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Capítulo 06: Mundo Estranho

  Os irmãos chegaram à fazenda da família. 
  Imediatamente, carregaram Fewlen para a casinha dos fundos, onde costumavam guardar ferramentas. Não havia outro lugar para deixá-lo naquele momento. 
    - Droga, ele é pesado mesmo! - comentou a jovem quase morrendo. Então, o colocaram com cuidado no chão.
    - Argh...- resmungou a múmia massageando as têmporas. Estava semi-consciente. Seus olhos pousaram em Marg, em seguida pousaram em Leo. - Vocês...
    - Fique calmo, por favor...-pediu a garota. Aos poucos o suposto príncipe foi recobrando a consciência.
 Fewlen tocou o próprio pescoço. Ele olhou ao redor, percebendo que seu colar de rubi havia desaparecido. 
Nesse momento, Margarida e Leonardo se entreolharam aflitos. A jovem aproximou-se dele, tentando acalmá-lo, mas o príncipe se afastou, mantendo o olhar fixo em ambos. 
    - Onde está o colar? 
    - Desculpe, mas...ele é propriedade do museu agora...-Leo balbuciou com certa cautela. Temia qualquer reação negativa por parte da múmia.- Você...como posso dizer isso? Você morreu há muito tempo. E não deveria estar aqui, entre nós. 
    O suposto príncipe abriu um sorriso. Levantou-se, ficando quase o dobro do tamanho de Leonardo, o que fez o outro empalidecer.
    - Se estou morto, então é pressuposto que este seja o Mundo Dos Mortos, correto? Logo, VOCÊS não deveriam estar aqui. 
    - Não, amigo...por algum motivo, você ressuscitou. Não apenas você, como todas as outras múmias Tashalunis.
    - Impossível! - Fewlen riu,- uma vez que a alma chega ao Mundo Dos Mortos, ela aguarda pelo julgamento. Não volta para o mundo carnal. Apenas se tiver a sorte de reencarnar em um outro corpo!
    Leonardo estava nervoso, ele sabia que suas palavras poderiam parecer loucuras, mas era importante que o príncipe soubesse toda a história.
  - Príncipe Fewlen, eu sei que o que vou lhe dizer pode parecer absurdo, mas...esse não é o Mundo Dos Mortos!
Fewlen arqueou uma sobrancelha, claramente confuso com as palavras dele. Marg, que estava ao lado de Leonardo, também expressava confusão em seu rosto. Ela olhou para o irmão, como se esperasse por uma explicação lógica para aquele dia insano.
  - Eu não entendo...se não estou no Mundo Dos Mortos, então que lugar é esse? - Com a mente ainda turva e o coração acelerado, o príncipe mal conseguia assimilar a informação que lhe foi entregue. Ressuscitado? Como isso era possível? Ele se lembrava claramente das dores que o consumiram, do último suspiro que havia dado e do vazio que se instalou em seu ser. Mas ali estava ele, diante de uma realidade impensável!
     - Você está em Pitombinas. No ano 2023 D.C. Bem-vindo! - Marg respondeu. Ainda descrente.    
    - 2023...? Hein? 
 Fewlen tentou articular palavras, mas sua voz se perdeu em sua garganta. A realidade o puxava para baixo. Como se estivesse preso em uma dimensão incompreensível. Seu coração, que um dia havia parado de bater, agora palpitava freneticamente em seu peito.
    O que havia acontecido com ele? Será que a morte havia sido apenas um engano? Será que seu destino reservava algo mais cruel do que o descanso eterno? Ele se sentia perdido, como um náufrago à deriva em mares desconhecidos, sem ter a menor ideia de qual direção tomar. Estava confrontado com a verdade mais assustadora que já havia experimentado: ele havia retornado à vida. Mas a que preço? Que tipo de futuro o aguardava após essa ressurreição? As perguntas se amontoavam em sua mente, o desconhecido estendendo seus braços para acolhê-lo em seus mistérios sombrios. E ele sabia, no mais profundo de sua alma, que algo irrevogável havia mudado.
   As palavras de Leonardo pairavam no ar por um momento, enquanto tanto Fewlen quanto Marg tentavam processar a informação. 
   - Algo me trouxe de volta. 
  Leonardo suspirou, sabendo que a explicação poderia soar ainda mais fantasiosa.
   - Eu testemunhei o poder de um antigo artefato, um cetro mágico que está em posse de seu irmão. Rei Coayli. Talvez seja ele o responsável.
   - Espere, espere! Você disse...Rei Coayli? Não pode ser. Isso não pode ser verdade.
    - Coayli foi coroado aos dezoito anos, logo após você morrer. - Marg comentou, lembrando-se das aulas de história.
