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O Parto

Estava na maternidade, seu filho já havia nascido era homem, quando o viu, a cópia de Guilherme Ventura, a senhora simpática orava agradecendo ao santo pelo carro não ter dado nenhum defeito durante a estrada e até mesmo ter dado partida, Beatriz se via confusa, mesmo sem identificação fora atendida em um hospital público, uma das costureiras que acompanharam, pediu somente seu cartão de cidadão, ela não a tinha mais, a mesma que fez a pergunta tinha um cartão falso, que serviria para aquele procedimento, ao entrar no hospital já dera os procedimentos de parto, sendo acompanhada pelas enfermeiras e pelo médico de plantão, o documento passou despercebido, e muitos teóricos afirmariam que mesmo sem cidadania ela teria direito a dar luz aquele filho nos parâmetros da saúde.
Depois que o recém-nascido havia tomado banho pela primeira, a mãe olhou atentamente, se via agora como mãe, como responsável por aquela criança, mas sentia uma repulsa, em todos os detalhes parecia ser mais Guilherme Ventura do que Beatriz Lima, pensamentos retrógados apareceram em sua mente, sentia toda aquela dor armazenada e já sendo esquecida, rompeu, esvaiu, era chorava, aquelas pessoas ainda desconhecidas presenciaram as lágrimas desceram, pensaram que seria de alegria, mas era o verdadeiro desespero, até no seu pranto mais doloroso, soube disfarçar, fazer jogos com os que rodeiam.
Quando amamentou pela primeira vez a criança, sentiu novamente na pele e nas condições de uma mãe, que deveria oferecer todo amor do mundo, juntamente com carinho, alimento, condições de vida, abrigo, roupas, estudos, até seguir sua vida adulta e o mesmo seguir seu rumo, mas ela estava tão desestruturada que não sabia nem ao menos se a mesma possuía as condições que queria ofertar com todo amor ao seu filho, mesmo sendo uma cópia escarrada daquele homem que ela tentou usar com degrau, porém desabou escadarias abaixo.
As demais intrigantes da fábrica de costura já haviam se retirado, pegaram o ônibus e voltaram aos seus afazeres, ela ficou com um tempo, com a meiga senhora, a mesma ofereceu.
- Posso oferecer um lugar para a criança?
Beatriz, ainda sonolenta, passou as mãos nos olhos, associou as palavras, não se sentia digna, a vontade de usar cocaína era incontrolável, queria ter aquela sensação de acordar da morte, de relaxar com metade do seu corpo totalmente anestesiado.
- O que me diz? Insistiu.
- Não tenho para onde ir.
- Quando quiser, me conte seu passado, será melhor para você aliviar esse peso que carrega em sua mente. Disse a senhora muito prestativa.
Porém ela só era espinhos, não iria se abrir para ninguém, era ela, somente ela, no mundo, com seus pensamentos, impondo seus desejos, ao menos era isso que tentava ser, até que um dos seus desejos se realizou, o que se tornou as piores dores.
O doutor foi até seu encontro.
- A senhora é da família?
- Não, irei me retirar. Disse saindo.
- Então Joana Luzia, iremos ter que fazer algumas operações, alguns procedimentos, tais como reconstituição do canal vaginal e anal.
Mesmo que ela escondesse de todos, o médico descobriu, não com detalhes, mas descobriu.
- Mas não quero saber do que andou praticando, só desejo oferecer ajuda se fora abusada, iremos denunciarmos e a proteger, você deseja fazer a denúncia.
“-Denunciar, ele merece ir para um dos piores ciclos do inferno.” Sua consciência teve esse lampejo.
- Não, não pretendo denunciar. Afirmou.
Mas ao afirmar isso, afirmava também que tinha sido abusada.
- Tem certeza? O Doutor olhou fixamente em seus olhos, com um ar sério.
- Sim absoluta.
Por último ela termina.
- E o procedimento.
- Iremos fazer, você será encaminhada para cirurgia amanhã.
“- Talvez esse procedimento devolva minha dignidade”. Ponderou.
O amor pelo filho foi desenvolvendo ao longo do dia, depois que o médico saiu, com a entrada da senhora que não abria mão e nem desistia daquela mulher, Bia se perguntava-se, que anjo esse que entrou na minha vida.
- Vamos nos revezarmos, outra pessoa irá ficar com você aqui amanhã, logo trocaremos de turno.
Na manhã seguinte, nas primeiras horas do dia, ela fora encaminhada para ala cirúrgica, os membros inferiores foram anestesiados, seguindo do sonho.
- Acordou.
Já não era mais a senhora simpática, era uma das mulheres que ela tinha mais afinidade na tesouraria da empresa.
- Sim.
- Como se sente? Prosseguiu.
- Bem.
Falou tais palavras com a boca seca, com a língua grudando no céu da boca entre os dentes.
- Pode me dar uma água?
- Claro.
Quando a água veio até ela, pensou.
“Poucas vezes, pedi ajuda, como um copo d’agua, quantas vezes já fui ajudada, um dia terei que recompensar, talvez não nessa vida”. Sua personalidade ainda continuava ardilosa, mesmo com a explosão de sentimento, exaurindo e se controlando.
