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บทที่ 5 Isso é um encontro?

— É mesmo, havia esquecido que eu morava com um tarado – falei sentando depressa.
— Relaxa Olívia – ele falou rindo e me puxou para deitar novamente.
Não relutei, já o considerava meu amigo próximo apesar de todas as circustâncias malucas da nossa amizade, nosso carinho era real.
Nicholas esteve nesses últimos dias comigo o tempo todo me distraindo e isso ajudou muito, não posso nem quero deixá-lo na mão. Às vezes parece que essa coisa toda de precisar da minha ajuda era só uma desculpa para me oferecer um lugar, como se já soubesse que eu negaria ficar aqui de graça e é por isso mesmo que gosto tanto dele. Suspirei, tantos pensamentos passando minha cabeça de uma vez que chegava a doer.
— Nich? – chamei levantando a cabeça um pouco para olhar em seus olhos.
Ele, devagar, abaixou sua cabeça e abriu os olhos novamente para observar meu rosto. Passamos uns segundos observando um ao outro em silêncio, até que finalmente ouvi sua voz cansada.
— Sim, Olívia?
— Promete que vamos ser amigos por muito tempo?
— Prometo, Liv.
— De mindinho? - levantei meu dedo mindinho e coloquei minha mão próxima a dele, pode parecer besteira mas eu levo esse tipo de juramento bem a sério.
— Você é impossível - ele riu — Juro de mindinho.
Entrelaçamos nossos dedos e ele sorriu, beijando o topo da minha cabeça. O sentimento era inexplicável sempre que ele fazia isso... Era uma sensação de pertencer a um lar de verdade, a melhor coisa que senti nos últimos meses. Voltei a descansar em seu peito e acabei adormecendo ali mesmo, quase que no mesmo instante.
Acordei no outro dia com o despertador bem alto próximo a minha cabeça. O menino Hayes ainda dormia então desliguei o alarme, levantei e tomei um banho brm devagar. Coloquei um remédio para ressaca perto do despertador, fiz o café da manhã e enquanto comia o meu marido sentou comigo e comemos conversando sobre as últimas novidades do "nosso" grupo de amigos que na verdade era só dele.
Ele me chamou para o escritório, só havia entrado lá uma vez então dessa vez prestei bastante atenção em tudo, sou bastante curiosa e gosto de olhar todos os detalhes para imaginar coisas.
Os livros que ali estavam eram em sua maioria de ficção, fiquei xeretando enquanto o rapaz procurava algo no computador. O espaço era muito bem arrumado e limpo sem nem uma folha sequer fora do lugar. Observei bem seus porta-retratos, em um deles Hayes estava com um garoto, acho que o mesmo que vi uma foto em seu quarto. Peguei e sentei na cadeira com o retrato, sei que é falta de educação mas estava morrendo de curiosidade. Fiquei analisando a fotografia direitinho.
Parecia um pouco antiga, Nicholas estava com o cabelo castanho nela, deitado em um sofá aparentemente de couro, estava de olhos fechados provavelmente dormindo e um bebê de uns 4 meses dormia em seu peito. Era uma imagem tão fofa que tive que sorrir, o bebê tinha bochechas enormes e era minúsculo.
— É seu sobrinho? – Perguntei chamando a atenção do Nicholas, que virou para me observar.
Olhou o objeto em minha mão e então seriamente em meus olhos, sem esboçar uma reação concreta.
— Meu filho... - Houve uma pausa longa, um daqueles momentos constrangedores, Nich virou novamente para olhar o seu computador — Enfim, não a chamei para isso... Preciso que faça um feedback semanal de como vem sendo a experiência, pode começar.
Percebi que ele ficou levemente mexido, levantei e coloquei o porta retrato na estante, voltando ao meu lugar. Agora estava desconfortável e parecia que a sala ficava mais fria a cada minuto, esquentei minhas mãos uma na outra e formulei uma resposta.
— Nos primeiros momentos foi estranho, mas você é uma pessoa incrível então logo me senti em casa... Apesar de saber que não é minha casa.
— Certo. Quero saber de ontem, como se sentiu com a situação de ontem?
Ele nem mesmo me olhava mais, apenas anotava as coisas no computador como um robô estúpido. Eu me sentia pior a cada segundo que passava, afinal havia mexido onde não devia e causado toda essa situação ridícula de desconforto.
— Bem, sinceramente eu só fui porque estava trancada fora de casa e– Comecei mas fui cortada imediatamente pela voz grave do meu companheiro.
— Olívia, você foi porquê quis. Poderia ter simplesmente pedido a chave ao porteiro e me deixado pelas ruas, em algum momento eu conseguiria voltar para casa sozinho – Ele bufou e revirou os olhos.
Merda, nem mesmo lembrei do porteiro. Parabéns, Olívia. E então foi como se todas as palavras tivessem sumido da minha cabeça e eu fosse uma anta que só soubesse gaguejar repetidamente. Respirei fundo e abaixei a cabeça devagar, envergonhada das minhas ações de uma adolescente idiota.
— Acho que esse não é o momento para isso. Conversaremos depois Olívia, pode ir.
Levantei a cabeça e o olhei, não sabia o que fazer. Apenas me retirei devagar, sentei na sala e pensei no que aconteceu durante alguns minutos que pareciam se prolongar por uma eternidade. Passei o resto do dia arrumando a casa, fiz o almoço mas Nicholas não saiu para comer então bati na porta do seu escritório mesmo com medo de machucá-lo novamente.
— Sei que você está aí... Vou para o meu quarto, têm almoço pronto. Desculpe.
