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Capítulo 3 Que Mundo é Esse?

— A última coisa que me lembro é estar num campo de batalha lutando contra uma terrível criatura, um... um dragão, eu acho... — e contei para ele tudo aquilo que vi antes de acordar. A batalha, o dragão, a armadura e a espada que carregava.
Para minha surpresa ele não estava nada surpreso. Seria este sonho verdade? Eu lutei contra um dragão...
Ficamos um momento em silêncio, agora restava saber o que o velho iria dizer. Alexia por outro lado, estava ainda mais surpresa e apreensiva quanto antes.
— Entendo — disse o velho, olhando pela janela o horizonte e depois voltou-se para mim.
— Entende?
— Sim — respondeu, afirmando com a cabeça e provavelmente falando mentalmente consigo mesmo.
— Sim, mas, o que? O que você entende? — porra velho, para de falar coisas sem sentido, já basta eu.
— Certo, sente-se. Você também, Alexia. Não era isso que esperava ouvir, mas, já é um aviso. Então vou explicar para vocês o que está acontecendo...
Finalmente! Respostas... Então eu me sentei e aguardei. Observei Alexia se afastar da parede com ajuda das mãos e caminhar lentamente até a cama e logo depois se sentou.
— Você, Wynan, realmente lutou com uma fera... E não uma fera normal — o velho começou a falar mais alto e firme para cada nova palavra que dizia — a maior das feras, a maior das criaturas deste mundo, Gold, o Dragão do Espaço, o Deus dos Dragões — e deu uma risada sinistra e voltou-me a encarar — E você o derrotou! mas, não estava sozinho, junto a ti estava outra criatura lendária! Red, o Dragão da Destruição e Antigo Deus dos Dragões.
— Então realmente eu lutei contra um dragão? — olhava para minhas mãos e para as faixas em meu corpo.
— E mais, Wynan, as espadas de sua visão são as Lendárias Espadas Gêmeas.
— E como você sabe disso?
— Eu estava lá, sem dúvidas, mas, não durante a batalha colossal.
— Como assim? Alguém passou essas informações para você? — perguntei confuso.
— Não foi bem isso, devo afirmar. Diria que a sua batalha aconteceu e não aconteceu.
Enquanto ele falava, podia ver Alexia sentir-se incomodada com aquilo, medo, admiração, vergonha.
Já eu, senti ainda mais confuso, isso era de longe respostas, isso só trazia mais e mais perguntas.
Deus dos Dragões? Como eu poderia derrotar Ktnulsk, estando preso entre os Planos do Tempo & Espaço? Até mesmo a Realidade não podia movê-lo do abismo... de fato, este é o Arkana que criei? Esta parte nunca tinha criado, afinal, eles serviriam apenas como um plano de fundo para a história.
Então olhei para ele que estava bem animado com a situação. Tentei me acalmar e perguntei:
— Como assim "aconteceu e não aconteceu"?
— Quando encontramos seu corpo, havia uma gigantesca marca a quilômetros de distância. Tudo que estava lá foi dizimado. E diante de você parecia haver um portal ou alguma fenda, ainda não tenho certeza sobre isso, mas, como uma janela para outra dimensão, estava você, lutando. Lutando com o dragão e vencendo.
— Ainda não entendo...
— Não tenho a resposta sobre isso, mas, está claro devido as provas. Vocês lutaram em demasia em algum lugar, mas, o golpe final foi tamanho que simplesmente você foi lançado novamente a este plano... algo assim — ele então caminhou de um lado para o outro, murmurando — É a primeira vez que vemos algo assim.
— Mas, está a dizer que me viu lutar contra o Deus dos Dragões através de uma janela?
— Sim. Wynan, foi como uma visão do passado. E no último golpe a criatura feroz claramente lhe parabenizou por tê-la vencido, inclusive dizendo seu nome. Lamentavelmente eu não consegui escutar e se soubesse... já seria uma grande ajuda. Você... Wynan, não se lembra o que ele disse?
