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Torturas

Beatriz Lima, ao longo dos dias ficava isolada naquele apartamento a visita do que poderíamos considerarmos esposo, era menos frequente e quando marcava ponto, era para destruir com ela de todas as formas possíveis, agredia fisicamente, verbalmente antes e depois de a servir sexualmente, para o milionário que era tanto atraiu em pensamento.
Esse não era o sonho que ela desejava.
Essa era a realidade que ela estava submetida.
Guilherme Ventura, não tinha mais serventia, ela analisou muito bem, nunca teve, só queria escorar em seu capital, já teria parte do capital com o filho, ,a justiça iria fazer assumir o filho e o papel de pai, mesmo que esse seja direcionado somente as contas bancárias, pensou em se aventurar com outro homem, esperou um tempo para os hematomas nos corpos desferido pelas agressões amenizassem, o tempo passou e quando se pôs a ir no mundo, atrás de outro homem que pudesse saciar, não só sexualmente, mas emocionalmente e psicologicamente, se pôs no mundo com maquiagens, escondendo as torturas, saberia que em breve receberia uma cantada de alguém, ficou ali sentada no bar, tomando um conhaque com limão, naquele frio, não só da alma, mas em torno do ambiente que estava.
Um jovem elegante, levemente embriagado, decidi puxar conversa.
Ela iniciaria com seus jogos que estava acostumado, mas isso foi tão em vão, pensou em Júlio Souza e em todos outros que lhe poderia fazer muito mais feliz, do que o atalho que estava percorrendo.
- Por Favor, sente-se. Ela falou bebendo um pouco de Conhaque.
Ambos trocaram ideias, sentimentos, ela foi muito reservada, queria saber somente do homem que estava em sua frente, “ele serviria”, ela ponderou, como qualquer o homem do mundo naquele momento que se encontrava em frangalhos, totalmente fragilizada, lembrando do peso do murro de Guilherme sobre sua face, ele serviria, como qualquer outro. Esse foi o ponto.
Foi o ponto que não dera continuação, não sequer nem beijou, apenas pegou o número do homem, Ricardo Gomes, saindo toda acanhada, igualmente bicho mato, chegou em sua casa, tirou o salto, soltou o vestido dos ombros, caindo sobre os chãos, passou a mão sobre o ventre, teria que fazer alguns exames, deitou-se, de calcinha e sutiã, naquele dia, se poderíamos afirmarmos com todo esplendor e com toda dor, fora o dia que estava mais bela, até que o telefone tocou, o telefone nunca tinha tocado e ela nunca ligou para ninguém.
- Alô. Falou ela de forma surpresa.
- Sua Vadia, eu viro as costas você me trai.
O paraíso que já iria adormecer em sua mente, desabou, ouviu as piores injúrias por telefones, desencadeando nesse momento um pensamento, mesmo com alguns resquícios de certezas, mas que muitos alegaram como ideias de persecutórias.
- Irei mata-lo na primeira oportunidade. Esse pensamento depreciativo latejou até o dia amanhecer, até adormecer, já com os primeiros raios do dia.
Acordou já bem depois do meio dia, ainda pensando em matar-lo.
Quando percebe um envelope debaixo da porta, ela intrigada, se põe a ler.
“Minha Querida,
Troquei a fechadura do apartamento, somente minha pessoa irá abrir essa porta, não pense em arrombar ou gritar por socorro, pois sairá um cadáver desde lugar, totalmente irrisório.
P.S.: Enquanto ao alimento, terá no momento correto, economize e contente-se com pouco.
Te amo”
Ela gritou, mas não soltou vibrações vocálicas, dera um grito para dentro de sua alma, que durou por toda eternidade.
A dor misturada com tédio, entrava em um dos piores momentos da sua vida, estava totalmente desfigurada, sem máscara para imputar, ela que era a rainha das máscaras, não pela beleza, mas pelo orgulho e a arrogância que desenvolveu no pouco tempo de jornada, estava em uma depressão profunda, já estava entrando no quarto mês de gestação, comia migalhas, já não possuía mais o conforto de antes, Guilherme por um instante estava se mostrando doce, mas só de o ver estremecia, a depressão estava sendo severa e crônica, tinha dificuldade de concentração, por instinto materno e por amor, só pedia a Deus:
“ – Deixe que meu filho nasça longe, desse tormento, longe desse furacão”.
Tinha saudade da sua rua, dos amigos assim por dizer, lembrava muito emocionada, por mais simples que alguns atos eram, eram verdadeiros, eram humildes e era do fundo coração, lembrou as várias e várias que a rua fora fechada, não transitava nenhum veículo, só passavam moradores da redondeza, com cerveja, cachaça, feijoada e caças, como paca e capirava.
Uma lágrima desceu.
- Deus eu era feliz.
- Devolva minha felicidade.
