Ele começa a perder o controle enquanto se deleita com os beijos dela, seu sangue começa a ferver e neste momento ele resolve parar o beijo.
— Desculpe Diana, não posso negar que você é bonita e atraente, e que agora eu desejo seus beijos.
— Desculpe eu...
— Não se culpe, eu me sinto diferente perante você.
— Diferente?
Ele a olha para ela de forma carinhosa e a beija novamente de forma calma, ela estava envolvida no beijo deles de forma ritmada, quando ele percebeu que os beijos estavam evoluindo para algo mais novamente, ele para o beijo e se separa dela.
— Eu tenho que ir, tenho trabalho a fazer e arrumar algumas coisas para a noite, então é melhor que não saia do quarto, fique aqui e descanse um pouco, pedirei para Antonieta lhe trazer algo para comer e uma taça, então coma e tome o conteúdo da taça, é necessário.
— Sim, entendi.
Ele se retira do quarto, Diana estava vestida para sair do quarto e conhecer o lugar aonde estava a viver agora, mas como ele pediu que não saísse do quarto resolveu trocar de roupa sozinha mesmo, foi até o guarda roupa e procurou algo confortável para poder dormir, ainda se sentia cansada, mas ficou a pensar porque se rendeu tão facilmente aos beijos dele, porque sentia seu corpo quente a cada toque dele. Na sua primeira procura encontra uma camisola preta rendada muito bonita, então
ela a põe, ainda era cedo, parecia ser umas nove da manhã, ela foi até a janela e fechou as cortinas, ela não imaginava que lá embaixo no jardim Jon a veria vestida daquela
forma, e resolve-se deixa-la um pouco sozinha no jardim e ir até Keyle. Depois de sair do quarto de Diana ele vai até o escritório pegar alguns documentos de suas fazendas e se dirige para seu quarto, Keyle estava deitado na cama e dando ordens para as empregadas arrumarem o seu quarto de casal, como o cômodo é muito grande e ele acabava se sentindo solitário nele, mas como estava convencido que após o ritual concluído seu pai o obrigaria a assumir tudo sozinho, resolveu já estar preparado para o que poderia vir, Jon chega no dormitório muito ansioso e se senta na poltrona e fica a olhar o irmão.
— O que quer Jon? Não vê que eu estou ocupado?
— Siam, deixe-nos a sós assuntos de família. – As empregadas saem para fazer o que Keyle já havia ordenado.
— Está bem, para ter que me falar sem presença das empregadas deve ser algo muito importante.
— Dê ela para mim Keyle?! – Fala com entusiasmo.
— O que?
— Estou falando sério Keyle.
— Você já é casado Jon.
— Isso não é um problema?
— Não é um problema? Esqueceu do tipo de esposa que você tem?
— Esqueceu-se que podemos ter até três esposas?
— Não, eu não esqueci.
— Então de ela para mim, sei que não quer se casar.
— Mas o que fez você se interessar na minha prometida? – Fala curioso com um tom de irritabilidade.
— Realmente, você não prestou atenção naquele corpo não é mesmo?
— Como assim?
— Linda daquela forma, é muito para você meu irmão.
— Você está vigiando Diana? – Fala sentando na cama pois sabia que ele tinha o péssimo habito de vigiar as empregadas tomarem banho e se vestirem.
— Eu estava com minha esposa no jardim, estava deitado no colo dela quando eu avistei sua prometida só de camisola preta fechando das janelas e as cortinas do quarto, foi neste momento que eu vi quão bonita ela é.
— Sim... – Fala nada contente com a história de Jon.
— Ainda mais que você nem que vai admirar e nem usufruir da beleza dela Keyle.
— Como? – Seu humor estava ficando alterado.
— Quanto tempo você não tem uma mulher em suas mãos, quer dizer anos.