Com isso, fui deitar para ler um pouco. Alex me ligou e ficamos à tarde toda conversando besteira, o que foi muito bom pois conseguiu por algum tempo tirar o episódio anterior da minha cabeça. Pensei em ir ao bar mas meu tio me disse que não abriria nem hoje nem durante o final de semana. Suspirei, não tinha para onde sair mas também não podia ficar aqui sem me sentir uma completa alienada. Levantei e comecei a pensar onde poderia ir, talvez à casa do Alex, ou do Larry... Enfim, o que importa é que preciso sair.
Entrei no banheiro e antes mesmo que ligasse o chuveiro ouvi batidas leves na porta, quase que inaudíveis.
— Olívia? – A voz do Nicholas estava quase imperceptível nesse momento, saí de onde estava e me aproximei da porta para ouvir melhor.
— Sim?
— Eu... Queria te pedir perdão por mais cedo, eu exagerei um pouco. Você é minha amiga, não quero te magoar. – Ele falou tão baixo que parecia contar um segredo para a porta que eu não poderia ouvir.
— O quê? Não entendi.
— Perdão por mais cedo... – Ele aumentou 2 tons da voz, mas eu queria mesmo era fazer com que repetisse o que havia falado.
— O QUÊ? Fala com a boca filho – quase gritei segurando a risada
— MEU DEUS EU TÔ FALANDO COM A BUNDA É? ME PERDOE OLÍVIA BROWN EU FUI UM IDIOTA – Ele gritou e eu não pude segurar a gargalhada, ri tanto que chorei – Já acabou de rir? Eu queria te chamar para ir ao teatro comigo agora à noite.
— Agora agora?
— Não Olívia, agora amanhã... Por favor, estou muito envergonhado não piore as coisas.
— Calma estressadinho, vou tomar banho e vamos.
Dito isso comecei meu banho toda sorridente.
Em seguida fui ao quarto para escolher uma roupa, era muito complicado já que eu realmente nunca estive em um teatro antes. Não queria vestir algo muito chamativo mas também não queria ir totalmente neutra. Fiquei na dúvida se aquilo poderia ser considerado um encontro ou se ele só estava tentando se desculpar mesmo... Coloquei um vestido azul que eu não usava há muito tempo, apesar de que ele era o tipo que mostrava algumas falhas em meu corpo eu gostava dele, fiz uma maquiagem simples e como não estava com muito tempo deixei meu cabelo solto e fiz um babyliss rápido nas pontas.
Peguei minha bolsa, passei perfume e sai do quarto tentando não demorar muito para que o Hayes não desistisse da nossa programação. Ele estava sentado na sala mexendo no celular enquanto batia o pé no chão, parecia tenso com algo mas nem passava na minha cabeça o que poderia ser.
— Vamos? – Falei chamando a atenção dele que levantou devagar me olhando.
Só então consegui dar uma boa olhada em sua roupa: Ele usava seu cabelo para cima, nunca havia o visto assim. Nicholas Jach Hayes era uma daquelas pessoas que ficariam lindas não importa o que vestiam mas hoje estava especialmente deslumbrante. Usava um sapato social todo preto, uma calça social azul escura, um colete azul escuro com um paletó, uma camisa branca e uma gravata rosa com listras sutis brancas.
— Meu Deus, você é linda sempre mas hoje está... Uau – ele sorriu para mim e andou até onde eu estava me dando seu braço, peguei de bom grado e fomos pegar um táxi.
Apesar que meu marido tinha uma moto, ele disse que preferiria ir de carro para podermos conversar já que o caminho é longo e também para que eu não acabasse ficando com frio por estar de vestido.
Assim que chegamos ao térreo o táxi também chegou, Nich abriu a porta para mim e entrou depois que eu entrei, fechando a porta e dando o endereço ao motorista. Ficamos em silêncio por um tempo, ele resolvia algo em seu celular que parecia muito importante então fiquei calada mas havia algo me incomodando, não consegui me manter em silêncio por muito tempo pois estava transbordando de curiosidade.
— Por quê você me chamou hoje? – Perguntei tão rápido que quase não dava para entender, queria que fosse como um band-aid que quanto mais rápido arranca, menos dói.
Ele me olhou e inclinou a cabeça devagar, então sorriu meio envergonhado. Pareceu pensar por uns instantes, mordendo o lábio inferior.
— Eu iria ver esse espetáculo com seu tio, mas ele disse que não poderia vir, você sabe por conta da emergência.
— Ah entendi... – falei olhando para frente e observando o caminho que estávamos fazendo, Nicholas fez o mesmo.
— Olívia... – Ele me chamou e eu o olhei, ele continuava olhando para frente mas agora parecia nervoso brincando com suas próprias mãos... Suspirou pesadamente e baixou o olhar — Sobre meu filho...
— Não precisa dizer, de verdade. Eu entendo que é algo complicado para você...
Peguei suas mãos devagar, estavam quentes e absolutamente tensas. Ele me olhou, parecia carregar um peso enorme nas costas. Sorri com ternura, tentando passar confiança, mas nem eu mesma acreditava em mim. Queria saber sobre esse assunto, queria muito mas aquele era um dos meus novos amigos passando por um momento difícil e nunca me senti tão próxima dele como agora. Nos aproximamos devagar, eu amava o cheiro que ele tinha, agora misturado com um perfume que não identifiquei parecia ainda mais forte e mais adorável. Nicholas Hayes era uma obra de arte a qual eu adoraria apreciar de perto, mas como tudo na minha vida, posso quebrá-lo com apenas um toque, é melhor me manter longe.

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  • avatar
    emanuelly cardoso

    Amei muito

    18d

      0
  • avatar
    Ketellyn Mourao

    muito bom

    19d

      0
  • avatar
    AlencarEverton

    bom

    24d

      0
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