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Capítulo 05: Keep Calm And Sequestre A Múmia

   - Ela...ela não está em lugar algum!- a mulher de quase cinquenta luas de vida desabou em lágrimas ao lado do marido. Na frente da residência, duas viaturas. Espalhados pelos arredores o pessoal da equipe de busca, que já haviam trabalhado muito nos últimos quatro dias. Marcela estava sentada em um dos degraus da varanda. Observando à tudo em completo silêncio. Não havia esboçado nenhuma reação desde que fora noticiado o desaparecimento da irmã Margarida. Mas seus dedos pálidos vez ou outra deslizavam pela tela do smartphone. Atualizando constantemente a página do Facebook da caçula.
     Um rapaz de cabelos castanhos bagunçados e olhos inchados tentava trocar algumas palavras com os policiais. Era Leonardo. Somente os céus sabiam o quão tomado de culpa estava seu coração naquele momento.
   "Eu poderia ter ido ao mercadinho no lugar dela. Eu estava de carro! Mas deixei que minha irmã fosse caminhando sozinha por uma estrada deserta!"
   Pouco depois o rapaz sentou-se no sofá da sala, com os dedos soterrados nos cabelos. Ele precisava ficar sozinho. Quando as lágrimas estavam prestes a escorrerem pela face, eis que o telefone vibrou no bolso da calça jeans. Leonardo sentiu-se primeiro desfalecer por dentro; depois, foi tomado por uma euforia insana, ao ver quem estava ligando.
     - Leo?- era a voz de Marg. - Leo! Por favor! Vem me buscar!
     - Caramba garota! Onde você se meteu?!-ele não queria ser rude. Mas estava preocupado demais. Haviam sido quatro dias sem resposta alguma.
   A jovem soluçava do outro lado da linha.
      - É uma longa história...vem me buscar, por favor! E venha sozinho...eu...eu não quero dizer nada aos nossos pais por enquanto...estou na Vila Dos Faróis. 
    O rapaz ficou um pouco preocupado. Concordou, então Marg desligou e ele rapidamente correu para pegar o carro. Chamar a atenção foi inevitável. Um dos policiais chegou a desconfiar da saída repentina, mas nada questionou. Leonardo dirigiu por duas horas até chegar no local indicado por Marg. Como havia prometido, ela estava na entrada do pequeno vilarejo, escondida debaixo da sombra de uma árvore. Assim que o rapaz desceu do carro, foi ao encontro dele. Em prantos.
    - O que aconteceu?! - questionou Leo, abraçando-a com muita força enquanto tentava prender o choro. 
   - Fui sequestrada por quatro babacas do colégio!
   Ele percebeu que haviam machucados na pele da caçula.
   - Te bateram?
   - Não...eu...-engoliu o choro. -me jogaram lá do precipício da BR 447.
   Leonardo ficou em choque. Que garotos do colégio perseguiam Marg, já não era segredo algum. Mas aquilo...aquilo havia ultrapassado todos os limites.
   - Assim que chegarmos em Pitombinas, iremos até a delegacia abrir um B.O, sim?
    A jovem assentiu, tentando não chorar. Então, os dois se dirigiram até o carro. Mas ela logo tateou os bolsos, olhou dentro da bolsinha rosa, e percebeu que faltava algo.
   -Oh, não!
   - O que foi?
   - O amuleto! -lembrou-se do cara estranho que a havia levado para um casebre abandonado no meio da mata. O sujeito que jurava se chamar Fewlen. - Um moço que me encontrou machucada...ele pegou o amuleto! Pedi que me devolvesse, mas o filho da mãe disse que não poderia deixar o Olho de Xuantuk em minhas mãos, sem ter a absoluta certeza de que eu sou a esposa dele! Então, fugi.
      -Você fugiu?-Leonardo estava tão extasiado, que nem sequer percebera a importância de tais informações.- por tudo que é mais sagrado, Marg! Eu não posso perder esse amuleto! Ele pertence ao museu! Se descobrirem, estou ferrado!
