bem.
 Não se preocupe. Só estou um pouco estressada com a mudança. Escola nova, professores novos, colegas novos..
. Você sabe que eu não gosto de mudanças. E agora isso é tudo novo para mim. Ainda estou me adaptando a tudo.
 – E isso não era totalmente mentira. Nós tínhamos nos mudado há quase sete meses e eu ainda não tinha me acostumado com tudo. Era tudo diferente para mim novamente. E a escola era o pior lugar.
 Muita gente me olhava por causa dos meus olhos violeta que parecia incomum, sempre alguém me parava para perguntar se eram lentes de contato. E quando eu dizia que não eram, recebia olhares de desconfiança como se eles achassem que eu estava mentindo.– Se você diz que está tudo bem, eu acredito em você. Mas você sabe que se precisar de mim, eu sempre estou aqui para você, né?
 – Ele disse, com um olhar carinhoso.– Eu sei. Mas como eu disse, está tudo bem. – Eu repeti, sem muita convicção.
 Ele era sempre paciente comigo, nunca me pressionava a nada. Mas eu sabia que ele não acreditava tanto assim em mim.– Nabi, eu vou descer e fazer o café para você. Desça quando estiver pronta, está bem?
 – Charles se levantou e saiu, me deixando sozinha novamente.ele sempre fazia café para mim antes de sair para o trabalho, mesmo dizendo a ele que não era necessário que eu mesmo poderia fazer meu próprio café toda manhã, mas ele nunca me ouvia então parei de tentar convencê-lo a parar. Às vezes tinha pena de Charles, ele era bom demais e eu sabia que quebraria seu coração um dia mesmo sem querer.

Bình Luận Sách (610)

  • avatar
    JuvencioRenata

    estou adorando a história

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    CarlaLorenna

    toop

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    Ketellyn Mourao

    bomm

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