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Capítulo 5

A casa se enche de conversas paralelas e diferentes tons de voz por todos os lados. Leonora Leto não demora em arranjar assuntos em comum com mamãe. Talvez seja esse aspecto expansivo da sua personalidade combinado com sua elegância que a faça parecer mais jovem do que realmente é. Mark, seu marido, parece animado ao conversar com papai. Mas, se eu o visse na rua, juraria que era alguém frio e um velho um tanto rabugento, não sei se por causa do seu rosto redondo e com o cenho constantemente franzido ou pela gordura extra que o faz parecer mais velho. Ele não pode ser tão mais velho que meu pai.
Então meus olhos ignoram totalmente Cécile no colo de Oliver e deixo de ouvir o que conversam, mesmo com a risada da garotinha sendo quase impossível de ser ignorada. Foco exclusivamente em como Dylan sorri ao conversar com o meu e o seu pai, mas discretamente olha para Geneviève, como se seu sorriso — muito bonito, por sinal — fosse oferecido só a ela, e em como ela retribui com um sorriso envergonhado, embora realmente queira que o loiro continue olhando apenas para ela.
Geneviève não estava exagerando quanto à beleza do garoto. O tom bem claro de sua pele torna o verde de seus olhos muito vivo, o que se harmoniza perfeitamente com o seu topetinho baixo. Ele é aquele tipo de cara que usa skinny e camisa social e isso combina muito com sua postura descontraída e misteriosa ao mesmo tempo.
Esse é o problema.
Eu sei o que esconde. Será que minha irmã sabe? Claro que deve saber. Eles se conheceram num pub. Mas e se não souber? Não posso deixar um cara aleatório e bonito partir o coração da minha ruiva. A forma como se olham torna nítido que já aconteceu alguma coisa entre eles antes e continua acontecendo aqui.
Recordo-me perfeita e detalhadamente da noite em que eu e Ollie decidimos ir a um pub novo e vi Dylan com o copo sempre cheio e inúmeras garotas lindas ao seu redor o tempo todo. Lembro que me assustei ao vê-lo lá daquele jeito, uma vez que em todos os jantares de negócios ou festas de final de ano Dylan parecia tão certinho e quieto que chegava a ser entediante. Mark, certa vez, se vangloriou por seu querido filho ter ajudado em um projeto em prol de crianças carentes na África. Até achei a causa muito nobre e uma atitude louvável, mas, depois da noite que o vi com as garotas, não consegui parar de pensar que ele deve esconder tantas coisas...
Quero dizer, cada um sabe do que faz. Eu não tenho o direito de me intrometer na vida de ninguém. Dylan já tem idade suficiente para responder por suas ações e distinguir o certo do errado. Só não consigo aceitar que possa parecer algo que não é. Com certeza aquelas garotas não estavam necessitando de nada, a não ser de sorte para ser escolhida para passar a noite com Dylan. Juro que só não disse nada a Mark pela mais pura educação. Ele, sim, deveria saber que o que o filho faz não é só ajudar crianças necessitadas. Contudo isso não é um problema que cabe a mim solucionar.
— Você deveria tentar melhorar sua arte de disfarçar – meu namorado me cutuca.
— Sinto muito. Não confio nesse cara com a minha irmã – levo a taça de vinho aos lábios. Sigo com o olhar Gen sair da sala para a cozinha e, quase um minuto depois, Dylan fazer o mesmo.
CeCe corre atrás dos dois com um largo sorriso, segurando seu copo personalizado de um dos contos de fadas da Disney cheio de suco de uva.
— Relaxe, Maddy. Eles não são idiotas de fazer qualquer coisa aqui. Você precisa deixar de se preocupar tanto, até porque sua irmã já é grandinha, não acha?
Reviro os olhos, mas me permito relaxar ao lado do meu namorado com o vinho correndo pelas veias.
Achava que não poderia ficar pior, mas ficou. Durante o jantar, Leonora fala com tanto entusiasmo sobre os planos de Dylan e as ideias para movimentar a empresa que parece que ela quer entrar em algum tipo de competição sobre quem é o cara mais prestativo do mundo. Isso quando não fez questão de enfatizar que a garota que ficasse com seu filho seria a pessoa mais feliz do mundo.
Dylan não parece muito à vontade com a situação em que foi colocado. Ao contrário dele, minha mãe se derrete por completo.
— E você tem quantos anos mesmo, Dylan? – ela sorri.