     -E agora?! Não podemos ir atrás dele! Não com aquela coisa andando por aí! - Marg sentiu todos os pelos eriçarem só de lembrar da criatura que havia visto dentro do casebre. 
   -Coisa?- Leo ergueu uma sobrancelha.
    - Um homem-lobo! Acredita nisso?- a jovem abriu um sorriso nervoso.- esse cara que me roubou...ele não apenas é esquizofrênico, como também invoca entidades malignas!
    - O homem que roubou o amuleto e o cão humanóide andam juntos, é isso mesmo...?
   Marg assentiu, assustada. Leo sentia-se empalidecendo. Não podia ser. Os Vacaeris eram guardiões pós-mortem que serviam apenas aos nobres Tashalunis. Só havia um nobre Tashaluni ressuscitado até aquele momento; rei Coayli. E o próprio estava aprisionado dentro do sarcófago no museu. 
   Então quem seria aquele outro sujeito?
   - Marg...esse homem...ele te disse como se chama?
   -Fewlen.-ela riu,- mas ele não parece muito certo da cabeça. 
  O rapaz quase caiu para trás. 
   - Precisamos recuperar o amuleto. Vamos até o local onde Fewlen está, ok?
  A jovem ficou um pouco receosa, mas concordou. Os irmãos então adentraram o carro e Leo o conduziu até a pequena mata. Foram alguns minutinhos de caminhada até encontrarem o casebre abandonado. Leonardo foi o primeiro a descer.
   - Fewlen! - chamou,- Fewlen! Você está aqui?
   Silêncio total.
   Marg também desceu do veículo. Seu olhos pousaram na entrada da residência que já estava caindo aos pedaços. Uma história um tanto louca passou a pairar em sua mente; será que os pais do suposto Fewlen haviam morrido naquela casa quando ele ainda era criança? E, crescendo sem contato com outros seres humanos, ele tornou-se um rapaz lunático? Eram tantas perguntas!
   -Fewlen! - Leo foi gritar outra vez, quando, inesperadamente, foi jogado no chão. Um pedaço de pau pousou em seu peito. Parado na frente dele, havia uma criatura cinzenta metade homem, metade lobo.
   - Vá embora, humano.
    Marg não conseguia suster-se de pé, pois as pernas tremiam. 
   - Nós...nós só viemos buscar o amuleto...- miou, baixinho. - Não o machuque, por favor.
   -Ludo. Afaste-se.
   A jovem voltou-se para a voz masculina. Um rapaz alto, de camisa azul desabotoada, calças um tanto largas e completamente descalço, postou-se ao lado do homem-lobo. Seus cabelos estavam soltos, mas bem alinhados. Um tanto curioso, ele observou o estranho caído no chão.
   - An...Fewlen..?- Leo questionou, mesmo já tendo um pouquinho de certeza. Havia um "quê" de sangue nobre naquele estranho de olhar intenso e postura altiva, que trazia em uma das mãos um peixe ainda no anzol.
    - Eu mesmo. 
    - Minha irmã...ela esteve com vocês aqui mais cedo. E...o amuleto... ele é meu. An...poderia devolver...?
   Fewlen cemicerrou os olhos levemente, ao mesmo tempo que um sorriso discreto nasceu em seus lábios.
     - Hein? 
     - Esse amuleto que está com você...é meu. - repetiu.
     - Não. Na verdade, é de minha esposa. Eu mesmo fiz para ela, e a presenteei. - o suposto Fewlen cruzou os braços, olhando para Margarida. - Quem é esse homem? 
     - Meu irmão...nos devolva o amuleto, por favor!
     - Você não é a Zatalim, então não posso. 
     Marg suspirou fundo. E, mediante à situação, uma idéia muito ousada a acometeu. 
    - Eu...- olhou no fundo dos olhos dele. - Espera! Você...é você...meu amor...
   Leonardo franziu o cenho. O que ela estava fazendo? 
    - Então...lembra de mim...?- o estranho balbuciou, observando-a um tanto confuso.
    A jovem abriu um sorriso, se aproximando dele.
    - Er...Marg? O que está fazendo? - Leo indagou ao ver que a irmã estava perto demais do estranho. Mas ela não o respondeu.
