logo text
Add to Library
logo
logo-text

Download this book within the app

Capítulo 4

Hadiya
        Escuto meu celular tocar e é minha amiga doidinha, Lara.
— O que devo a honra dessa ligação?
— Amiga hoje tem uma inauguração de uma boate e quero que você vá comigo.
— Ótimo preciso mesmo sair me distrair um pouco.
— Como é seu novo patrão?
— É o homem mais lindo que já vi na vida.
— Uau, você falando assim de um homem, o achando lindo. — falou minha amiga com deboche.
— Ah por favor, eu acho outros bonitos também.
— Mas não falar com toda essa empolgação toda.
— Para de pensar bobagem, ele é um homem casado ok.
— Sério? Ah! Droga minha amiga.
— É uma droga mesmo e ele tem até uma filha.
— Ah, amiga mais tem nada não, vamos para essa boate e vai aparecer um super gato para você transar à vontade.
— Para de falar tanta bobagem Lara.
— Está bom. As dez horas passo aí para te pegar. Está certo?
— Ok.
Descansei um pouco, não estava a fim de comer, não sei o que está havendo com meu coração. Aquele homem, parece que eu o conheço, mas nunca o vi em toda a minha vida, com aqueles olhos cor de mel.
Homem bonito da porra!!
Chega a hora, tomo um super banho, escovo meus cabelos e finalizo com a prancha, gosto do meu cabelo liso e apesar de ele ser afro, os cachos dão muito trabalho. Visto uma calça preta, uma blusa e uma jaqueta, pois aqui em São Paulo está muito frio.
Termino calçando uma bota, me maquio e pronto, estava prontíssima para curtir a noite, tenho vinte e sete anos, ainda sou muito jovem e tenho que aproveitar já que não fiz isso quando era mais jovem, faço isso agora.
Lara começou a buzinar feito louca até sair correndo, essa garota é louca.
— Aí gata, pronta para curtir?
— Com certeza.
Chegando na boate, estacionamos e ficamos na fila.
— Amiga a fila está enorme. Caraca, como isso vai lotar.
— Sim, já estou vendo muito gatos.
Entramos e quando olhei envolta quase tive um treco, era lindo por dentro com muitas luzes coloridas.
Ah!
Meu Deus aqui dentro está bombando, nunca estive em uma boate na minha vida e a verdade é que nem gosto de sair, só finjo gostar, pois minha amiga fica azucrinando meu juízo.
Fomos para o bar, pedimos uns drinques e bebemos. Depois de alguns que já nem estava contando, já me sentia meio alegrinha. Sabe quando se tem a sensação que está sendo observada, estou me sentindo assim desde que entrei aqui...
Droga, mas não estou vendo ninguém me olhando. Minha amiga estava na pista dançando, quando aparece um moreno e fala:
— Oi gata, quer dançar?
— Eu estou com cara de quem quer dançar, babaca? Se estou aqui no bar é porque não quero dançar.
Homens que não aguentam ver uma mulher sozinha e já quer dar em cima, comigo não tem essa.
— Mas poxa, uma mulher linda como você e quer ficar sozinha? — fuzilei o cara com meu olhar e ele se vai. — Vai se catar, que saco quero ficar sozinha.
De repente surge uma voz falando nos alto-falantes.
— Agora, queremos apresentar o dono da boate. O homem que fez tudo isso para vocês. — olho em direção ao palco e acabo sendo surpreendida.
Cacete, não pode ser, ele também é dono disso aqui. Quanta grana esse homem tem?
Pelo amor de Deus!
Ele me olhou e foi aí que percebi de onde vinha a sensação de ser observada, grudei nos olhos nele e em outros atributos do seu corpo magnífico.
Ele me olhava parecendo querer me devorar.
Que olhar é esse!
Oh! Meu pai, ele está lindo demais, penso que estou tendo um mini infarto.
Minha amiga chega perto de mim, mas nossos olhos estavam grudados um ao outro e nem dei atenção a ela.
Merda, parece que ele está me despindo com seu olhar de molhar calcinha.
— Amiga, está me ouvindo?
— O que?
— Estou aqui há século falando com você e não me ouve.
— Ah! Desculpe.
— Sei, estava de olho no gato. Que homem é esse? Gente nunca vi homem tão lindo! Quem é ele?
— Meu patrão.
— A merda, Hadiya você está fodida. — falou Lara.
— Ah, novidade. — digo e ela logo se afasta, voltando para a pista de dança outra vez e me deixando sozinha.
Ele para de falar e vem até mim, meu coração parece que vai sair do peito a qualquer momento, mas lembro que ele é casado com uma mulher linda e ele não está me olhando como se fosse me devorar, isso é imaginação da sua mente pervertida.
— Oi! Você está linda. — ele fala.
— Obrigada, Senhor.
— Não precisa me chamar de senhor.
— Está bom. — pego minha bebida e a viro de uma vez só, pois, esse homem está me deixando louca.
Que merda!
O que está acontecendo, comigo?
Droga, desde o primeiro instante que o vi, meu coração bateu estranho, isso deve ser um pesadelo.
— Você tem que parar de beber tanto assim.
Eu já estava quase bêbada, não sou acostumada a beber, então se eu ingerir muito álcool, não vou me lembrar de nada amanhã, quando acordar.
Vai ser tudo um grande branco. Preciso ir ao banheiro e quase caio, se não fosse aquela mão que me deixou trêmula ao me tocar.
Inferno se controle, Hadiya. Falo com minha mente que não quer me obedecer diante desse homem, que merda.
