- O que sabemos sobre o desaparecimento de Harry Grey. Disse Isa.
Estávamos de frente para um holograma que lembrava um quadro de cortisa com várias fotos e pristas do caso ligadas por um fio vermelho.
- Ele desapareceu no dia 28 de Agosto de 2057. Disse ela.
- A primeira coisa que precisamos fazer é achar a cabana. Falei.
- O único problema é que ninguém sabe onde fica essa cabana. Disse Isa.
- Mas nós vamos descobrir. Disse Lisa com um pouco de desespero na voz.     - Nós precisamos achar o Harry, ele pode estar sendo torturado ou ele pode até estar morto.
- Lisa calma. Disse Jack. - Nós vamos acha-lo, mas o que precisamos agora e de foco e não de loucura e lamentações.
- Ok, eu acho que sei por onde começar. Disse Isa. - Eu construí um drone ontem no clube de Robótica, vamos usá-lo para localizar a cabana.
- Por onde começamos a procurar? Perguntou Jack.
- Olha, pelos relatórios que eu achei no computador do pai do Jason fica perto da cachoeira, mas eu acho que deve ser um pouco acima. Disse ela mostrando um holograma de mapa daquela região da floresta e aproximando da cachoeira.
- Por aqui eu acho. Disse ela. - Vou começar a procurar.
Naquela tarde eles foram para o parque da cidade para conseguirem usar o drone sem que ninguém suspeitasse de nada.
Isa havia conectado a câmera do drone a da Quarta-feira assim conseguia ver tudo com muita clareza. Nós conectamos os óculos ao meu computador para que todos pudessem ver e ajudar ela a procurar.
Depois de um tempo procurando ela achou uma estrada que levava a montanha Calt e que parecia estar com marcas de pneus recentes.
- Quarta-feira veja que tipos de pneus fizeram essas marcas e quando foram feitas. Disse ela.
Nos aproximamos dela rapidamente para ver.
- As marcas foram feitas por pneus de Vitril de 28 centímetros, e as marcas maiores forma feitas por pneus de um tipo de composto químico de borracha. Disse Quarta-feira.
- Ótimo. Gritou Isa animada.
- O que foi ela só falou o tipo do pneu. Disse Bryan.
- Sim, mas a polícia de PeaceVille usa carros com pneus de Vitril de 28 centímetros e não tem muitos carros na cidade que utilizem pneus de composto químico de borracha. Disse ela com um grande sorriso no rosto.
- Ou seja... Perguntou Jack.
- Ou seja que a gente só precisa encontrar o carro que tem esse tipo de pneu. Completou Maddie.
- Sim, mas primeiro nós precisamos verificar a cabana e pra ver se tem alguma pista lá.
- Pelo menos já sabemos por onde procurar. Disse Jason.
- Então hoje a noite nos podemos ir procurar a cabana. Disse Maddie.
- Isso mesmo, preparam suas bicicletas e qualquer coisa que poderemos usar como arma. Disse Lisa.
- Pra que precisaríamos de armas. Disse Jack.
- Você ainda pergunta. Disse ela.
Voltei para casa para começar a planejar como fugiria a noite, esperava chegar em casa e encontrá-la vazia, mas por algum motivo meu pai estava em casa.
— Onde você estava? Perguntou ele em um tom duro.
— Eu... só fui ao parque. Falei.
— Deveria ter avisado! Agora ele estava gritando. — Não pode ficar andando por aí sem avisar.
— Ok. Desculpa pai. respondo indo em direção a escada.
Antes que eu possa subir ele segura meus braços juntos ao corpo e me impede de me mover.
— Lembre-se, você não pode agir de qualquer jeito lá fora. Principalmente agora! Eu quero que pare de procurar coisas sobre o Harry. E quero que se concentre na sua vida e em fazer tudo corretamente.
— Mas pai eu...
— Mas nada. O Harry se foi! E se você não quiser acabar como ele você precisa ser perfeito!
Não havia entendido o que ele quis dizer, mas meus olhos já estavam cheios de lágrimas naquele momento.
— O que você quer dizer com isso? Pergunto.
Ele me olha por um tempo como se percebesse que falou algo que não deveria. Depois de um tempo ele me solta e diz.
— Nada. Vá para o seu quarto. E não saia mais de casa hoje por favor. Disse ele.
Obedeci o que ele disse e fui em direção a escada, mas então ele me chamou novamente.
— Jason. Qual a regra número um?
— Esconda suas imperfeições e destaque suas perfeições. Respondo.
— Exato. Faça isso por favor. Te amo. Ele me deu um beijo em minha testa e depois foi em direção a porta.
Subi para o meu quarto e me sentei na minha escrivaninha.
— Desculpa pai, mas o seu filhinho perfeito tem vai ter que te desobedecer. Falo para mim mesmo pegando minha mochila e colocando tudo que poderia precisar para a noite.