— Não. Nem me lembro dessa parte.
— Entendo, mas já foi um grande avanço.
Então parei um momento e percebi que ele tinha dito que a marca arrasou distâncias absurdas. Se estamos em Sonnen, nas montanhas das árvores, deveríamos ter diversos pequenos vilarejos por aqui. Apesar de sua felicidade, levantei-me rapidamente.
— Arx! Me diga, essa marca... essa marca atingiu algum vilarejo?
— Hmm — então ele mudou o semblante, e ainda que com um sorriso no rosto, perguntou — Isso importa?
— Você quer dizer que...
— Sim, mas, isso não vem ao caso.
Claro que é importante. Você está maluco, velho? Você está dizendo que eu matei inúmeras pessoas e destruiu quase metade do mundo e diz que isso não vem ao caso? Alexia está ainda mais inquieta depois destas últimas palavras.
— Isso não é como uma resposta, só me traz mais perguntas sem resposta.
— É, mas, podemos ir encontrando as pistas e formar a resposta.
— O que você quer dizer?
— Antes disso, deixe-me explicar porque Alexia está aqui. Afinal ela é minha aprendiz e também será importante para o que devemos fazer em seguida.
— E-eu? — perguntou Alexia.
— Alexia é como você, Wynan, bem, não tão forte quanto sua existência, porém ela também é única. E não estou me referindo a sua beleza ou inteligência — Continuou o velho sem se importar em falar da Alexia em terceira pessoa mesmo ela estando ali.
— E-eu? — perguntou Alexia ainda mais envergonhada e sem saber o que fazer.
— Sim, Alexia. Você lembra o que falamos sobre os Desconhecidos? Então. Você consegue anular qualquer tipo de Magia, Poder ou Energia. Você também é uma Desconhecida.
— Errr? — para ela talvez foi como uma descoberta tão grande quanto minha total confusão.
— É? Como? — perguntei ao velho já que a própria Alexia não parecia saber do que ele estava falando.
— Simples, só por ela estar próximo de uma fonte de energia, essa energia é drenada involuntariamente. Ainda assim, se ela se focar, pode anular por conta própria essa energia. Neste exato momento ela está fazendo isso Wynan, anulando sua aura de poder absurdo e se ela não estivesse aqui, provavelmente todas estas terras estariam vendo seu próprio fim.
— Mestre Arx, do que você está falando? Eu achei...
Achou o que? Que eu a trouxe apenas para servir como empregada dele? Não minha querida aprendiz. Você também é especial — ele se aproximou dela e segurou um pouco da mecha de seus cabelos entre os dedos e se afastou — E, portanto, como aprendiz, essa será uma importante lição para você.
— Mas, se ela anula qualquer energia, aquele sino... o sino mágico, não seria destruído? — Alexia olhou para mim e como se concordasse, voltou-se também para o velho.
— Aí que temos a explicação disso — ele apontou para aquela tiara que ela estava usando — Estas gemas também são mágicas. Apesar de simples, elas servem como um código capaz de ordenar o que pode ou não anular.
Alexia colocou a mão levemente sob a joia e voltou a juntar as mãos olhando para o velho. Eu fiquei imaginando que, depois disso tudo, quais outros segredos ele não estava escondendo dela.
— Além disso, Wynan, o poder dela se concentra na maior energia próximo a ela. E, apesar de ser capaz de anular todo tipo de energia, ela só pode anular um tipo por vez. Bom, Alexia, eu sei que deveria ter explicado isso antes, e peço que me perdoe por isso, mas, foi necessário.
— Eu entendo Mestre Arx, mas, por que não poderia me contar antes?
— Desconhecidos são pessoas raras com habilidades únicas e temidas por todos, inclusive para o Governo de Arkana e até mesmo a Guilda dos Aventureiros, então, se você soubesse disso antes, eu estaria abrindo margem para que outros também soubessem.
