Cansados e exaustos depois de dormirem direto, por dois dias . 
Tomás acorda atordoado . Ele  sem ter como se orientar, olha para o céu e ver que já é noite , mas ele não tem noção de que dia é.
Pois o celular dos dois estava sem bateria.
Ele olha ao lado e verifica a temperatura da Valéria e parece normal , ele então sacode ela:
- Você tá melhor!?
Valéria reponde , só mechendo a cabeça pois sua garganta está seca ela fala: 
- Água 
Enquanto Tomás coloca água na boca de Valéria, ele pergunta pra ela;
- Você sabe, por quanto tempo dormimos!?
Valéria, fala bem baixinho, parece fraca;
- Eu não conseguia levantar ,mas eu cheguei abrir os olhos foram dois dias. 
Tomás , pegou uma sopa enlatada esquentou em  um fogão a lenha que têm no Buncker e deu na boca da Valéria bem devagar e ela perguntou:
- Por quê, aconteceu alguma coisa?
Como Valéria estava se recuperando, o Tomás não quis contar nada ainda, o que aconteceu com o ônibus, achou melhor esperar ela se recuperar, primeiro.
Valéria: 
- Desculpa eu acho que eu te dei trabalho neh!?
Tomás:
- Não, tudo bem só se recupera pra a gente ir embora. 
Valéria: 
- Quando você saiu eu estava tão mal e cansada que eu só queria dormir eu tomei um paracetamol e não lembro de mais nada. 
Tomás : 
- Eu cheguei você estava queimando de febre , me desculpa te deixar sozinha. 
Valéria: 
- Não, tudo bem, foi eu quem mandou você ir, lembra!?
Tomás, ficou calado os próximos dias e não falou nada o que aconteceu lá fora para Valéria, talvez com a esperança se ele não falar nesse assunto não aconteceu. 
Tomás, ainda estava em choque sobre tudo e em negação, como ele voltaria para sua casa e daria essa notícia aos pais da Daiana, ela estava sob sua responsabilidade, a culpa estava o atormentando . Os pais dela, nunca o perdoaria.
E com o tempo André começou a ficar com medo de sair do Buncker.Tudo ele inventava desculpa para não ir, para não sair, ele queria fugir da realidade. 
Por mais que românticamente ele não fosse apaixonado por Daiana Pinheiro, ela era alguém que ele conhecia a vida inteira. E também sua família, como ele irá dar uma notícia dessa. Ninguém tem culpa , mas nessa vida e diante de algo assim , Tomás sabia que sempre se procura culpados. E ele mesmo se sentia culpado e se culpava, não precisava de mais ninguém apontando dedos para ele.
Valéria, ainda estava se recuperando.  Demorou uns 15 dias para ela ficar totalmente bem . 
Valéria, não comentava nada com o Tomás sobre sair, porque ela achou que ele ficou por ela por culpa, e ela também estava com medo de ficar sozinha e acontecer alguma coisa e morrer sozinha ali. 
Então os dois acabaram ficando ali dentro daquele Buncker por dias. Por medo do mundo externo e o polícial ligou, para Lissio, perguntando sobre o viajante misterioso, porém, como ele nunca mais apareceu, o policial acabou desistindo de vim até a cidade , já que o viajante misterioso desapareceu como mágica. 
O policial pediu para o Lissio avisar caso ele aparecesse novamente. 
Quando finalmente, Valéria estava completamente saudável e bem, ela disse:
- Já podemos ir , eu estou me sentindo totalmente recuperada. 
E então o Tomás falou para Valéria: 
- Então, vá sozinha eu não quero sair daqui.
Valéria achando estranho essa atitude do Tomás perguntou: 
- Como assim !? Você não quer ir , o quê está acontecendo com você ?
Tomás: 
- Eu não quero falar sobre isso , eu só não quero ir .
Valéria: 
- Você está louco!? como assim não quer ir, não podemos ficar aqui presos para sempre nesse Buncker?
Tomás :
- Não quero enfrentar o mundo lá fora. 
Valéria:
- Você o bam bam , não quer enfrentar o mundo lá fora!? Se só tem coisas incríveis pra você lá fora o que pode te dar tanto medo l!? Se você fosse como eu que tivesse que trabalhar para sobreviver, faria mais sentido mas você têm o mundo inteiro disponível, lá fora. 
Tomás:
- Pense o que quiser de mim , eu não vou sair lá fora por nada, vai você. 
Valéria: 
- Eu vou mesmo, eu que não vou ficar presa aqui embaixo com um maluco . 
Tomás : 
- Você é tão mal agradecida, foi o maluco aqui quem salvou a sua vida e ficou cuidando de você , quando estava mal com febre.
Valéria:
- E eu sou muito grata a você, mas isso não significa que eu vou viver minha vida trancada aqui em baixo com você não é mesmo !?
Tomás:
- Você está certa, um de nós dois precisamos nos salvar. 
Valéria:
- Exatamente, eu vou e trago ajuda assim que eu achar .
Tomás:
- Pra mim não, esquece que eu existo . 
Valéria:
- Quero ver se sua família, vai pensar do mesmo jeito. 
Valéria então sai do Buncker, sem saber qual caminho o Tomás seguiu , pois ele não contou nada, ela foi por outro caminho. 
E caminha, caminha, caminha por horas, até chegar em uma vila estranha.