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Duas horas depois, estávamos todos reunidos no escritório do meu pai, que parecia consideravelmente menor. Todos menos Metatorn, claro. Meu pai ainda parecia encolhido pela última visita, de alguma forma receoso pela presença de Abbadon. Mas meu irmão nem sequer olhou para ele.
— Nos foi mandada a localização da família que... vocês terão que abordar. Preciso de alguém que saiba falar as palavras certas, mas ao mesmo tempo passando confiança para eles.
Nos entreolhamos por algum tempo. O escolhido teria que ter asas. Uma família normal, ao menos criada como a sociedade impunha, não confiaria nunca na palavra de um não anjo. Não fosse por isso, eu teria indicado Theliel. Mas suas costas vazias faziam dele uma opção não elegível.
— Cassiade.
Azazel disse por fim. E refletindo, notei que fazia sentido. Ele falava bem, se expressava de forma eloquente, e sua personalidade racional não o deixaria hesitar diante do que estávamos prestes a fazer.
— Certo. Precisam trazer o bebê vivo, por existem algumas exigências que devemos cumprir para o....
— Sacrifício. Pode dizer, metade de nós são potenciais carneirinhos esperando pelo abate.
Theliel limpava as unhas com uma pequena faca que havia pego em cima da mesa. Sua frase, sua pose e ele em si, tudo cooperou para a cor branca que o rosto do meu pai adquiriu. Mas não foi o suficiente para abalar sua explicação.
— Então vou enviar Cassiade e mais três pessoas para o lugar, em Myllei a cidade de ferro. Assim que conseguirem, voltem imediatamente, é perigoso a partir do momento que vocês confiam em alguém para contar sobre nossa organização.
Várias cabeças concordaram com os planos, só esperando pra serem escolhidas. Não me importaria de sair em uma missão novamente, precisava me distrair de meus próprios pensamentos.
— Conheço Myllei, sei como chegar lá por um caminho fácil e vazio.
Theliel diz, surpreendendo a todos. Seu antigo campo de concentração, devia ficar localizado lá.
— Por que não vão, Theliel, Azazel e Sophia na missão?
Anaita diz, com sua ideia tirada literalmente do nada. Todos olham pra ela da mesma forma: com uma interrogação na cabeça.
— Cassiade convence o homem, Theliel sabe o caminho, Azazel é praticamente uma montanha, ninguém ousaria mexer com o grupo em sua presença, e Sophia é inteligente o suficiente para fazer todos sairem de uma situação complicada se for o caso.
Meu pai avalia a possibilidade. Não posso negar, que um orgulho desconhecido inunda meu corpo quando Ana me chama de inteligente. Mas Theliel coloca as mãos na cintura com uma expressão de indignação.
— Quer dizer que eu não sou suficientemente forte ou inteligente pra você?
A forma como ele diz, mostra que é claramente uma brincadeira. Anaita rola os olhos e não evita um sorriso, mas explica:
— Quanto mais melhor.
Theliel coloca uma mão no coração, como se tivesse sido atingido por uma flecha. Mas se recompõe em segundos, e simplesmente diz:
— Tudo bem, eu sou lindo.
Ele diz simplesmente, como se fosse a verdade mais absoluta do mundo. E ao olhar pra ele, acabo me dando conta de que é. Em termos de beleza, Theliel e Azazel são de fato os mais abundantes na sala. Ambos altos e robustos, sardas que eu não havia percebido no irmão mais novo, preenchendo ambos os narizes e bochechas. Ombros largos, músculos sinuosos, rostos perfeitamente delineados. Ninguém ousou discordar. Depois de um pigarro, meu pai retoma o assunto original.
— Certo então, podem partir amanhã. Prepararei o carro que vão usar e... uma forma de esconder o fato de Theliel não ser um anjo. Vejo vocês mais tarde, para os detalhes restantes.
Acenos de cabeças rápidos como despedida, e então a sala se esvaziou. Corri até Ana assim que ela se distanciou dos outros, aproveitando a chance para questionar sua ideia de minutos atrás.
— O que foi aquilo?
Ela agita as asas inocente, como se não soubesse do que realmente eu estava falando.
— Apenas ressaltei suas qualidades.
Me desvio para sua frente, me colocando em seu caminho para impedi-la de avançar. Cruzando os braços no peito, cravo meus olhos nos seus, esperando por sua resposta real.
— Certo, certo. Eu só acho que você precisa de um tempo pra realmente analisar suas opções. E existe maneira melhor que meter vocês três dentro de um carro menina viagem de oito horas ?
Senti um bolo se fechar em minha garganta. Oito horas dentro de um carro. Era o ápice do desespero. Nunca amei lugares apertados, também nunca tive pavor deles. Mas todas as vezes em que tive que passar muito tempo dentro de um carro, me obriguei a dormir mais da metade do caminho, porque a agonia era muito grande. Mas... oito horas?
— Oito horas?
Ignorei meu medo e forcei um sorriso. Ninguém precisava saber o pânico que eu sentia todas as vezes em que precisava ficar em um espaço pequeno.
O resto da manhã se resumiu em passear pela cidade, oferecendo ajuda aos moradores com carregamentos ao lado de Ana e Cassiade. O anjo que nos acompanhava, era cada vez mais engraçado, doce e gentil. Cass era a representação nítida do cavalheirismo, e qualquer um que passasse mais de duas horas com ele teria certeza disso.
Quando voltamos para casa afim de almoçar, Theliel já estava no fogão. Era inegável a forma como meu coração palpitava mais forte ao vê-lo daquele jeito. Não havia explicação plausível, apenas meu corpo com as reações infundadas.
Eu já estava me retirando da casa quando Azazel e Abbadon apareceram para o almoço. Meu coração se comprimia a cada vez em que eu via meu irmão, porque de alguma forma eu pensava que a sombra em seus olhos era culpa minha. E como a egoísta que sou, odiava ver minha própria culpa estampada nos olhos do meu irmão. Azazel se sentou na cadeira vaga que Ana havia deixado ao meu lado, se sentando antes que eu pudesse me levantar. Mas, determinada a me afastar da atmosfera tensa que o anjo imenso me trazia, me levantei para sair, tão apressada que arrastei os pés da cadeira no chão. Mas tão rápido quando podia ser, a mão imensa de Azazel alcançou meu braço, fechando seus dedos pra não me permitir sair. Girei a cabeça em sua direção. Ele por sua vez, apenas engoliu a comida que mastigava, com a maior naturalidade imaginável ao erguer a sobrancelha adornada com o piercing.
— Aonde pensa que vai?
Eu não tinha resposta. Ou ao menos, não uma específica. Para onde eu estava indo? Seguir Ana? Passear na cidade debaixo do sol quente do meio-dia? Lamentar minha mente defeituosa? Visitar Metatorn no hospital! Me lembrei no último segundo. Porém, o anjo que ainda me segurava, me deixou ainda mais paralisada com sua frase seguinte.
— Se não sabe pra onde vai, melhor não sair do lugar. Seus pés podem se perder.
— Então me ensine a voar.
A resposta saiu mais rápido do que minha mente foi capaz de processar a pergunta. E para minha surpresa, ele a aceitou.

Komento sa Aklat (858)

  • avatar
    FranciscoFrancisco Leite

    muito bom a história e muito boa

    2h

      0
  • avatar
    vih luiza

    miúda uhxjuxjsuajqjajnenndudhdhdhhehrh

    4h

      0
  • avatar
    Weslainny Santos

    muito bom recomendo ler

    6h

      0
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