— Mais uma pergunta Mestre Arx, se o senhor puder me responder.
— Claro, afinal estamos apresentando todas respostas aqui, não é mesmo.
— Essa tiara... ela realmente foi da minha mãe?
— Sim. Apesar de eu ter a conhecido naquele porto daquela maneira, Alexia, de fato, este colar é de sua mãe. Obviamente que o encantamento faz parte do meu toque pessoal, mas, fiquei feliz por ela ter deixado isso para você.
— Obrigada.
— Então… Wynan, para começarmos, eu gostaria que você não se separasse da Alexia, e... bem, enquanto não estiver totalmente recuperado, mantenha as faixas no corpo. Um corpo ferido é mais do que suficiente para causar qualquer tipo de... destruição. Afinal seu poder é incontrolável, já basta a marca que foi apresentada ao mundo.
Destruição? Incontrolável? Mas, o que?
Meus olhos ficaram tão intensos quanto alguém paralisado pelo medo.
Os sussurros e vozes de inúmeras pessoas foram passando pela minha cabeça, me culpavam pelo que tinha feito, pela vida que lhe encurtava sem nenhum objetivo ou recompensa.
Era isso? Eu matei todos aqueles do meu sonho, e não o dragão. Ele estava tentando me deter? Derrotar o vilão que está causando a destruição do mundo, de todos os mundos...
Senti o chão tremer, as paredes balançaram, algumas lascas caíram em minha cabeça do teto, junto com a poeira do local.
Podia ver o quarto encher de sombras e vultos, silhuetas das pessoas que eu matara? Não importava, estavam apontando para mim e me culpando.
— Eu... fiz isso? — repetia uma e outra vez. Minhas palavras eram secas.
— Alexia! Agarre-o — quando o velho gritou, a garota pulou em cima de mim, me jogando na cama e me abraçando.
Senti seu corpo, mas, também senti as sombras que tentavam me segurar.
Ela estava chorando, com lágrimas nos olhos, gritando para eu me acalmar. Abraçava-me tão forte que, por um momento, pude lembrar onde estava. E não naquele campo de batalha ou num grande salão de julgamento infernal.
— Nossa! Que poder magnífico. O poder para destruir os Deuses está em seu sangue — ele deu alguns aplausos com a cena.
Eu a abracei o mais firme que pude, estava chorando, não podia crer nisso. Por favor, que isso seja um pesadelo, qualquer um, deixe-me voltar para casa, isso é muito complicado e... Não pode ser real.
— Você está calmo agora? — a voz dela estava abafada.
Seu rosto estava sobre meu peito cheio de faixas, embaixo do meu queixo. Seus cabelos tinham um cheiro tão bom. Larguei seu corpo daquele abraço repentino, mas ela não se afastou. Apenas se levantou um pouco, ainda em cima de mim, olhando meus olhos.
Fiz um sinal afirmativo com a cabeça. Algumas lágrimas dela caíram sobre meu rosto e ela se levantou. O velho era o pior de todos, estava com um sorriso no rosto. Aquilo era engraçado para ele?
— Ótimo trabalho, Alexia.
— Ótimo trabalho? Quase acabei de matar todos aqui — falei com fúria, seja porque não consegui me controlar, seja porque o velho parecia um completo psicopata.
— Sim, porém, Alexia impediu. Por isso, ótimo trabalho. Foi ótimo tê-la comprado naquele porto.
— Que? — enxuguei meus olhos e fiquei pasmo com aquele comentário.
— Ele não é só meu professor, Wynan, ele também é meu... dono. Sou sua escrava — ela sentiu-se pesar nas palavras, mas, mesmo assim, voltou a sorrir quando me observava.
— Mas...
— Não se preocupe, meu rapaz. Ela ainda é virgem, se está pensando nisso — Claro que...... sim, seu velho! mas, não era a primeira coisa que estava pensando!
— Não pense nestas besteiras de mim Arx! Eu...
