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Capítulo 2 - Volta às aulas

01 de Fevereiro,  Itália - Génova
Acordar às seis horas da manhã de uma segunda feira é um inferno, e morar longe do colégio e outro inferno. O despertador toca mais umas três vezes e eu estico minha mão até a mesinha de cabeceira e o desligo, o sol entrando pelas brexas da minha janela e sinal de que os meses de chuva estão se acabando. Não sei se fico feliz por finalmente chegar seca ao colégio ou se fico triste porque vai fazer muito calor, aqui em Génova o clima está muito louco ultimamente.
Depois de umas férias mais que merecidas devo dizer, porque a semana de provas não foi nada fácil. Eu passei as minhas férias no Brasil na casa dos meus tios da parte de mãe, eu e meu irmão Matteo queríamos até ficar mais tempo lá mas nossos pais não deixaram, "escola em primeiro lugar" eles disseram. Apesar de falarmos que quase ninguém vai na primeira semana de aula, o primeiro dia de aula, onde quase ninguém tem vontade de ir e os que vão parecem zumbis vagando pelo corredor.
Depois de colocar o tão famializado uniforme da escola que consistia em uma calça azul com uma lista branca do lado de cada perna e uma camisa branca com detalhes em azul com um emblema bordado do lado esquerdo que tinha o nome do colégio "Collegio Emiliani" peguei a minha mochila
e saí do quarto descendo as escadas e cantarolando uma música que eu tinha escutado em alguma propaganda na TV.
— Bom dia! — respondi animadamente enquanto entrava na cozinha onde minha mãe estava fazendo ovos mexidos e o meu pai assando umas toradas,  o meu irmão mais velho Matteo já estava tomando o seu café da manhã.
— Buongiorno amore mio! — meu pai falou e sorriu para mim e colocou duas torradas no meu prato. Me sentei a mesa e disse um "Grazie"
— Aurora minha filha coma depressa para não acabar chegando atrasada no seu primeiro dia. — Minha mãe falou e se sentou a minha frente e começou a comer os seus ovos mexidos.
— Não se preocupe meu amor eu levo as crianças hoje — meu pai falou
— Eu vou dispensar a carona hoje pai. Prefiro ir andando, tenho que encontrar uns amigos.
Meu irmão mais uma vez contando outra mentira, ele sempre diz que vai sozinho para poder faltar aula e encontrar a namorada dele Vanessa, eu não gosto muito dela, me parece tão fingida.
Mas meu pai descobriu essa tática dele faz tempo. Já que Matteo não pensou mesmo que a diretora iria ligar para os nossos pais e perguntar o porquê de tantas faltas? É ele não sabe nem como enganar alguém e sustentar a mentira sempre é pego. Coitado é burrinho ele, pelo jeito a inteligência da família ficou comigo.
— Não mesmo, Matteo. Pensa que eu não sei que se eu deixar você ir sozinho nem ao menos vai aparecer no Colégio — meu pai disse relutante e Matteo revirou os olhos, possivelmente estava achando aquilo tudo um tédio.
E eu como uma boa irmã ria internamente por ele.
  ♤
Collegio Emiliani
 