   Como será que Fewlen reagiria ao saber tudo o que havia acontecido depois? 
    O choque era visível no semblante do príncipe. Ele passou as mãos pelos cabelos, sorrindo.
     - Então é isso...Coayli foi coroado. E se já não bastasse, também ressuscitou. Com o cetro!
    Marg agora olhava para Leonardo com uma mistura de admiração e incredulidade.
    - Tudo bem, já podem parar com o teatro! Estou impressionada o suficiente!
    - Eu juro, Marg! Coayli foi o primeiro a ressuscitar! Sabe aquele cara de saiote que você viu na avenida? Então...era ele! O próprio!
    A jovem explodiu em uma gargalhada. Imediatamente foi transportada de volta para as lembranças de dias atrás; um cara de cabelos longos atrapalhando o trânsito. Mas como assim, era o próprio Rei Coayli? Ela não conseguia acreditar! Era absurdo demais!
Fewlen olhou atônito para Leonardo, seu ceticismo sendo substituído por uma mistura de surpresa e curiosidade.
    - E onde está o cetro mágico agora? Quantas múmias Coayli ressuscitou?
Leonardo sabia que explicar o destino do cetro complicaria ainda mais aquela história já tão difícil de ser aceita. Aparentemente, os irmãos da realeza Tashaluni não eram tão próximos assim, como os historiadores teorizaram!
   - Er... está com o Coayli.- respondeu Leo.- prendemos ele no sarcófago com o cetro...
Enquanto a informação se assentava na mente do príncipe, uma sensação de assombro e maravilha envolvia o grupo. Era difícil aceitar o inacreditável, mas a presença de Fewlen ali, diante deles, era a prova física de que algo extraordinário havia acontecido.
   - Leve-me até o cetro. - pediu Fewlen, destemido. Mas seu pedido soou mais como uma ordem, o que deixou Leo um pouco irritado.
    - Não posso! Se o Coayli sair do sarcófago, estamos lascados! Deixe-o quietinho. Deve haver outra solução.
     O príncipe cruzou os braços.
     - Não tenho medo dele. E não estou com vontade de permanecer mais um segundo sequer nesse mundo estranho. Portanto, busco soluções rápidas.
     - Certo. - disse Leonardo. 
    Marg não estava gostando do rumo daquela conversa, então se despediu, saindo rapidamente da casinha de ferramentas.
                                  000
Enquanto o irmão ficava de olho em Fewlen, a jovem partiu em direção à casa principal. Ela estava de volta após ter ficado desaparecida por quatro dias.
   Se soubessem o que havia lhe acontecido...
À medida que se aproximava da casa, sentia um turbilhão de emoções tomando conta de si. O nervosismo e a alegria se misturavam em seu peito. Ela imaginava o abraço apertado de sua mãe, as palavras amorosas de seu pai, e claro, o olhar de desprezo da irmã Marcela para si.
Enquanto se aproximava da varanda da casa, a garota viu a imagem de seus genitores no interior da sala de estar. Seu pai Roberto, um homem de aparência robusta, estava sentado na poltrona favorita. A mãe, Lúcia, uma mulher esguia de rosto aritoscrático e de mãos sempre ocupadas, estava ao lado, olhando ansiosamente para a porta.
  O casal vibrou ao avistá-la. Eles correram para encontrá-la. As palavras se misturaram em meio às lágrimas, expressando o quanto haviam sentido sua ausência e o quão maravilhoso era tê-la de volta em casa.
   - Onde você estava?- indagou a mãe rispidamente. Marg engoliu seco. Mas eles precisavam saber a verdade. Contou tudo o que lhe havia acontecido. Contou que os próprios colegas de classe haviam tentado matá-la.
   - Esses deliquentes vão pagar! - urrou o pai. Então se dirigiram até uma viatura que ainda estava presente na residência. E, como procedimento, foram instruídos a irem até a delegacia prestar queixa. Antes de entrar no veículo, Marg olhou para a varanda uma última vez.
   Viu Marcela lá. Parada. Assistindo tudo em silêncio. 
  Obviamente ela não se aproximaria. 
   Não com a relação de ambas ainda muito tensa. 
                                    000 
      - Então, vai me manter como prisioneiro até quando?- Fewlen indagou, cruzando os braços.
  Leo virou-se para ele. Entendia a impaciência do príncipe. Sabia que estar confinado em um espaço apertado por várias horas poderia ser desconfortável, principalmente para alguém acostumado com as regalias da realeza.