— Acalme-se meu jovem. Wynan, fiz isso apenas como brincadeira para quebrar todo esse clima. O que já foi, já foi, o que há de vir que devemos nos preocupar. Antes de qualquer coisa, você deve aprender a controlar esse poder e Alexia estará aqui para te ajudar.
— E como ela pode fazer isso? — voltei a olhar para ela rapidamente e depois novamente para o velho.
— É um mistério igual à sua própria existência, mas ela não pode absorver poder infinito. Ela tem um limite. Então eu não posso afirmar que ela é a solução para o seu poder, então este caso está também contigo.
Olhei para ela depois de me arrumar e sentar na cama. Ela estava sentada, também, mas, com as pernas encolhidas sobre o corpo, pressionando os braços para que se mantivesse assim.
— E o que acontece se ela superar este limite?
— Como qualquer outra habilidade sobrenatural, ela morre. Afinal, seu corpo é humano e até mesmo para um Desconhecido, o limite é a morte.
Ele fala estas coisas com um sorriso no rosto, tão pouco importa a vida dela, não é mesmo?
— O que volta à primeira situação do problema: você deverá controlar seu poder.
— E o que você sugere? Sabe algo sobre isso? — eu me levantei e fui até a janela apenas para ver o fim da tarde e o pôr-do-sol pelas montanhas e florestas.
— Como você deve saber, este é o antigo edifício da Academia Disciplinar do Exército de Arkana, Wynan, e sou um dos professores dela. Tenho muitas informações, mas, não poderei fazer isso sozinho.
— Então você não sabe como controlar este poder?
— Provavelmente — respondeu o velho.
— Isso não é perigoso? Porque não me deixou desacordado... morto... preso... seja lá o que for, mas, fora daqui.
— É perigoso sim e não sei como controlar. mas, conheço alguém que saiba, e entrei em contato com ela. Porém esta pessoa estava muito longe e temo que, devido à situação de Arkana, ela possa demorar um pouco para chegar. Wynan, pode me culpar, mas, é melhor termos você aqui, do que você lá fora.
— Como você pode achar isso?
— Muitas pessoas estão cientes do que você é e do que você fez.
— Quê?
— Você esteve morto durante duas semanas...
— 14 dias? — perguntei aflito quase que o cortando.
— Não. 20 dias — tinha me esquecido desse detalhe, o calendário de Arkana é diferente do nosso. Todos os 12 meses possuem 30 dias, três semanas com 10 dias cada — Não está surpreso por saber disso?
Ele olhou para Alexia e depois de um curto momento, virou-se para mim.
— Entendi, Alexia já te disse isso.
— Não a culpe, eu perguntei e mesmo assim ela não me revelou muito. mas, é verdade que eu estive morto? Neste caso, você me reviveu?
— Não. Apesar disso, essa era a minha ideia inicial. Com seu corpo sem vida, os guardas do vilarejo próximo não sabiam o que fazer. Além disso, você estava totalmente nu, então para eles, você era alguém morto pela explosão.
— Eles não viram as imagens que você disse?
— Não. Quando o encontraram, surpresos, procuraram pelos conselheiros locais para saber o que fazer, então estes conselheiros entraram em contato comigo. Como eu disse, sou um conhecido de Arkana. Claro que a situação da marca e seu corpo "intacto" me fizeram agir pessoalmente. Então eu pedi para que os guardas o trouxessem até aqui. Seu corpo veio de DrainedHealm.
DrainedHealm seria o “vazio” depois de uma grande explosão mágica. Diferentes tipos de magias tinham diferentes tipos de efeitos, portanto, dependendo da magia, essa explosão não seria igual a um explosivo da terra mesmo que ainda pudesse consumir matéria orgânica ou inorgânica. Sua tradução literal seria: "qualquer" Lugar Consumido por Magia.
Olhei para Alexia e lembrei-me daquelas situações, do cuidado e tal e antes que pudesse perguntar, ele continuou:
— Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, você veio à vida, Wynan, sozinho. Para que não fosse envolvido diretamente a Corte ou o conselho, eu mantive segredo sobre isso. Então, basicamente só nós três e meu conhecido sabem sobre sua vida.
— E quando foi isso?
— Dos 20 dias sem vida, Wynan, na verdade 18 deles você esteve em coma. Devido ao meu conhecimento, eu pude criar medicamentos e poções que o ajudassem, mas, foi seu próprio corpo que o curou. Ah, é claro, Alexia também ajudou mantendo seu corpo no melhor estado.
— Err?
— Ele não precisava saber disso! — gritou Alexia, envergonhada. Espere aí, Alexia cuidou do meu corpo... quero dizer... caralho, não é isso que estou pensando ou é?
— Sim. Eu sei, de qualquer forma, este prédio é um velho edifício da Academia. Ele está abandonado e não há ninguém aqui se não você e a Alexia. Então, peço que você aguarde aqui até que esta pessoa possa entrar em contato — por um momento eu aceitei sua explicação, mas, ela permanece muito vaga e muitas coisas estão apenas lançadas ao acaso sem fazer muito sentido.
Respirei e perguntei:
— E se eu negar?
— Bem, é claro que não posso impedi-lo. Mesmo neste estado, eu nada posso fazer e — ele olhou para Alexia — Mesmo ela também possuindo uma habilidade formidável, não seria páreo para você. Portanto, se você realmente não quer ser o vilão que muitos acham, espere. Eu precisarei viajar amanhã então vocês vão ter que aguardar sozinhos. E mais uma coisa.
— O que?
— Ainda gostaria de ouvir suas histórias deste seu reino que você falou e parece que você sabe mais do que quer me contar sobre Arkana, de fato, só aumentou minha curiosidade sobre você.
O velho então saiu, repentinamente. Não pude segui-lo, pois Alexia ainda estava ali, na minha cama. Eu me aproximei, colocando as mãos sobre sua cabeça.
— Muito obrigado Alexia, você sempre me ajudando, e eu sempre causando problemas.
— Tudo bem — ela ainda estava vermelha como pimentão pelo que o velho tinha dito.
Que merda eu acabei de falar? Quero dizer, não passou nem dois dias e estou me referindo a ela como grandes amigos de tempos longínquos.
A porta se fechou sozinha com o tempo.
Eu fiquei sem graça tanto quanto ela e pensar no assunto me fez dar um salto da cama, rapidamente, e olhando pela janela e para porta, eu perguntei:
— Alexia, você me mostra o que tem neste prédio? — um tanto eufórico para disfarçar meu nervosismo, mas, espero que dê certo.
— Sim, tudo bem. Precisamos de um ar fresco também — a mesma coisa dela, afinal se levantou e foi até a porta rapidamente.
— Preciso de comida também.
— Hm?
— Ah, desculpe. É que ainda estou de fome e do nada senti ainda mais.
— Então o primeiro lugar que posso lhe mostrar é a cozinha. O que acha?
— Ótimo, toda aventura começa em uma taverna, não? — por que estamos demorando, vamos, rápido, tanto eu quanto ela estamos suando frio já.
— Como assim?
— Ah, esquece. De qualquer forma, vamos.
— É, vamos...
Eu sorri para ela, que me retribuiu e logo ela me guiou para a porta. Quem será esta pessoa que sabe como controlar esses poderes? Não me lembro de ter criado algo parecido com isso no Mundo de Arkana.
E.... será que poderei voltar para casa...
Voltar algum dia para o meu mundo?

Comentário do Livro (2606)

  • avatar
    HENRICKPEDRO

    muito bom

    10h

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  • avatar
    E misturado kkJunto

    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk kkkkkkkk

    17h

      0
  • avatar
    Kauane Ribeiro

    Perfeitoooooo

    1d

      0
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