Já não saberia distinguir ou sentir o nascer e pôr do sol, seu corpo não sentia mais esse hábito, contemplava da janela, alguns carros, transeuntes, nada mais, sua mãe, seu pai, doía o coração, em ter fugido com o homem que poderia ter sido o príncipe, mas era o verdadeiro capeta para ela, ele só aparecia, para satisfazer seus desejos sexuais, nada mais, não a agredia mais.
Não sabia ao menos nem quanto tempo sua gestação se prosseguia.
Tentava ler a bíblia, não conseguia associar o texto do contexto, seus pensamentos, totalmente desconexos, ela percebia que estava delirante, queria pedir ajuda, mas não encontrava ninguém, sua cidade natal, muito provável já dera como morta e a enterraram.
Guilherme Ventura, bate a porta.
Ela não sabe quem estava do outro lado, olhou pelo olho mágico, percebeu que alguém se escondia, só poderia ser uma pessoa, o capeta do seu inferno.
- Amor abre a porta.
A palavra amor, soava com uma entoação tão sem nexo e desprovida de emoção que saía de forma mecânica e assustadora.
- Não tenho as chaves.
Estava totalmente submissa, não devolver a retórica podia.
- Vou jogar por debaixo da porta.
- Achou?
Ela ainda trêmula, suando frio, perguntava-se, o que poderia vir.
Ele já entrou a empurrando, como suportes de penetração vaginal imensos, algemas e um chicote de três pontos.
Abusou dela das piores formas possíveis e foi embora dizendo:
- A chave a sua, toma seu cartão de volta, foi uma boa menina, não desobedeça.
Totalmente preocupada, e totalmente ensanguentada, totalmente desesperada, perguntava-se:
- Deus eu mereço esse inferno?
Desmaiou, de dor, sangramento ao longo das costas e na parte da vagina, algo que a deixava preocupada.
- Deus, deixe meu filho nascer.
Desmaiou novamente, em meio a poça de sangue, tendo somente forças para clamar pela vida do seu filho que estaria ali por nascer.
Apesar de estar aparentemente livre, queria fazer os exames corriqueiros da maternidade, esse seria o momento ideal, até mesmo de comprar só uma passagem, em um ônibus qualquer e fugir, mas remontava estar fragilizada, sem dinheiro, sem emprego, com formação mediana, e ela parada no tempo, vítimas das piores atrocidades que uma mulher possa suportar.
Pela primeira vez, ao acordar, deve coragem de ligar para alguém, tinha uns números de amigos de memorizado, mas ligou para sua casa, o telefone estava mudo, apertou algumas teclas, não completava o sinal.
- Miserável, essa porra só recebe chamada.
A ideia de matar ele, ia crescendo cada vez mais, mas não tinha forças para completar o plano, se sentia totalmente indefensa quando o via, ainda se perguntando ingenuamente.
- Será que o amor.
Com a mão no ventre que já se apontava, ela apesar de não ter feito nenhum ultrassom, sabia que seria um menino.
Certa vez ouviu uma reclamação da sua prima, com seus tios, até que os avós intercederam, dizendo:
- Tenha clemência, a criança no seu útero está ouvindo e sentido tudo.
Será que ela estaria passando aquelas dores todas para o menino, o sofrimento.
Ligou a televisão, finalmente estava conseguindo se concentrar.
O Locutor dizia:
“Primeiro devemos questionarmos o que é realidade, pondo em questão a realidade, nos perguntaríamos se a normalidade existe tanta importância, causa pois, teríamos que sermos ou aparentarmos sermos normais, se em um leque a realidade nos foge e estamos em um mundo totalmente abstratos, em um mundo dos nossos pensamentos, seguindo o silogismo do real, o paraíso é abstrato, pois está além da matéria, mas não é loucura, como também não é infundamentado, ao pôr o questionamento da realidade em questão, estaríamos capturados fragmentos e tentando descobrir, isso é real, em um mundo pré-concebido do concreto e ao romper o concreto, estaríamos em um mundo abstrato, estamos atrelados a insanidade?”
A plateia havia sido desprendida totalmente do conceito real, só restava as fagulhas flamejantes daquele pensamento que hipnotizava todos, pondo em questão a tamanha farsa, de adjetivarmos os loucos e os normais, de separar uns na clínica e outros no batalhão, citou Erasmo de Rotterdan, em poucas palavras no livro Elogio da Loucura.
“São loucos tratando de loucos”.
Beatriz se emocionou imensamente com que ouvia, parece que Deus estava mandando uma mensagem, uma mensagem enigmática, por parábola, que faria pensar e muito, quando prestou atenção na feição do locutor.
- O Rapaz do bar. Afirmou.
- É ele, como toda certeza.
Aquele instante de televisão a deixou hipnotizada, não pelo exageros das tonalidades das cores que fazem nossa mente estar em um estado passivo, mas a conclusão perceptível que apalpava.

Komento sa Aklat (1499)

  • avatar
    Xavier Neto

    amei ❤️

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    Rose

    iu3hh3u

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  • avatar
    Samira Kkj

    o livro até elegal

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