Leonardo olhou para o relógio em seu pulso e percebeu que já se passaram algumas horas desde que chegaram à casinha de ferramentas. Logo precisaria iniciar o turno no museu. Quando estava prestes a responder a pergunta de Fewlen, uma voz feminina irrompeu na conversa. Era Marg. Seus cabelos negros estavam bagunçados e sua expressão parecia cansada, mas determinada.
   - Fui até a delegacia prestar queixa. - informou.
   - Puxa, ainda bem! Quase que gasto o meu réu primário com esses moleques imbecis.- Leo sorriu brincalhão.
   - E eu vou mudar de colégio...mas só depois das férias!
   - Desculpe atrapalhar Vossa Majestade, - falou Fewlen, de um jeito irônico, - mas eu tenho que voltar para o mundo dos mortos! Vão me manter preso aqui até quando?!
    - Puxa vida, você não consegue esperar ao menos um pouco?!- bradou Leo com a voz mais exaltada do que deveria.
    - Eu estou esperando o dia todo! - rebateu o príncipe, sério. - desde que despertei nesse mundo estranho, estou sob posse de duas crianças mimadas que pensam que sabem alguma coisa!
     - CRIANÇA?! - Marg deu um passo à frente.- Segundo você, eu sou idêntica à tal da Zatalim, sua esposa falecida! Você casou com uma criança? 
    - COMO?! NÃO, ECA! - o príncipe passou a mão pelos cabelos, andando de um lado ao outro. - Eu não sei o que está acontecendo e isso me irrita!
   -Eu também estou irritado, certo?- Leo tentou se defender. Fewlen olhou para ele, com as sobrancelhas franzidas. - Seu irmão me causou um problemão! Sabe quantas múmias fugiram do museu? Vinte! VINTE! Se não forem encontradas em tempo, serei culpado pelo sumiço delas! Vou perder o meu emprego, e sem emprego não vou poder pagar o apartamento e nem bancar os meus estudos!
    Um silêncio fúnebre instalou-se. 
   A tensão que emanava de Fewlen era palpável, e agora, no silêncio que se estabelecera, todos podiam compreender por que ele havia chegado ao limite. Ele era um estrangeiro solitário em um mundo desconhecido, rodeado por pessoas estranhas e preso em uma era totalmente diferente da que conhecera.
Leo observava o príncipe com olhos meticulosos, tentando decifrar as emoções que transbordavam dos seus olhos. Marg permanecia ao lado do irmão. Seus próprios pensamentos a dominando. Ela entendia a angústia que o príncipe sentia. Afinal, ela também era uma estrangeira em um mundo desconhecido. Quer dizer. Todos em seu colégio eram tão descolados, cheios de grana para gastar em futilidades! Eram cheios de momentos marcados em festas insanas e muita bebida! Enquanto ela, era uma jovem tranquila, sem vida social, sem muito interesse em coisas que os demais jovens consideravam bacana. Sentia-se quase estrangeira. Mas, compreendia que eram situações completamente diferentes, e que nem fazia tanto sentido compará-las!
                                      000
     O sol começava a se pôr, tingindo o céu com tons dourados e alaranjados, enquanto a cidade ganhava vida com as luzes noturnas. Era cerca de 18h30 e o trânsito estava ficando mais intenso, mas isso não diminuía a curiosidade de Fewlen. Na verdade, ele estava encantado com tantas "carruagens" sem cavalos. 
    - Será que eu posso...
    - Não, não pode! -respondeu Leo prontamente, percebendo que o príncipe queria botar a cabeça para fora da janela. Já havia o advertido diversas vezes durante o trajeto. 
     - Esse mundo é realmente muito curioso. Mas não vejo a hora de encontrar minha esposa. Finalmente poderemos adormecer juntos por toda a eternidade.
    Leonardo abriu um sorriso desconfortável. 
   "Merda! Espero que ele não leia nenhum livro de história!"
  - Fewlen, eu entendo sua emoção, mas devemos lembrar que muita coisa aconteceu depois que você morreu. - Respondeu Leonardo com cautela, tentando medir suas palavras. - Pessoas se casaram, sabe...? An...seguiram com suas vidas...
   - Pessoas se casaram?- o príncipe sorriu. - Espero que tenha sido meu amigo Vahad! 
   - Bom, não foi o Vahad...foram duas pessoas que você conhece bem. Conhece muuito bem...
Fewlen olhou para Leonardo, seu semblante iluminado diminuindo um pouco. Pessoas que ele conhecia bem?
   - Não sei de quais pessoas você está falando. Poderia ser mais claro?
   Leonardo suspirou.
  - Bom...isso não importa mais. Mas saiba que, independente de tudo, não é o fim, e que novos amores podem surgir...
