Samantha Martinez
— Caramba Sam, você não está legal hoje... Está no mundo da lua mulher? Ah já sei, está sonhando acordada com o amor, só pode! — fala a Patrícia.
— Eu não estava sonhando com ninguém, só estava pensando um pouco, desculpa... Bora para a cozinha pegar alguma coisa para beber.
— Quero uma cerveja e espero que tenha a que eu gosto — fala a Bia.
— Você sabe que aqui sempre tem, mas vou logo avisando as duas se colocarem uma gota de bebida alcoólica na boca não irão dirigir, ouviram meninas?
— Já sei Sam, sempre que bebemos aqui, acabamos ficando para dormir porque mamãe não nos deixa dirigir — fala a palhaça da Bia.
Estamos conversando na cozinha distraídas e por acaso estávamos falando o nome do Jack quando Thiago que sabe dos meus sentimentos entra de repente e fala:
— Ouvi meu nome... O que vocês estão falando da minha pessoa?
Caramba, estava quase morrendo de vergonha!
Eu não era assim...
Jack sempre vem aqui, já eu não gosto muito de ir à casa dele depois que ouvi o pai dele.
— Sim você ouviu seu nome, estávamos questionando o motivo da sua lerdeza e desse outro idiota lerdo também — fala Bia e o Thiago nem liga, o que a deixa mais possessa ainda.
— Vocês que chegaram cedo demais, agora que deu meio-dia e a dona da casa não reclamou dona Bia... Você sempre tem que reclamar de alguma coisa... Vamos para a piscina? Porque vocês ainda não estão na piscina com um calorão desse — fala Jake.
Ele ama uma piscina.
— Então vamos para a piscina logo meninas — falei.
— Muito bonito Sam, chamamos você para ir para piscina já faz um tempão e você não quis. Agora nossos amigos chegam, chamam e você logo quer ir? — fala Patrícia com um sorriso no rosto.
Olhei para ela com um olhar mortal acho que elas querem mesmo que eu morra de vergonha. Poxa ele vai pensar que estava só o esperando e se ele achar que a melhor amiga está a fim dele? Isso é uma droga mesmo!
Fomos para a piscina e já tinha uma mesa posta com algumas coisas para comer e uma geladeira cheia de bebidas e outras coisas.
Bia abriu a geladeira pegando outra cerveja e os outros a seguiram. Eu sou a única que não bebo, odeio bebidas alcoólicas.
— Jake e Thiago, vocês sabem que se beber não dirige, né? — falei.
— Eu não vim de carro Sam, vim de Uber, pois sabia que iria beber e se bebo não dirijo... Essa é nossa regra, certo? — fala olhando para mim com seus belos olhos que me deixa mais apaixonada ainda.
Fui eu que inventou essa regra, pois já ouvi sobre muitas pessoas que morrem por dirigir depois de beber. Por isso, desde que eles começaram a dirigir não deixo meus amigos dirigir depois de beber. Eles podem até fazer isso quando não estou por perto.
Bem que eu gostaria que ele dormisse aqui, assim ficaríamos assistindo séries como antigamente quando passávamos a noite acordados, o que deixava meu pai louco. Ele não gostava quando meu amigo dormia aqui e olha que éramos adolescentes.
Agora adultos meu pai iria implicar, mas não ligaria se ele dormisse aqui só para poder encostar minha cabeça em seu peito, enquanto ele fazia cafuné na minha cabeça. Naquela época não sentia o que sinto por ele agora.
Enquanto todos estão na piscina, estou disfarçadamente olhando para meu amigo sem blusa, com seu peitoral a mostra.
Céus, ele é muito bonito!
Como seria sentir um beijo?
Nunca beijei e até sonho o beijando. É um sonho tão bonito, onde nós dois estamos nos beijando enquanto passa uma música bem romântica. Esse sonho me persegue o tempo todo.
— Sam não vai vir para a piscina? Vai ficar o tempo todo aí? Tira esse vestido e vem para a água — falou Bia.
Tirei meu vestido, entrei na água e nos divertimos muito. Estava tudo maravilhoso e a água estava divina. O dia hoje estava quente demais, por isso ficamos um bom tempo na água antes de sair para almoçar.
A mesa estava posta e meu pai não desceu até agora, isso sim é um milagre. Minha mãe deve tê-lo convencido a me deixar sozinha com meus amigos.
Começamos a nos servir e nos ajeitamos na mesa. Não vi o Kelly depois que meus amigos chegaram, ele deve estar jogando e se deixar o menino fica o dia todo em frente daquele troço jogando.
Sempre ficamos de olho com quem ele está jogando, pois nunca se sabe quem está do outro lado. Tem muita gente perversa no mundo e devemos estar em alerta sempre.
Assim que terminamos de almoçar, fomos para a sala de jogos.
— Que tal jogar apostado? — pergunta Patrícia.
— Apostado o que? — perguntei.
— Quem perde tira uma peça de roupa, já jogamos isso lembram?
Ó céus, não sei o que essa minha amiga está pensando hoje...
Ela está demais!
— Bia, jogamos quando éramos criança, sua louca! — falei.
— Ah, ia ser divertido — falou minha amiga maluquinha Bia.
— Vamos só jogar um jogo normal, sem nada de aposta... Não quero ver minhas melhores amigas de roupas íntimas, isso seria constrangedor para mim e vocês são como minhas irmãs... Então nem pensar! — falou Jack, Thiago concordou e a Bia logo implicou com ele.
Não gostei dessa "irmã" saindo da boca dele. Não quero que o homem que eu amo me veja como uma irmã...
Droga, como vou fazê-lo me enxergar?
Isso parece impossível de acontecer!
Não vou desistir dele, vou criar coragem e me declarar de uma vez. Vou pedir para Papai do céu me ajudar. Só ele pode me ajudar, tenho muita fé em Deus, mas não sou nenhuma religiosa.
Leio a bíblia, faço minhas orações e acredito muito em Deus, por isso tenho fé que ainda terei meu amor para mim e seremos muito felizes. Não posso pensar no pai dele que me odeia e eu que não conto nunca uma coisa dessa para os meus pais, senão ele seria capaz de ir até a casa do Jack e nem sei o que meu pai faria.