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Capítulo 7

— Amor da minha vida, o que aconteceu com você? — pergunto, olhando diretamente para seus olhos castanhos. Oliver não olha para mim.
Cruzo os braços e solto uma pequena risada ao ver sua expressão um tanto emburrada. Ao analisar os movimentos insistentes dos seus dedos batendo na perna, compreendo que Ollie está nervoso. Mas ele não responde nada e continua olhando para a televisão.
Como ajudar se ao menos sei o motivo de estar assim?
Fico brincando com seus fios de cabelo próximos à nuca, sem deixar de analisá-lo.
Respira, inspira. Respira, inspira.
— O que aconteceu, Ollie? Conte para mim — meu tom é baixo e aproveito para apoiar meu queixo em seu ombro. Essa tática sempre funciona.
Meu namorado ainda não responde. Balança a cabeça, respira fundo e me encara. Só então decide abrir a boca.
— Você se divertiu hoje? — ele aperta levemente minha mão. Tento ler a real intenção da pergunta em seus olhos, mas percebo que há certo interesse ali e seu sorrisinho de canto enfatiza isso. Repasso meu dia na cabeça antes de responder.
— Sim! Eu e a Tess ficamos no shopping, conversamos muito e falamos sobre coisas importantes. Depois eu a deixei na casa dela e fui ensaiar com o Thomas — Oliver desvia o olhar. — Ah, entendi tudo — viro meu corpo totalmente na sua direção e rio. — Que gracinha! Está com ciúme! — aperto suas bochechas.
Oliver revira os olhos antes de fixar seu olhar no meu.
— Não é tão gracinha quando se está sentindo ciúme — responde.
— Pare com isso, amor. Você sabe que é meu trabalho, sem contar que você conhece o Thom — faço carinho na sua bochecha.
— Eu sei, mas não é divertido ver você passando a mão em outro cara ou vice-versa...
Abraço meu parceiro por trás e deslizo meus dedos pelo seu abdômen. Thomas põe suas mãos sobre as minhas, desprende-se do abraço e me vira de costas para si. Ele repete meu movimento anterior e depois toma minha mão para que eu dê uma volta em mim mesma e caia em seus braços.
“I don't care what they say. I'm in love with you.” (Não me importo com o que eles dizem. Estou apaixonada por você.)
Nossos rostos se aproximam e acaricio sua bochecha. Sinto sua respiração em minha pele ao segurar seu queixo.
“They try to pull me away,” (Eles tentam me afastar,)
Desvio o meu rosto, dando sequência à coreografia, e Thomas deixa minha coluna ereta novamente. Empurra-me e giro algumas vezes.
“But they don't know the truth.” (Mas eles não sabem a verdade.)
Desabo no chão e esfrego a mão no peito.
“My heart is crippled by the vein” (Meu coração está danificado na veia)
Thom já está atrás de mim. Delicadamente, movimento minhas mãos num círculo imaginário ao meu redor antes de ele se agachar e se inclinar para frente. Minha coluna está a uns 120° e o nariz de Thomas quase toca o meu.
“That I keep on closing.” (Que eu continuo fechando.)
Seguro seu rosto como se quisesse segurá-lo perto de mim.
“You cut me open and I...” (Você me corta e eu...)
Thomas se levanta, indo embora, e me deito no chão.
“Keep bleeding, I keep keep bleeding love.” (Continuo sangrando, continuo sangrando amor.)
Viro a cabeça, colando o ouvido no chão. Estico os braços, fecho os olhos e impulsiono meu busto para cima, como se meu coração lutasse tanto para continuar batendo, mesmo com a dor, que a intensidade do batimento era tão forte como o sintetizador da melodia.
Continuo me contorcendo enquanto Thom cuida da sua parte da coreografia. Abro os olhos e vejo Oliver através da parede de vidro da sala: ele está com as mãos acima da cabeça, apoiadas no vidro, e analisa tudo que eu faço.
“You cut me open...” (Você me corta...)
Sento-me e olho pelo meu ombro, deixando meu cabelo cair sobre meu rosto.
— É tudo uma performance, Ollie. Não vejo motivos para ciúme — defendo meu ponto de vista, sem perder a calma.
— Eu sei — ele respira fundo e desliza os dedos pela minha coxa. — É que... Sei lá... — Ollie busca as palavras certas para descrever seus sentimentos. Talvez essa seja a tarefa mais difícil para alguém, mesmo que esse alguém componha o tempo todo sobre o que sente. — Eu só não posso controlar o que se passa na mente dos caras com quem você dança. Isso me incomoda.
— Bom, primeiro que a maioria dos dançarinos são gays, o que já elimina a sua preocupação. São uns amores, mas jamais me verão de outra forma — explico. — E, segundo, eu pergunto: você acha que eu abriria mão de nós dois por causa de um único momento?
— Não — ele se apressa em responder.
— Obrigada. Agradeço a confiança — umedeço os lábios. — Eu já traí sua confiança alguma vez? — Oliver nega com a cabeça — Então relaxe. Ok? Até porque eu tenho muito mais motivos para ficar enciumada e não fico. Já parou para pensar em quantas garotas o imaginam de todas as formas possíveis? Chega a ser assustador! — brinco, tentando fazê-lo sorrir.
Consegui.
— Eu amo você, Maddy — meu interior vibra com a afirmação.
— Eu também amo você, Oliver — selo nossos lábios.

Komento sa Aklat (3906)

  • avatar
    LoureiroFelipe

    muito boa

    57m

      0
  • avatar
    CastroBeatriz

    jte

    3h

      0
  • avatar
    FloresVictor

    ggg

    9h

      0
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