— Aurora! — Vi um serzinho de cabelos cacheados totalmente eufórica e exageradamente feliz vindo correndo até mim, minha amiga Lina.
Alguns alunos nos olharam curiosos mas quando viram que era a Lina sendo... a Lina eles voltaram ao que estavam fazendo tirando a atenção da gente.
— Para que tudo isso, sua doida? Estão nos olhando.
Ela me abraçou e abriu um sorriso extremamente animado.
— Adivinha quem tem um encontro hoje!?
— Sério! Com quem?
— Ah, você não conhece, ele faz o curso de arte junto comigo. O nome dele é Luca. Ah, ele é muito lindo — Quando ela falou o nome dele os seus olhos brilharam, nunca a vi tão animada com um cara antes.
— Você gosta dele né?
— Muito, ele é incrível Aurora! Você têm que conhecer ele. Eu que tomei a iniciativa e joguei todo o meu charme para ele e o Luca disse que eu era muito fofa juro quase que eu desmaio e...
Meus olhos se fixaram em alguém que acabara de chegar, com suas roupas pretas como sempre e uma touca da mesma cor, com seus fones de ouvidos e de cabeça baixa. Passei a fitá-lo caminhar até o seu armário. Não sei como ele conseguiu burlar as regras do colégio e não usar uniforme. Lorenzo tem muito estilo, mesmo se tivesse mil pessoas se vestindo da mesma forma eu ainda iria achar que falta algo neles. Falta o toque Lorenzo Bianchi.
— Ei! — Vi uma mão se mover na frente dos meus olhos.
— Oi? — Voltei a minha atenção a Lina — Eu estava falando e você aí olhando o esquisito!
A olhei a reprendendo com o olhar, odiava que falassem assim das pessoas, sem ao menos o conhecer primeiro. Que eu saiba todos temos o benefício da dúvida não é?
— Ele não é esquisito Lina, só é introvertido. E isso não é nenhum crime.
Ela revirou os olhos e voltou a me olhar
— Não vamos discutir outra vez por culpa disso. Enfim, você vai comigo hoje no shopping?
— Mesmo se eu disser não você vai me levar contra a minha vontade.
— Esattamente. — Ela segurou em meu braço e fomos andando em direção aos nossos armários que infelizmente era no corredor oposto do de Lorenzo. Mas ainda teríamos que passar por lá. E eu estava animada. Assim que passamos ao seu lado por instantes milésimos de segundos fizemos contado visual, foi algo rápido e breve mas foi o suficiente para eu me arrepiar inteira com o seu olhar profundo que jamais foi dirigido a mim, apenas agora. Como ele percebeu que eu também o olhava desviou o olhar indiferente, fechou o armário e se afastou aos poucos sumindo no corredor.
Por que ele não disse nem um oi? Ou melhor, por que eu não disse? Vai ver ele é tímido. Ahh, eu sou uma confusão mesmo.
Deixei esses pensamentos voarem para longe e passei a escutar Lina que falava sem parar sobre como estava nervosa para o seu encontro de hoje. Chegamos em nossos armários, que ambos eram lado a lado, e o abri pegando o livro de Biologia e o de Química que seria a primeira e segunda aula.
Chegamos à sala de aula e como sempre Lorenzo estava lá sentado na última carteira de cabeça baixa com o seus fones de ouvidos olhando pela janela meio desligado do mundo.
— Tcs.tcs. Você não tem jeito — Lina comentou com certo desgosto enquanto eu observava o Lorenzo.
— Vai à merda, Lina.
— Opa, desculpa. Eu sei que ele é o seu amor platônico — falou debochando de mim e quando eu ia responder o professor de Biologia entrou.
Sentei no meu lugar e Lina no seu — no caso ao meu lado. E eu juro que se ela abrisse a boca mais uma vez eu iria bater nela, não quero escutar o óbvio agora me deixa me iludir Lina!
O sinal tocou mais uma vez para aqueles que ficam no corredor sem querer nada da vida, no caso o meu irmão. E os restos dos alunos entraram. Mas nada do Matteo. Mas eu nem me importo, problema dele, não sou eu que vai reprovar mesmo.
O professor começou a passar as páginas do livro para fazermos uma atividade. Ouvimos um barulho na porta e os dois seres que vivem no meu pé chegam à sala, como sempre atrasados.
— Desculpe pela demora — Jihoon disse fazendo uma reverência, assim como o seu irmão e eles vêm em nossa direção e sentam na nossa frente.
— Lina está fazendo a atividade, vão cair raios do céu — Jaegyu falou sorrindo e minha amiga mostrou o dedo do meio para ele arrancando uma risada do mesmo.
Sabe aquela sensação de estar sendo observada? Bem, eu venho sentindo isso com frequência, não só na rua, como no Colégio e até em casa. Eu até estou pensando em ir a um psiquiatra, porque isso não é normal. Agora estou tendo essa sensação, e como toda vez olho disfarçadamente ao redor da sala, mas todos estão concentrados no livro. Bem, nem todos.
Lorenzo estava estático girando o anel que tinha no dedo olhando para o seu livro, mas eu sabia que ele não estava lendo, parecia estar longe. De repente, eu me assusto quando ele para de girar o anel e levanta a cabeça olhando na minha direção, olho para o meu livro depressa torcendo para que ele não tenha percebido que eu estava o espionando.
— Professor, posso ir ao banheiro? — escuto ele pronunciar baixo.
— Vá, mas não demore. — Dito isso Lorenzo saiu com certa pressa da sala, ele estava meio exasperado. Que estranho
O que será que houve?
— Meninas.
Sai dos meus pensamentos com o chamado de Jihoon.
— Amanhã de tarde vai ter um jogo de basquete, vai ser o nosso time contra outra escola. Vocês vão vir né?
— Olha, não sei. Não gosto muito de basquete — falei.
Ótimo ficar em casa assistindo alguma série que eu gosto na Netiflix, comendo besteiras e fazendo vários nada.
— Ah não Aurora, vai ser legal! Nós vamos — minha linda amiga falou cortando todos os meus planos.
— É Aurora, você têm que dar apoio para o seu lindo amigo do coração — Jaegyu disse mandando um beijo no ar para mim, que só fiz rir.
— Acreditem, ela vai. Mesmo que eu a arraste que nem da outra vez.
Lina pode ser a minha amiga, mas as vezes ela exagera. Essa vaca me fez uma vez acordar às 4 horas da manhã de um domingo, sim o único dia de paz que tenho da escola apenas para assistir o show de um grupo que ela gostava. Fala sério! Eu quase a matei por isso.
Jaegyu do nada começou a fazer as suas piadinhas mais que sem graça, mas que para ele era as melhores piadas do mundo. E como sempre, Jihoon ria de todas, até a Lina que estava com raiva dele riu.
E esse é o meu ciclo de amigos, as vezes a gente discute mas estamos sempre juntos.
— Espero que terminem a atividade em casa para os que ficaram conversando — professor Diego falou nos olhando e saiu da sala.
Jaegyu (irmão piadinha) se segurou ao máximo para não rir da cara de assustada que Lina fez. O que não demorou a acontecer quando o professor saiu.
— Jaegyu, eu sou uma aluna exemplar e você é mal companhia, dá próxima eu te bato — Lina ameaçou o que resultou em mais risos que no caso foram meus e de Jihoon, que até agora olhava tudo calado.
— Vocês são uns idiotas! — ela fala irritada e cruza os braços.
Não demora e a professora de Química entra na sala com seu olhar intimidador que gela até a alma e todos ficamos em silêncio, ela me dá medo.
 