     - Eu não estava conseguindo reconhecê-lo. Mas, ao olhar no fundo de seus olhos, todos os nossos momentos vieram frescos em minha mente...- Marg era péssima com mentiras, no entanto naquele momento parecia convincente o suficiente, já que Fewlen a fitava com os olhos brilhando.
    - Ei! - chamou Leo, tenso com a situação que se desenrolava. - Afaste-se dela! E me devolva o colar!
Fewlen respirou fundo, tentando reunir coragem para falar as palavras que tanto ansiava dizer. Ele levou uma das mãos até o rosto de Margarida, acariciando suavemente sua bochecha. Os olhos de ambos se encontraram e ele não conseguiu conter o impulso que o dominava. 
  No entanto, antes que aquela situação pudesse se prolongar, a realidade veio abruptamente à tona. Ele enxergou algo diferente no olhar dela. Viu que não era sua Zatalim. 
    - Ótimo! Agora pode me devolver o colar?- falou Leo com rispidez.
    Fewlen olha para ele com um semblante fechado. 
 Margarida permaneceu imóvel, seus lábios entreabertos e os olhos arregalados, tentando compreender o que acabara de acontecer. Seu coração disparava descontroladamente, enquanto uma onda de choque percorria seu corpo, deixando-a paralisada. Ela sentia o toque dele em seu rosto, uma mistura estranha de adrenalina e confusão. Como poderia aquele homem desconhecido ter lhe causado tanta euforia interna? E por que ele se referia a ela como se fosse outra pessoa?
   - Por favor, devolva o colar! Se eu o perder, serei demitido do museu!- implorou Leonardo. As palavras quase saindo em um soluço desesperado.
    - Essa garota não é a Zatalim. Não posso entregar-lhe o colar. E não insista.
Com essa frase, Fewlen virou as costas, caminhando calmamente em direção ao casebre. 
     - E agora? - Marg indagou, aflita.
    - Vou resolver isso. Mas precisamos voltar até o vilarejo, porque aqui não tem sinal de telefone.
   E então foram de carro até a Vila Dos Faróis. 
   Leonardo sentia sua mão tremendo enquanto segurava o celular com força, discando o número de seu Zé, o zelador do museu. 
Enquanto a ligação chamava, ele respirava fundo, tentando se acalmar o suficiente para explicar a situação com clareza. Já haviam prendido Coayli no sarcófago. Se havia alguém que poderia ajudá-lo naquele momento, era o zelador!
 -Zé, sou eu, Leonardo! -disse ele rapidamente, a ansiedade em sua voz transparecendo. -Eu encontrei o príncipe Fewlen, mas...ele levou o colar de rubi!
Do outro lado da linha, Leonardo conseguiu ouvir um suspiro pesado do zelador. Ele sabia que Zé já havia passado por muitas situações de perigo no museu e provavelmente possuía experiência o suficiente para lidar com aquilo.
  -Calma, calma! Você fez a coisa certa em me ligar. Onde Fewlen está neste momento? Preciso de detalhes.
Leonardo rapidamente forneceu a localização exata do casebre onde Fewlen se abrigou, explicando a Zé a aparência do príncipe e tudo o que aconteceu durante o encontro.
O zelador suspirou novamente, mas desta vez com um tom de determinação.
  - Pegue-o desprevenido! Com a boa e velha paulada na cabeça! Se ele morrer não tem problema, ninguém vai ficar sabendo mesmo!
  - Gostei da idéia! Ah...ele está com o guardião pós-mortem...aquele bicho vai me partir em dois! O que devo fazer com a criatura?
Zé pausou por um momento, pensando cuidadosamente em sua resposta.
   - Hmmm...oh, espere! Assim como os cães são sensíveis aos ruídos agudos, os Vacaeris também são! Conhece os ruídos super irritantes disponíveis no YouTube? Pois use-os! Confie em mim!
Com as palavras, Leonardo sentiu um pouco de confiança em executar o plano. Ele agradeceu a Zé pelas idéias e desligou.
     Margarida o encarava com as sobrancelhas franzidas.
