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บทที่ 6 .

Quando acordei no dia seguinte, me arrependi de cada palavra. Eu não fazia ideia de quem queria, e admitir isso me faria perder os dois. Por minutos, apenas rolei na cama e desejei que tudo fosse esquecido. Quando Theliel soubesse da frase, certamente seu comportamento mudaria. Azazel me rejeitaria e eu ficaria sem ninguém, porque Abbadon... meu irmão já não era mais ele mesmo. Foi preciso que Anaita exigisse minha presença no café da manhã, para que eu pulasse para fora da cama. Me demorei no banho quanto pude, fazendo o máximo para evitar certos rostos. Quando desci, percebi que era pior do que eu havia imaginado.
Como sempre, Azazel e Theliel estavam em frente ao fogão, preparando panquecas com mel e leite quente. Mas a surpresa, era Gandallia ao lado deles, correndo suas garras pela extensão de seus braços. Ela alternava entre os dois, enquanto falava com cada um. Quando me sentei no balcão de mármore, percebi que a atenção dos dois havia se dirigido à mim. Cassiade se sentou ao meu lado, fazendo um suspiro de alívio escapar de mim.
— Como está? Pronta para a próxima missão?
Consegui ficar impossivelmente mais desanimada com a frase. Os olhos dele estavam tristes, eu nunca havia visto Cassiade assim, nem mesmo no dia em que perdeu tudo o que tinha.
— Não vai ser fácil.
Ele concordou. Anaita se sentou ao lado dele, e depois da comida pronta, os irmãos e Gandallia se sentaram na frente de nós, do outro lado do balcão. Ignorei todo e qualquer ressentimento infundado, e me obriguei a encarar aqueles olhos verde-musgo enjoativos.
— Você tem notícias de Metatorn?
Ela terminou de engolir o que mastigava, e começou a contar.
— Ele teve costelas quebradas, a mandíbula fraturada, um ombro deslocado e alguns cortes, mas vai ficar bem. Não vai poder sair da cama por algum tempo, mas também não vai ter sequelas permanentes. Quando acordou... ele perguntou de você.
Abbadon entrou pela porta. Algo gelado se instalou em mim.
— Poderíamos matá-lo antes, economizaríamos aparatos médicos, e acabaria o problema de ter que escolher um de nós para morrer.
Bati o copo que segurava com toda a força contra a mesa, e me levantei em um salto. Com o sangue subindo à cabeça, dei passos pesados até Abbadon, e lancei um soco em seu peitoral firme. Pego de surpresa, ele cambaleou para trás, e aproveitei o momento para despejar as palavras.
— Um, não é você quem decide isso Abbadon. Dois, se você tem problemas com ele, guarde pra você, porque as pessoas aqui, ou parte delas gostam dele. Três, eu nunca sacrificaria uma alma que eu amo para poupar "aparatos médicos."
— Ama?
Depois de tudo o que falei, foi nisso que ele se prendeu.
— Sim Abbadon, amo. Ele salvou minha vida. É meu amigo. Eu o amo.
— Ele matou nossa irmã!
Ele explodiu, e foi o suficiente para que eu o fizesse também.
— Ela era um ser racional, e conhecia as próprias escolhas. Ninguém nunca impôs limites para ela, e foi esse o problema. Éramos responsáveis por ela Abbadon, e fomos nós que deixamos ela entrar naquele lago estúpido. Era nossa responsabilidade, a morte dela é culpa nossa, e não de Metatorn.
Quando terminei de falar, não consegui mais encarar aqueles olhos. Tão claros, mas tão cheios de escuridão. Por isso corri para fora da casa, daquele lugar que se tornava cada vez mais apertado, e fui até o único lugar ali perto que eu sabia poder trazer algum confortou, ou ao menos privacidade. Segui o caminho já decorado até o lado de fora dos portões, e só parei de andar quando me faltou o fôlego. Eu estava agora, quase no mesmo ponto em que Azazel me mostrou suas cicatrizes, apenas um pouco mais alto. Me sentei na beira da costa pedregosa, e me deixei esvair. Toda a emoção que contive em silêncio até a noite passada, deixei que saísse em forma de lágrimas.