 
Finalmente o intervalo. Um momento de paz onde podemos andar tranquilamente pelo corredor. Errado. Intervalo, esse nome não é apropriado deveria ser boiada. Porque é aqui onde eles parecem um bando de bois loucos correndo para todo que é lado e empurrando todos, só não sobem nas paredes porque a gravidade impede.
Eles estavam bem animados para um primeiro dia de aula. E no refeitório está bem pior, tanto que nem me atrevo a ir até lá.
O único lugar bom dessa escola é nos fundos dela, onde há uma porta um tanto escondida que dá direto para um jardim onde há algumas árvores. Esse é o lugar para onde eu sempre fujo, tranquilidade e paz e tudo o que quero,
Como eu descobri esse lugar longe do hospício lá dentro? Simples, foi no dia que eu segui o Lorenzo. Certo, certo contando assim até pareço uma louca que persegue o garoto para onde ele vai, e vocês estão certos. Eu de fato fazia isso há três anos atrás, já não faço mais. Porque uma vez quase me ferrei quando ele quase percebeu que eu o seguia.
Era maio e dentro do colégio estava a maior baderna porque alguns professores estavam fora da cidade para uma conferência em Veneza, e para piorar estava chovendo bastante, e eu estava sozinha, Lina faltou porque estava com febre e Jaegyun e Jihoon não vieram por causa de um assunto familiar e como o meu irmão nunca fica comigo eu estava num tédio sem nada para fazer e
parecia que nunca ia parar de chover então eu não podia ir lá pra fora e no meio daquilo tudo eu vi o Lorenzo caminhando no corredor ele estava com uma expressão fechada e de punhos cerrados seu olhar estava diferente, além de misterioso como sempre, tinha um pouco de ódio, dor, e algo a mais que eu não sei definir. Ei fiquei preocupado pensando se alguém tinha feito algo contra ele ou se estava com problemas então decidi o seguir para ver se eu podia ajudar de algum jeito. Mas eu fiquei com tanta vergonha e sem saber como começar uma conversa com ele que apenas o segui calada.
Ele andou praticamente a escola toda até ir aos fundos dela, quando ele olhava para trás eu me escondia atrás de qualquer coisa que achasse. Eu estava me sentindo à verdadeira 007.
Quando andei mais um pouco não o vi, mas fiquei um tanto perdida, era um corredor que não tinha saída,  mas ao observar bem dava para ver uma portinha um pouco escondida no final do corredor, eu ainda parei uns instantes com a mão na maçaneta pensando se abriria ou não, e se ele só quisesse ficar sozinho?
mas ao ouvir um barulho alto de algo caindo eu me assustei e resolvi abrir, vai que ele tinha se machucado. Só que eu não esperava que por trás daquela porta velha e enferrujada estava um jardim maravilhoso, fiquei encantada com o lugar, tinha uma estrada de pedrinhas e ao redor várias flores, orquídeas, girassol, rosas, tulipas. Nunca vi um jardim tão bonito quanto esse, eu até chamei o nome do Lorenzo mas ao contrário que eu pensava não o encontrei lá, me deixando ainda mais confusa.
Nunca entendi ao certo como ele sumiu sem mais nem menos, como num passe de mágicas. Eu até tentei procurar por alguma saída mas nada, se havia uma estava bem escondida. Depois disso nunca mas vi ele indo para o jardim, eu comecei a ir frequentemente para estudar e passar as horas do intervalo, ninguém mais soube sobre esse lugar apenas eu e Lorenzo.
Meus minutos de paz foram interrompidos pelo toque que indica o fim do intervalo, mesmo a contragosto me levantei da grama e saí com todo o cuidado para ninguém me ver, porque obviamente que aquele lugar era cuidado pelo zelador se não as flores não estariam tão bonitas e vivas.
 
Eu fui direto para a sala e meus olhos foram em direção da carteira de Lorenzo , mas nem ele, nem os seus materiais estavam, e mais um dia que Lorenzo some.

หนังสือแสดงความคิดเห็น (3452)

  • avatar
    Eduarda Britto

    ótimo, linda história

    6h

      0
  • avatar
    IgorYtalo

    livro muito interesante

    10h

      0
  • avatar
    Pedro Lucas

    muito bom incrível eu comprei assistir eu achei muito incrível produto maravilhoso ótimo amei eu amei não gostoso eu faço meio adorei

    10h

      0
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