    - Eu ouvi bem...? Você encontrou o príncipe Fewlen? Que história é essa, Leonardo...? 
     O rapaz coçou a cabeça. Droga! Margarida não estava dentro daquela loucura toda! 
     - É uma longa história...
     Ela riu.
     - Fewlen está morto e soterrado há dois mil anos! Esse cara que nos roubou, é apenas um charlatão! E o tal Vacaeri é só uma pessoa fantasiada.
     - Você ainda não acredita? Ok, tudo bem. Mas agora precisamos executar o plano.
                                   000
   Com cuidado, Leonardo colocou o celular em um local estratégico próximo à cabana, garantindo que o som do ruído fosse audível o suficiente para atormentar o Vacaeri, mas também garantindo que o aparelho ficasse protegido o bastante para que o monstro não o destruísse facilmente.
O celular começou a tocar um estridente e repetitivo som cacofônico, ecoando pela solidão da mata. Cada nota reverberava pelo ar, perturbando o silêncio e preenchendo o local com um incômodo constante.
O Vacaeri, ao ouvir o primeiro som, ergueu suas orelhas como se tentasse decifrar o que estava acontecendo. Com a evolução do ruído, o monstro demonstrou irritação crescente. Seus olhos esbugalharam e sua respiração se tornou mais ofegante, enquanto ele tentava identificar a origem daquele tormento ensurdecedor.
   - O que é isso?- Fewlen, que estava dentro do casebre com a criatura, indagou.
   O guardião empurrava os objetos próximos, derrubando vasos antigos e arranhando as paredes da cabana. O rapaz tentou acalmá-lo, mas sabia que poderia ser atingido a qualquer momento pela ira do homem-lobo. Então saiu do casebre para ver o que estava acontecendo. Porém, ao se afastar um pouco mais da residência, foi surpreendido por Leonardo, que desferiu um golpe com um pedaço de pau diretamente em sua cabeça. Fewlen perdeu a consciência instantaneamente.
      - Desculpe amigo, mas foi necessário. - Leo abaixou-se e arrancou o colar do pescoço dele. De dentro do carro, Marg assistia à tudo. Viu o irmão caminhando com passadas largas até o veículo, mas também viu quando ele deu meia-volta e começou a puxar Fewlen pelas pernas.
     - O que está fazendo?- berrou, - deixe-o aí!
    - Maninha, esse cara é um príncipe milenar que por algum motivo voltou à vida. Seremos bem recompensados pela comunidade arqueológica! Pense bem!
     - Não! Ele é apenas alguém com transtornos mentais! Precisa de ajuda, e não ser dissecado e estudado!
   O rapaz estava com pressa. Ele sabia que o tempo estava correndo contra eles e precisava agir rápido. Com cuidado, ele abriu a porta traseira do carro e puxou Fewlen. Empurrou-o para dentro, mas seu corpo esguio e pesado parecia não querer se acomodar nos bancos traseiros. 
  - Como um cara magro pode ser tão pesado?!- resmungou, tentando encaixá-lo nos bancos. Pois o suposto príncipe era muito alto, quase não cabendo dentro do veículo. Marg observava à tudo com um olhar de reprovação.
Leo correu para o banco do motorista e deu partida no veículo, acelerando rapidamente em direção à estrada. Fewlen se contorcia e gemia de dor, os olhos semicerrados devido à confusão que sentia. Marg olhou pelo espelho retrovisor e o viu despertando lutando para se manter consciente.
    - Que maravilha! Sequestramos uma pessoa! - riu de desespero.
    - Quando chegarmos ao museu, tudo será esclarecido...

หนังสือแสดงความคิดเห็น (2580)

  • avatar
    SoaresCalos Eduardo

    muito bom

    15h

      0
  • avatar
    Davimiguel Duarte Souza

    muito bom gostei muito

    19h

      0
  • avatar
    Werick Rodrigues

    ❤️👍

    22h

      0
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