— Vinte e dois, senhora Sheldon – o loiro responde sem a metade do entusiasmo da mãe.
— Tão novo! – mamãe diz com orgulho. — Quisera eu ter um genro desses...
— Estava demorando – murmuro, revirando os olhos, mas Oliver aperta a minha mão com mais força por baixo da mesa como se pedisse para eu me controlar. Esse tipo de comentário não deveria me abalar nem um pouco.
— O que disse, Madelinne? – papai, que está na ponta da mesa, questiona.
— Que estou adorando! Uau, você tem uma criatividade incrível, Dylan. Jamais sequer pensaria numa ideia dessas. Mas eu não sou a pessoa mais indicada para conversar sobre negócios, certo? – sorrio para o garoto do outro lado da mesa, então olho para mamãe. — Não precisa se preocupar, mãe. Aposto que não vai demorar a acontecer.
— Você nem imagina... – ela me responde e depois toma o resto do seu vinho com os olhos cravados em mim. Sustento essa pequena guerra silenciosa entre nós com o mesmo gesto.
Geneviève enrubesce e abaixa a cabeça. Ela odeia esses comentários e situações tanto quanto eu, porém não é o namorado dela que mamãe agride sem explicação. Não paro de balançar o pé embaixo da mesa por conta da raiva e nervosismo que correm por todo meu corpo.
O clima fica um pouco tenso depois dessa pequena troca de farpas. Meu pai quase precisou de um milagre para que as pessoas voltassem a conversar naturalmente. No final, acho graça de tudo isso. Dylan não tem com quem competir, Leonora não precisa fazer uma propaganda tão exagerada sobre o filho, não há a necessidade de mamãe jogar na cara que acha que esse seja uma melhor opção que meu namorado, mas força meu pai tornar a situação menos vergonhosa. Contudo aproveito a primeira deixa — Amethist indo colocar Cécile na cama quando a pequena começa a bocejar sem parar — para pedir licença e sair da mesa com Oliver.
Gen e Dylan nos acompanham discretamente à medida que nos levantamos das cadeiras. Minha irmã segura meu braço antes de eu alcançar a escada para o segundo andar da casa:
— Achei que a mamãe enfiaria o garfo na sua cabeça, Maddy!
— E quando ela não quer fazer isso, Geneviève? – reviro os olhos. Apesar disso, tenho um sorriso divertido no rosto. Por alguma razão, é bom ser tão teimosa com mamãe quanto ela é comigo. — Sinto muito por aquilo. Às vezes minha mãe esquece o limite do bom senso – digo, olhando para Dylan no primeiro momento, mas depois encaro Oliver.
Ele deve me amar muito mesmo ou ser masoquista para suportar esse tipo de comentário o tempo todo. Prefiro a primeira alternativa.
Meu namorado me abraça de lado e Dylan balança a cabeça ao responder:
— Lido com gente bem pior o tempo todo. Não ouviu a minha mãe? – ele dá de ombros.
Eu poderia dizer que passei a ignorar cada palavra dela depois de tantos comentários desnecessariamente exagerados e que não ouvi quase nada, mas acredito que não seja uma coisa muito educada de se dizer. Pelo menos a mãe dele o elogia, em vez de encontrar defeito onde não existe.
— Bom, uma ótima noite a vocês – desejo, mas então fixo meu olhar sobre Geneviève. — Juízo e cuidado – sorrio quando suas bochechas coram e Dylan acha graça. Irmãs mais velhas têm a obrigação de serem inconvenientes de vez em quando...
Passo o resto da noite trancada com Ollie no quarto exatamente como sempre ficamos: sentados em minha cama. Eu sentada entre suas pernas, fazendo seu peito de encosto, conversando sobre tudo e nada ao mesmo tempo e rindo pelos motivos mais idiotas possíveis.
Quando ficamos em silêncio, seguro a sua mão e fico comparando o tamanho dela com a minha. É simplesmente uma das coisas que mais gosto de fazer, não sei por quê. Minha mão é tão pequena em comparação com a sua que a ponta do meu dedo médio só alcança a metade do seu dedo inteiro. Às vezes, ele fecha seus dedos sobre os meus por pura brincadeira e eu gosto. Parece que Ollie tem tudo sob controle em suas mãos e, ainda assim, não precisa me soltar para fazer tudo ficar bem.
Ele realmente é meu mundo, faz de tudo para me ver sorrir e só quero poder retribuir o que faz por mim.
Oliver não merece a sogra que tem.

Komento sa Aklat (3906)

  • avatar
    LoureiroFelipe

    muito boa

    1h

      0
  • avatar
    CastroBeatriz

    jte

    3h

      0
  • avatar
    FloresVictor

    ggg

    9h

      0
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