— Olha, por favor, pode deixar que vou sozinha. — droga por que estou sendo grossa com ele?
Não faço ideia.Fui ao banheiro com muita dificuldade, pois, acabei ficando bêbada, sério isso só pode ser esse homem, que está me deixando maluca e quente por ele. Infernos o que faço agora?
Quando estou entrando me aparece o mesmo idiota que me chamou para dançar.
— Está indo aonde, coisa mais linda?
Era só o que me faltava.
— Olha aqui seu idiota, preciso ir ao banheiro, antes que eu urine nas calças. - ele me segura e olho para a cara do babaca.
— Me solte ou você irá se arrepender. — o infeliz ri e dou um soco na cara dele. - Me solte o eu te quebro inteiro me ouviu.
— Você é louca mulher, batendo em um homem do meu tamanho. Posso te pegar e te dar uma porrada, amo dar uma porrada em uma mulata, principalmente ser for uma porrada de pica.
— Experimenta babaca. — sou doida mesmo, o homem é enorme, mas ninguém mais irá me ofender nesta vida. — Vou ao banheiro e você ridículo, some da minha frente. - ele sai e fala que sou louca. — Vai para o raio que o parta, babaca. Para isso que fiz autodefesa idiota, para me defender de homens chatos e adivinha quem estava atrás de mim o outro babaca que resolveu me perseguir.
— O que você está fazendo aqui mesmo? Que inferno me deixa em paz. — eu tinha um defeito que se eu bebesse ignorava tudo e falava o que quisesse, coisa que não faço quando estou sóbria.
— Só queria ver se estava bem.
— Estou ótima obrigada. — Digo e entro na droga do banheiro, tranco a porta.
Merda, esse homem casado fica a infernizar meu juízo. Fiz o que precisava, lavei as minhas mãos antes de sair e adivinha quem estava na porta me esperando, ele mesmo, o próprio pecado querendo me atormentar o juízo.
— Que saco, você é meu patrão e mais nada.
— Você está bêbada. Acho melhor você ir para casa. — diz ele.
— Acho bom você cuidar da sua vida, da sua esposa e me deixar em paz. Volto para o bar com ele em minha cola. — Por favor, mais uma bebida. — peço, mas ele teve a audácia de interromper meu pedido.
— Não mesmo. Você não vai beber mais de jeito nenhum.
— Ah! Me deixa. Você não manda em mim, sabia? Por favor me dá a minha bebida, moço. — eu estava mesmo muito bêbada, procurei por Lara, mas ela havia sumido.
Como vou para casa agora?
Vou ter que ir sozinha mesmo, a louca deve estar se agarrando com alguém por aí e estou vendo tudo rodar. Preciso mesmo ir para minha casa urgente.
— Vou te levar. Onde é a sua casa?
— Eu não tenho casa sabia, a casa era da minha mãe Maithê, se aparecer alguém me tira de lá aos chutes. Aí fico na rua, mas nem ligo, sou amaldiçoada. Todos que amo se vai, nunca tenho nada, até o meu amigo me abandonou. O Kevin, ele era o único, além de minha mãe Maithê que ligava para mim, mais os pais dele o tiraram de mim há muitos anos.
Ele só me deixou uma carta que eu nunca abri, nem quando aprendi a ler. Eu não queria que a única coisa que eu tinha dele estragasse. Agora, vê como sou louca, ele só tinha catorze anos e teve que estudar fora, esperei tanto, mas ele nunca ia me achar. - desabafo. - Desculpe, estou querendo vomitar e preciso sair daqui. - vou passando pela multidão bem rápido só para ver se esse homem que me faz sentir estranha sumisse das minhas vistas.
Porra, o que está havendo comigo? Desde cedo quando o vi pela primeira vez, senti algo dentro do meu coração, eu só não sei dizer o que é.
Vou pegar um táxi, espera, será que paguei as bebidas? Também se eu não tiver pago o babaca gostoso, que é casado com uma linda mulher paga, afinal isso aqui é tudo dele mesmo.
Que merda!
Estou pensando em um homem milionário, que é casado e que jamais olharia para uma pobretona, que nem casa tem.
Estou mesmo louca, muito doida por causa da bebida, pensando nesse homem divino que me faz molhar a calcinha toda vez que me olha com seus olhos cor de mel.
Começo a rir sozinha, parecendo uma doida varrida mesmo, enlouqueci, o povo fica olhando para minha cara, enquanto estou rindo sozinha.
E o que eu faço? Ignoro, o problema é dele!!
Tem tanta gente nessa vida que já riu da minha cara, quando me falavam algo ruim, que já me acostumei. Sei que não devemos nos acostumar com coisas ruins, mas já passei por tantas na minha vida.
Estou quase caindo de tão bêbada, mas eu nem sei como pegar a droga do táxi, julgo que vou dormir aqui mesmo, nessa calçada, não consigo andar e se dou um passo parece que vou cair e olha que eu nem bebi tanto assim, de repente vejo o meu pecado aparecer.
— Para onde você pensa que vai? — pergunta. Se ele soubesse que estou pensando em dormir por aqui mesmo.

Book Comment (1876)

  • avatar
    NunesSamantha

    Amei a história! Muito boa!

    22/07

      0
  • avatar
    santos correanathaly

    Ótimo

    21/07

      0
  • avatar
    Kauan Pietro

    muito bom

    20/07

      0
  • View All

Related Chapters

Latest Chapters