    O príncipe estranhou a frase do rapaz. Mas nada questionou, pois foi distraído pelas luzes coloridas de um prédio batendo em sua face.
                                   000
Ao entrar no apartamento, Leo respirou fundo sentindo-se acolhido pelo familiar cheiro de seu lar. As paredes brancas davam uma sensação de amplitude, enquanto os móveis de design moderno adicionavam um toque de sofisticação ao ambiente.
Fewlen olhava ao redor com fascínio. Seus olhos curiosos percorriam cada detalhe do apartamento, absorvendo todas as novidades que encontrava.
Leonardo percebeu o olhar de admiração do príncipe e sorriu.
  - Gostou do lugar?- perguntou enquanto se desfazia de sua jaqueta e pendurava-a no cabideiro próximo à porta.
Fewlen assentiu entusiasmado, seus olhos brilhando com cada detalhe daquele pequeno palácio estranho.
   - É bem bonito!
Leonardo, orgulhoso, conduziu-o até a sala de estar, onde se depararam com uma enorme estante repleta de livros. Fewlen, fascinado pelas cores vibrantes das capas, caminhou em direção à prateleira.
Enquanto percorria os títulos com o olhar, o príncipe ficou especialmente intrigado com um livro antigo, com a capa desgastada pelo tempo. Ele o pegou com cuidado, examinando cada detalhe com curiosidade.
Leonardo se aproximou e sorriu.
  - Esse é um livro especial. Ele conta histórias de mundos distantes, aventuras que nem sequer podemos imaginar.
   Fewlen continuou inspecionando o ambiente. Seus olhos curiosos então voltaram-se para uma enorme tela plana na parede oposta. 
  - O que é aquilo?
  - É uma televisão. Ela nos permite ver programas, filmes e muitas outras coisas interessantes. Quer assistir algo?
  - Assistir...?
   Leo pegou o controle e ligou a TV. E ao ver um homem surgindo na tela, o príncipe quase caiu para trás.
    - Você mantém pessoas pequenas aprisionadas nessa coisa?!
    O outro riu. 
     - Não, não são pessoas pequenas! São imagens transmitidas instantaneamente por alguma torre de transmissão. Algumas, são ao vivo, como essa que você está vendo agora. Outras, são gravações, como filmes e séries!
    Fewlen não havia entendido palavra alguma; mas estava achando tudo curioso. Leonardo foi até a cozinha e voltou trazendo um saco de biscoitos.
    - Você deve estar com fome, não é?
   O príncipe não havia parado para sentir as próprias necessidades. Estava muito ansioso. Queria resolver logo tudo aquilo e voltar para o Mundo Dos Mortos. Mas, ao ouvir a pergunta sentiu instantaneamente o estômago reclamar. 
    - Puxa...a última vez que comi algo foi após a batalha contra o Imperador Asguizu! 
    - Acho que vai gostar disso! Não é o que geralmente comemos pela noite, mas é só o que tenho no momento, porque ainda não fiz compras! - entregou-lhe o saco de biscoitos. 
    Fewlen experimentou um; fez uma cara boa, em seguida botou mais três na boca. 
    - Estou indo tomar um banho rápido, e daqui a pouco vamos para o museu, certo? Não vá embora! 
    E saiu. 
   Uma reportagem sobre os povos Tashalunis passava na Tv. O príncipe parecia mais interessado em saciar sua fome de dois mil anos, do que prestar atenção no que era transmitido. Mas um pouco de curiosidade brilhou em seus olhos escuros ao ouvir seu nome sendo mencionado. 
     "Príncipe Fewlen foi um verdadeiro tirano. Enquanto seu irmão, o jovem Rei Coayli, era gentil para com todos."
     - Hein?!
      "O pesquisador alemão Florien Hanz concluiu que Fewlen traía sua esposa Zatalim com as criadas, pois ela o trocou por Coayli. 
    - MAS...O QUE ESTÁ DIZENDO, SEU...?
      "Foram encontradas diversas evidências de que o príncipe era infiel. Bom. Ainda bem que a princesa tribal encontrou o amor nos braços de outro, pois ela com certeza não merecia alguém como o Fewlen. Agora, vamos falar sobre moda antiga!"
     "Pois ela o trocou por Coayli."
  A frase martelou na mente do príncipe. Como assim? O que aqueles homens estavam dizendo?

หนังสือแสดงความคิดเห็น (2580)

  • avatar
    SoaresCalos Eduardo

    muito bom

    12h

      0
  • avatar
    Davimiguel Duarte Souza

    muito bom gostei muito

    16h

      0
  • avatar
    Werick Rodrigues

    ❤️👍

    20h

      0
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