Quando me cansei de chorar, eu gritei. De raiva. Pensei no calendário. Exatamente um ano atrás, eu estaria deitada com a cabeça apoiada no colo do meu irmão, os pés no da minha mãe. Em um domingo estaríamos assistindo algum programa na televisão, comentando sobre as vestimentas dos personagens. Meu irmão riria de algo que eu dissesse, e minha mãe nos daria uma bronca por falar besteiras. O que eu não daria por uma bronca dela agora...
Minha garganta se cansou, e eu também. Me deixei cair nas pedras pequenas, observei o céu límpido, com o sol fraco do começo da manhã. Me lembravam os olhos de Azazel e Theliel. Quando tudo saiu, me senti impotente, fraca. Mas ao mesmo tempo, meus problemas pareciam nada. Um dilema amoroso? Um sacrifício que não seria exigido, nem de mim e nem do meu irmão? Isso era fácil perto do que Azazel, Theliel e até Metatorn haviam passado.
— Posso me sentar?
Me sentei assustada quando Ana chegou por trás de mim, sem fazer ruído algum ao se aproximar. Concordei com a cabeça, e ela se sentou. Não me perguntou se eu estava bem, ou disse algo para me incriminar pelas palavras duras que disse a meu irmão. Ela apenas encarou o céu comigo.
— Você é a mulher mais forte que eu conheço.
Eu a encarei com dúvida. Minha garganta doía demais para dizer qualquer palavra, mas não foi problema. Porque ela continuou.
— Sabe, eu não passei por metade do que todos vocês passaram. Eu e Cass... nós.... não fazemos parte dos possíveis sacrifícios, temos nossos pais vivos, e sempre tivemos uma ótima vida antes de vir pra cá. Admiro a forma como você leva luz, mesmo estando triste por dentro. Acho linda a forma com você e Theliel são dessa forma. Pouco tempo com ele me fez perceber que vocês são muito parecidos.
Soltei uma risada fraca. Theliel era uma versão muito melhor. Nunca havia pensado na forma como Ana, não precisava estar aqui. Ela, dentre todos, não precisaria começar uma vida nova, ou largar tudo para vir conosco. Pelo contrário, ela é Cass praticamente nos carregaram até metade do caminhos.
— Eu gosto dele. Deles dois. Sei que é cedo, mas não consigo evitar.
Dizer em voz alta era... libertador. Nunca tive uma amiga de verdade, e Ana era... mais que isso agora. Ver em seus olhos a compreensão, era todo o conforto que eu necessitava.
— Não é cedo quando o coração escolhe. No fundo você sabe que ele já escolheu, não sabe?
Concordei com a mente. Havia escolhido o errado. Encarei meus próprios pés, pendendo para o chão a muitos metros de distância.
— Azazel e eu somos diferentes. Ele me faz formigar, me faz passar raiva, mas ao mesmo tempo, sei que a qualquer momento pode mudar de ideia em relação amálgama coisa, ficar frio e se fechar novamente. Theliel, ele... me entende. Ele é sincero, é engraçado e aberto, tudo com ele é mais fácil. E devo admitir, só de ter tocado minha bochecha uma vez, me fez sentir coisas que eu nunca havia sentido. Mas....
— É desconhecido.
Ana completou. Eu assento, sentindo as lágrimas brotarem novamente. Ana me envolveu com seus braços finos, e me apertou em um abraço carinhoso. Me deixei afundar naquele conforto, o conforto de uma amiga.
— Não é besteira chorar por isso. Só não deixe que eles te machuquem. Preserve seu coração, afinal, não há pressa para escolher. Se algum deles se irritar com sua decisão de espera, ou cair fora, saiba que a sorte é sua. Qualquer homem seria muito feliz em ter você do lado.
Envolvi nossos corpos com minhas asas, as penas como uma proteção do mundo exterior. Agradeci por aqueles olhos dourados, por poder chamar Ana de amiga.

หนังสือแสดงความคิดเห็น (857)

  • avatar
    vih luiza

    miúda uhxjuxjsuajqjajnenndudhdhdhhehrh

    1h

      0
  • avatar
    Weslainny Santos

    muito bom recomendo ler

    4h

      0
  • avatar
    CrisFrancimaria

    maravilhoso o livro

    5h

      0
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