Lá dentro era diferente das outras salas do asilo tinha ama boa cama, armário um tapete bonito no chão, mas estava tudo lavado de sangue até as paredes e aí ele já imaginava o que poderia acontecer a seguir.
— Que maravilha, olha tudo o que eu mais queria ver era um cadáver é sério! – Fala com um tom bem incomodado...
Ele vê um rastro de sangue como se alguém tivesse sido arrastado para o banheiro do cômodo, ele não se conteve em sua curiosidade e seguiu tal rastro. Com cuidado ele abriu uma fresta da porta e um cheiro ruim saiu de lá, pelo o que parecia tinha alguém morto a mais de quinze horas ali dentro do banheiro, ele entrou e viu o corpo.
— É garota pelo menos deixaram seu rosto em paz na hora de finalizar o serviço..., que nojeira, aonde a gente foi se enfiar? Ainda mais com Laura que nunca entrou em lugares assim! Se eu não morrer Rei me mata! Está bom, aqui não tem claridade que ótimo!
Ele vai até a outra escadaria do mesmo andar e resolve descer por ela, já que era mais iluminada que a outra.
— Saída de emergência do satanás essa.... Eu espero que as meninas estejam bem e com mais sorte que eu, é claro..., mas sei que por aqui eu não irei ir mesmo.
Para seu azar ele para em uma escadaria interrompida por uma grade fechada.
— Putz ..., este destino está de brincadeira com a minha cara hoje só pode! Hoje é o dia da “fudelança” no mal sentido da palavra mesmo! Pera aí que barulho é esse? Esse barulho vem lá de baixo?
Vê de longe as sombras dos idosos correndo pelo corredor do segundo andar.
— Merda não pensei que iria ter velhotes aqui em baixo já..., aqui não para descer mesmo terei que voltar e descer pelas escadarias escuras, hoje o azar está me abraçando sem dó, então se é para morrer vai ser em qualquer lugar deste asilo.
Retorna a outra escadaria cuidadosamente e se atentando a cada barulho suspeito pois poderia ter idosos a procura deles naquele andar ainda, mesmo que a maioria já esteja no andar de baixo.
— Vamos lá então, vou ter que usar a lanterna bem é melhor que ficar aqui e não achar as meninas... – Ele liga a lanterna e ela se apaga, ela não quer ligar de forma alguma, ajudando no azar de Tae. — Sério isso? Vai ter que ser assim no escuro mesmo.
Ele foi descendo as escadas com cuidado pois estava um breu naquele lugar, não tinha janelas na escadaria daquele andar e nem energia elétrica no prédio, ele foi seguindo a descida das escadas até chegar no segundo andar. Quando ele chegou no segundo andar ele se impressionou um pouco pois era um corredor bem cuidado parecia que foi reformado e com luz de lamparinas a óleo, ele observava tudo com muito cuidado pois não sabia se os idosos permaneciam ainda naquele andar.
Quando saiu de onde estava, viu algo de longe no fim do corredor, achou estranho pois o que avistou era sim uma pessoa, a pessoa estava caída no chão e aparentava estar machucada, ela se levanta e sai correndo e entra em uma sala. Tae sai correndo ao encontro desta pessoa pois para ele se parecia muito com Laura, mas como estava longe dele, ele não tinha muita certeza, mas resolveu ir até a pessoa. Entrou em uma sala, esta que ele avistou a tal pessoa entrar, ele se deparou com uma cena totalmente diferente da do corredor, ali dentro era sujo, paredes um pouco chamuscadas e o cheiro de mofo era muito forte, parecia ser um lugar que ficava constantemente úmido mesmo com as suas janelas quebradas e deixando o ar entrar. Era uma sala muito grande tinha uma antiga lareira com algumas madeiras mofadas dentro dela, um sofá muito velho, e a madeira do chão estava danificada com muitas partes queimadas, ele escutou um barulho em uma pequena sala que tinha dentro do cômodo.
— Quem está aí? Eu vi alguém entrar, me responda!
Como ele tinha visto a outra porta que dava acesso ao outro cômodo resolveu ir até lá, pois se fosse um dos idosos não iriam se esconder mais sim o atacar, então entrou naquele lugar mesmo não tendo muita iluminação, pois tinha uma pequena janela que dava o mínimo de luz para o cômodo. Esta pequena sala era bem mais conservada do que a anterior, não tinha o chão chamuscado e continha um grande armário antigo dentro dela.
Visão de Antônia

Antônia correu e correu até se cansar, ela foi descendo as escadas escuras no breu até chegar em um lugar bem diferente que na realidade, nem se parecia mais com o asilo abandonado, as paredes eram feitas de grandes pedras, o chão era de madeira vermelha como se alguma vez tivesse sido passado cera vermelha nela e nas janelas não eram janelas eram mais grandes buracos, com lamparinas prateadas, para se parecer com janelas.
— Amor acho que aqui está bom, imagino que os despistamos agora... – Ela olha para trás e vê que seu marido não está com ela — Aff! Mais que merda! Aonde o Tae está? Tudo o que eu precisava agora era isso! E para piorar este enjoo do cão não me larga desde ontem! Se me acharem aqui aí sim que eu estou morta..., e o pior é que não vão achar meu corpo neste lugar!
Antônia anda por vários minutos até descer mais uma escadaria e achar um túnel bem iluminado, inacreditavelmente lá tinha luz elétrica e ela falava para ela mesma “— Será que se eu seguir este túnel eu saio deste asilo?”, já que ela estava andando por aquele túnel sem rumo certo..., não custava tentar, era muito melhor seguir a adiante do que voltar e ser pega por aquelas pessoas, ela dava cada passo torcendo que logo aparecesse a saída que desse acesso para a rua. Ela foi andando e andando até sentir um cheiro que a agradou, ela seguiu o cheiro, ela a levava para mais alguns passos para frente, aonde ela encontrou uma grande porta de metal com uma pequena janelinha nela e dentro dela ela viu umas velas aromáticas no chão, mas elas não eram simples velas aromáticas pois o cheiro exalado por elas não parecia nada normal. Antônia olhou para o canto do quarto e avistou uma adolescente vestindo um vestido azul com um casaquinho rosa e uma venda no rosto, ela resolveu entrar então abriu a grande porta de metal, quando a abriu ela percebeu que as velas iam até a porta, meio que a impedindo de entrar.