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Capítulo 4

Londres — Atualmente.
A claridade atravessa as cortinas do quarto do meu namorado e me viro para observá-lo dormir. Ollie dorme tranquilamente e não tento acordá-lo. Sinto a felicidade correr pelo meu corpo ao perceber quão próximos estamos por dividir o travesseiro.
Fico deitada ali por algum tempo, apenas olhando para o seu rosto, pensando em como parece certo estar com ele ao meu lado, até que seu braço envolve minha cintura e Oliver aproxima mais nossos corpos.
— Bom dia, princesa — ele limpa a garganta, tentando se livrar da rouquidão presente em sua voz.
— Bom dia, amor — respondo com um sorriso no rosto.
— Dormiu bem?
— Muito, e você? — brinco com o seu cabelo.
— Não consigo me lembrar de ter dormido tão bem nos últimos meses — só deixo de sorrir quando Ollie pressiona seus lábios contra os meus e já posso começar o dia.
(...)
Destranco a porta de casa e, assim que entramos, vejo Cécile correr na direção do meu namorado.
— Ollie! — ela sorri largamente e espera até que ele se agache para abraçá-la.
— Tudo bem, CeCe? — ela assente.
— E você?
— Muito bem também — Oliver sorri para a garotinha.
— Você vai jantar aqui, Ollie? O papai disse que você pode comer com a gente — a curiosidade brilha nos olhos da minha irmã.
Oliver olha para mim com um sorriso e depois volta a encarar CeCe.
— Você quer que eu fique? Eu só fico se você quiser — ele pisca para ela.
— Quero. A mamãe está fazendo lasanha...
— Então eu vou jantar com vocês — Oliver se levanta e minha irmã sai saltitante pela casa.
Sigo para a cozinha com Ollie atrás de mim e vejo minha mãe mexendo o molho de tomate.
— Vamos ter visita? Não acredito que você está cozinhando! — rio e minha mãe revira os olhos.
— Vamos, então tente não me fazer passar vergonha — ela devolve a cutucada, mas não me abalo. — Olá, Oliver.
— Oi, Amethist — ele sorri e acena, porém mamãe não se dá ao trabalho de sorrir de volta.
Reviro os olhos para a verdade: não importa o que Oliver faça, minha mãe nunca será capaz de gostar dele por um motivo ridículo.
— Meu pai está aqui? — pergunto, sentando-me em um dos balcões.
— Não. Hoje ele foi para o escritório, mas, pelo horário, já deve estar voltando — mamãe verifica o relógio. — Não demore para se arrumar. Ok? O sócio do seu pai e a família dele estarão aqui hoje e você precisa passar uma boa impressão. Acho que você conhece o filho dele, Dylan Leto.
— Posso dizer que a Geneviève conhece melhor que eu... — dou de ombro e seguro a mão do meu namorado.
— Imaginei — ela pega uma forma no armário. — De qualquer forma, é importante. Não tente fazer nada que vá envergonhar seu pai, por favor, e desça daí! — mamãe dá leves tapas na minha coxa e sou obrigada a sair de cima do balcão.
— Eu só fiz isso uma vez e foi sem querer! — respondo, referindo-me ao dia em que minha mãe quis me matar por ter derrubado a taça de champanhe em cima de um dos sócios do meu pai. Desde então, minha mãe não confia que posso estar em um jantar importante sem passar vergonha nela. Reprimo a vontade de rir.
— Não importa. Seja mais atenta — ela avisa e volta a mexer o molho. — Vá se arrumar.
Bufo e sigo para o meu quarto, a fim de procurar uma roupa adequada.
Não demoro a me arrumar — pelo menos não tanto quanto Geneviève. Quando chego ao seu quarto para descobrir seu estado emocional ao saber que Dylan vem, eu e Ollie vemos que ela se preocupa em transformar cada mecha de cabelo em cachos perfeitos com o babyliss.
— Ele vai vir! — Gen pula de alegria enquanto ajeita o cabelo.
— Eu estou sabendo — rio, apoiando-me ao batente da porta de seu banheiro.
— Parece que alguém está apaixonada — Oliver zomba da felicidade da minha irmã.
— Não é só o fato de eu estar apaixonada — ela nos encara pelo espelho. — Tem noção do quanto ele é lindo, cheiroso, maravilhoso e interessante? Eu não seria a única a passar doze horas seguidas me arrumando só para vê-lo.
— Não sei se tenho mais dó dele ou dela — Ollie brinca, apontando para minha irmã.
— Engraçadinho — Gen sorri cinicamente. — Não se preocupe, querido cunhado. Não vai precisar ter dó de ninguém depois que eu e o Dylan sumirmos da vista de todos vocês.
— Eu não admito uma coisa dessas! — banco a irmã mais velha mandona. — Nem pensar!
— Desculpe, mas não precisei pedir a sua autorização na primeira vez. Quanto mais agora! — Gen ri ao ver minha cara de brava.
— Depois eu que sou a ovelha negra. Mamãe deveria saber das coisas que você faz, irmãzinha — provoco e ela sorri.
— Fique à vontade para contar, irmãzinha — Geneviève pisca.
Balanço a cabeça, mas rio em seguida. Deixo que ela termine de se arrumar e fico esperando os convidados na sala, conversando com Oliver e CeCe. Minha irmã mais nova parece uma bonequinha em seu vestido rodado com um laço enorme atrás e o cabelo preso num rabo de cavalo, deixando sua franja solta. Quando meu pai chega, ele me abraça e cumprimenta Ollie com um sorriso simpático, porém precisa correr para se arrumar e não pode conversar conosco por muito mais tempo.
Às sete em ponto, a família Leto chega e, quando vejo o filho do casal, recordo-me exatamente quem é Dylan Leto.

Comentário do Livro (3906)

  • avatar
    LoureiroFelipe

    muito boa

    3h

      0
  • avatar
    CastroBeatriz

    jte

    5h

      0
  • avatar
    FloresVictor

    ggg

    11h

      0
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