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บทที่ 5 .

Foi a coisa mais divertida que já aconteceu naquela casa. Theliel, com a ajuda de Azazel, montou um jantar, e depois contou histórias. Não só histórias sobre si e o irmão, mas sobre nosso povo também. Sobre uma época linda, quando não haviam testes ou campos de tortura em massa. Eu não fazia ideia de como ele sabia dessas coisas, mas contava como se estivesse lá. O tempo todo, eu alternava meu olhar entre Azazel e Theliel, porque a forma como os olhos de ambos brilhavam com os relatos... era lindo. Eram como portais da alma sendo abertos para que a experiência dos ouvintes fosse melhor. Eu não consegui imaginar nenhum contador de histórias melhor que ambos.
Anaita observava meu irmão com atenção, mas de forma discreta. Eu vi a forma como ele próprio olhara pra ela, no momento em que a viu descer as escadas. Ela estava linda e deslumbrante como sempre, exibindo as longas pernas com um vestido nada conservador. Onde havia arranjado roupas tão lindas, eu não fazia ideia. Usava as mesmas camisas largas e calças de moletom desde que havíamos chegado, usava o cabelo preso mesmo curto, e o rosto limpo de maquiagem. E mesmo em meio a isso tudo, Theliel me achou linda. Não consegui tirar da cabeça o fato de que mal olhou para Ana. Aquela linda e maravilhosa mulher.
O jantar acabou por volta de meia-noite. Todos subiram cansados, exceto eu e Theliel, que ficamos para arrumar tudo. Mesmo depois de meus protestos, ele não me deixou limpar tudo sozinha. Aleguei que ele já havia feito a comida com Azazel, mas ele não me deu ouvidos, apenas começou a recolher os pratos sujos de molho.
— Como conhece todas essas histórias?
Abri a torneira, deixando a água correr pelos pratos sujos na pia.
— Meu pai. Depois do toque de recolher, ele nos juntava ao redor de sua cama, e contava para nós. Mamãe o ajudava, complementando as vezes, soltando alguns detalhes...
— Como Azazel faz com você?
Theliel usou o quadril para me empurrar de lado, já metendo as mãos na pia para lavar em meu lugar. Protestei com um "ei", mas ele me ignorou.
— Isso. Nossa mãe era... bem parecida com você na verdade. Papai era como Azazel, o coração duro poderia ser fechado por qualquer coisinha simples. Mamãe amolecia o coração dele, com um simples sorriso, e no fim do dia estávamos ouvindo histórias contadas pelos dois.
Passei um pequeno pano pelo balcão da cozinha, refletindo sobre suas palavras. Theliel parecia tão feliz apesar de tudo, tão forte. Havia crescido em um campo de concentração, sua única chance de liberdade foi quando seu irmão saiu. Apenas para ser jogado lá anos depois. As vezes me pego encarando os dois, e me perguntando o quanto eu e Abbadon aguentaríamos, se conseguiríamos passar por isso é contar histórias durante o jantar, aceitando a fase que se passou.
— Seus pais te falavam... sobre o vento?
Theliel parecia pego de surpresa. Acabei as limpezas do resto da cozinha, e me coloquei ao seu lado na pia, para escutar melhor através do barulho intenso da água sobre as louças.
— Meus pais acreditavam muito no vento. Diziam que Ele era nosso destino, e o laço entre nós foi cortado quando a primeira geração de anjos nasceu sem as asas. Nenhum terrestre jamais saberá como é senti-lo em todo o corpo, a experiência total de seu poder. Eu jamais saberei.
O garoto desviou seus olhos acinzentados não minha direção, no momento em que desligou a torneira. Mas não havia tristeza ali, ou melancolia. Eu ainda não havia decifrado o significado daquelas pupilas dilatadas, quando seu dedo molhado se ergueu até minha bochecha. Desenhando círculos devagar, ele aproximou o próprio rosto, mantendo o contato visual. Quando a distância entre nós era quase nula, e meu coração latia forte dentro do peito, algo se partiu.
Minha visão periférica percebeu o momento em que Azazel entrou pela cozinha, carregando um copo antes inteiro, agora eu estilhaços aos seus pés. Sua mão direito fechada em punho, sangrava, e isso me dizia que não fora o impacto com o chão o causador dos cacos. Theliel pulou para longe de mim, no instante em que viu o irmão, tão branco quanto a neve que já derretia do lado de fora da casa. De repente, me senti praticamente nua apesar das roupas habituais, confusa e perdida. Com a cabeça girando, incapaz de apaziguar a situação, apenas dei as costas e saí pela porta dos fundos, ignorando os chamados ao meu redor, ou minhas solas descalças contra a grama gelada.
Meus dedos estavam prestes a quebrar, de algum jeito eu podia sentir. Mas não me importava. Continuei caminhando pelo quintal pequeno, até dar a volta pela casa e sair na rua, completamente sem rumo. Tentei reorganizar a mente, mas a cada passo um pensamento novo se originava, uma dúvida, uma ideia. Eu não tinha ideias boas, apenas inúteis sobre o que estava acontecendo. Parei de andar depois de dois quarteirões, me recostando em um poste apenas para conseguir respirar um pouco. Arfei e inflei os pulmões, tentando ignorar também a dor que os invadia. Não era muito inteligente está do lado de fora de casa, em uma noite de inverno, com os pés descalços e os braços de fora. E a bochecha molhada. Toquei a pele macia do meu rosto, e quase pude sentir sua mão ali.
— O que pensa que está fazendo? Está frio pra caramba aqui fora, vamos entrar.
Azazel me alcançou, lançou seu braço em minha direção, mas eu me desviei facilmente. Bom, não tão facilmente, porque a ponta de seu dedo tocou a pass de minha asa, e isso foi o suficiente para causar aquele arrepio imenso tão conhecido.
— Não posso.
Respondi simplesmente.
— Como assim não pode?
— Preciso pensar.
— Pense lá dentro.
Azazel lançou seu braço na minha direção mais uma vez, mas pelo menos consegui estar longe o suficiente para que nenhuma parte sua me tocasse. Quase bufei, eu odiava isso nele. A forma como ele fingia que nada estava acontecendo, como ele escolhia fingir ignorar, quando na verdade se importava e muito. Sequei as lágrimas nos cantos dos meus olhos, incapaz de segurar as fungadas. Foi só nesse momento que ele parou. O sangue pareceu ter sido retirado de seu rosto.
— Você não entende!
Azazel respirou fundo, e com a expressão calma, tentou se aproximar novamente. Mas dessa vez, com os braços estendidos. Não me afastei.
— Então me explique.
— Não é tão simples.
Tentei parar de chorar, engolir o nó na minha garganta. Era ridículo. O destino do mundo estava em nossas mãos, e a idiota aqui preocupada em magoar as pessoas por... questões amorosas. Tentei me acalmar, tentei pensar em coisas sólidas em minha vida.
— O que você quer?
— Os dois.
Era uma mentira. E no fundo, ele sabia disso. Mas aceitou a resposta, e me levou para casa em seus braços. Durante todo o caminho, eu só pude agarrar seu pescoço, e tentar sufocar a voz que me dizia: "lar, lar, lar"...

หนังสือแสดงความคิดเห็น (858)

  • avatar
    FranciscoFrancisco Leite

    muito bom a história e muito boa

    2h

      0
  • avatar
    vih luiza

    miúda uhxjuxjsuajqjajnenndudhdhdhhehrh

    3h

      0
  • avatar
    Weslainny Santos

    muito bom recomendo ler

    6h

      0
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