Tinha retornado para seu local de trabalho, com um berço ao lado, a criança acordava no meio da noite, chorando, algumas mulheres reclamavam, mas eram super pacientes e cordiais, o ambiente de trabalho era ótimo, sem o frenesi ou o canibalismo e ter que derrubar alguém, cada vez que o bebê tocava com seus lábios em suas mamas, afirmava milhares de vezes, “- sou mãe, você terá o melhor que puder oferecer”, ao transmitir esse pensamento a criança adormecia, juntamente com ela, que se dividia entre cálculos, compras com fornecedores e amamentação nos primeiros meses de acordo com orientação médica.
Ela já estava com uma boa quantia, guardada, tinha poucas despesas, quase nenhuma, tudo por conta, moradia e alimentação, só que a dor em sua alma era forte, havia se tornado virgem de novo, não que isso devolveria sua pureza ou até resíduos daquilo que era sua inocência, mas para acordar daquele pesadelo, só uma coisa poderia a aliviar, cocaína.
Já tinha o plano traçado, iria roubar todo o caixa da tesoureira, juntamente com o bebê, onze horas da noite, todos já estavam dormindo, esperou mais vinte minutos, juntou sua boa quantia, roubou tudo que havia na tesouraria da fábrica de costura e saíra sorrateiramente, sem vestígios.
Pegou um táxi, pediu para ir uma pousada.
Só havia comprado aquele produto uma vez, mas uma intuição e o impulso fez perguntar ao taxista.
- Onde encontro cocaína?
- Cocaína, o que é isso? Devolveu a pergunta o motorista.
- Pó.
- Ah, pó, eu tenho aqui, quer quantas?
O taxista mostrou isso segurando o volante de já separando a quantia necessária que ela queria, pegou um pouco do dinheiro que tinha, do montante, que era um absurdo, mas não era nem a quantia próxima que tinha em seu cartão de crédito tempos atrás.
- Está bom aqui?
- Vish. O taxista riu.
- Com isso você paga a corrida e leva a mercadoria toda.
Estacionou em frente a pousada, ela saiu, agradecendo.
- Moça, Moça, meu cartão, se precisar.
O Taxista ainda pensou por a chamei de moça, com uma criança no colo.
Pagou uma semana de hospedagem, em uma pousada não luxuosa, mas também não barata.
Assinou o papel de entrada com qualquer nome, ainda tentaram pedir o documento, ela persuadiu, pagando a diária mais cara.
A criança dormia, não sabia de absolutamente nada o que acontecia, ou muito provável, poderia estar atentado a tudo.
Deitou o bebê na cama, com o travesseiro levemente inclinando a cabeça da criança para cima.
Estava tremendo, seu joelho ia para frente ia para trás, os dois, suas panturrilhas seguiam direções da direita a esquerda.
Finalmente, conseguiu.
- Foda-se.
Aspirou o produto.
Mas ao invés daquela boa sensação que teve, sentiu totalmente agoniada, agitada, anestesiada, a garganta não descia nem cuspe, mesmo assim apreciou os efeitos psicoativos.
***
N’outro dia, sentiram falta da recém parida, mas não se alarmaram.
- Foi dar uma volta. Essa foi a conclusão das mulheres.
Até abrir o caixa, e perceber que estava totalmente zerado, resolveram comunicar com Lourdes Souza, a senhora simpática.
- Devemos chamar a polícia.
A Senhora muito experiente.
- Não, eu só desejo que ela encontre o caminho, enquanto ao dinheiro não se preocupem, vamos seguir nossa vida.
Lourdes acendera uma vela para seu santo, ajoelhou e começou a rezar.
***
O dia amanhecendo, ela desistiu de usar tudo aquilo, e foi dormir, acordou no meio na noite, para da mama, ainda pensou se a criança teria resíduos daquela substância no leite materno, mas seu conhecimento científico não permitia afirmar.
E voltou o ritual de dividir as carreiras de pó e cheirar, assim repetidamente, entre amamentação e um teco, já estava se esquecendo até de se alimentar.
Olhou no espelho, sua aparência estava totalmente transformada, os olhos estavam ficando fundos ao redor totalmente escuro, cheia de olheiras, expressão magérrima, como se haviam drenado suas energias, seu rosto estava com duas covas da bochecha, isso em três dias de uso, sem se alimentar, e tanto de mamar, por fim acabou a mercadoria, resolveu descansar, mais estava totalmente agoniada, na cama, rolava de um lado para outro, só dormira o primeiro dia, nos dias restantes fora para acabar com a mercadoria do taxista traficante.
- E agora? Se perguntou
- Ao menos estou esquecendo aquele crápula.
Muitos afirmariam que ela saiu de um ciclo do inferno na presença de Guilherme Ventura, se dirigindo a outro ciclo infernal.

Komento sa Aklat (1499)

  • avatar
    Xavier Neto

    amei ❤️

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    Rose

    iu3hh3u

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  • avatar
    Samira Kkj

    o livro até elegal

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