Ele não gostou nada do comentário de seu irmão, sabia que Jon era uma boa pessoa, mas também sabia que ele tinha o pecado da luxúria como seu lado mais perverso, Jon era daqueles vampiros que só tomava o sangue das mulheres mais belas, só transformava em vampiras as mulheres mais bonitas, e se apaixonava muito rápido por um belo par de peitos avantajados e coxas fartas, e isso o preocupou ainda mais, por conhecer muito bem sua cunhada, ela não era uma boa pessoa, sempre se fazia de inocente e matava homens por puro prazer para se banhar em seu sangue, não era o tipo de pessoa que ele queria perto de sua futura esposa. Mesmo não tendo amor entre eles haveria de ter respeito e segurança, ele sabia que Dom Vicent iria dizer qual delas seria a dama da casa no futuro e se ele escolhesse Diana, ele sabia que as coisas ficariam mais complicadas.
— Jon, meu irmão..., só quero que escute com atenção o que direi a você.
— Diga.
— Diana é minha noiva, e sua cunhada.
— Sim, então quer me pedir algo?
— Fique longe dela, pois não sei se poderei responder por mim mesmo se me irritar.
— Vejo que alguém conseguiu entrar em seu coração.
— Não fale besteiras.
— Realmente aquela camponesa te fisgou como um peixe.
— Não entende..., você não sabe de nada.
— Me diga, até onde foi com ela?
— O que?
— Já foi para a cama com ela?
— Não é algo que eu irei dizer para você.
— Devo perguntar diretamente a minha nova cunhada então?
— Não se atreva a perguntar a ela.
— Porque não?
— Pare de ser indelicado com assuntos alheios Jon.
— Indelicado..., sim um pouco.
— Ela é educada de mais, até para uma camponesa..., não irá lhe falar algo tão íntimo.
— Está bem.
— Se for atrevido de alguma forma com minha noiva eu saberei, então não se atreva.
— Ótimo, obrigado pelo aviso, vou indo agora.
— Eu tenho que sair também, tenho muito a fazer.
Keyle espera o irmão sair e Antonieta entra com uma taça para ele, ela percebe que ele está irritado e inquieto por algum motivo.
— Pegue senhor, deve se alimentar.
— Obrigado.
— Senhor, porque está assim inquieto?
— Antonieta quanto tempo você é uma vampira?
— A muitos séculos senhor, mas porque a pergunta?
— Você me criou, viu coisas em minha vida que minha mãe não presenciou, agora teria uma pergunta que só ela poderia me responder.
— A faça para mim senhor, quem sabe eu tenha a sua resposta?
— Desculpe ela é muito intima Antonieta.
— Me pergunte.
— Você era virgem quando foi transformada por meu avô?
— Sim, eu era, mas imagino que não seja esta a pergunta que deseja fazer.
— Realmente não é esta.
— Então pergunte.
— Você sentiu dor?
— Há quer saber do ritual com uma mulher virgem senhor?
— Sim, Diana ela tem esta condição e acho que você..., já deve ter entendido.
— Entendo, Keyle quando o gene está em nós é uma mudança absurda de gostos em nossa boca, os aromas que sentimos, mas dor?
— Isso? Sentiu?
— Não, eu não senti nenhuma dor, a última dor que eu senti de verdade foi quando seu avô me cravou os dentes e me transformou, eu não entendi isso, quando diziam que a dor poderia ser insuportável antes de sentir prazer, claro que hoje eu entendo que isso só serve para os humanos, eu tive muito medo na primeira vez, mas não senti dor alguma, imagino que seja o gene da transformação, deve fazer a dor sumir.
— Isso é bom, eu fico mais tranquilo agora.
— Só a deixe relaxada senhor, afinal ela vai se lembrar deste dia para o resto de seus milênios.
— Obrigado Antonieta, realmente estava preocupado com o que viria.
— Estou indo senhor.
Ela se retira e ele sai de seus aposentos e vai até os de Diana, queria vela para checar as informações de Jon referente as vestimentas dela, pois aquilo também estava lhe deixando ansioso. Chegando na frente da porta de Diana ele fica um tempo ali parado com receio de bater na porta, mesmo que antes ele tivesse entrado sem cerimonias desta vez era diferente, Antonieta volta a subir as escadarias e vê seu senhor parado na porta de sua senhora, ela se aproximou de Keyle e lhe deu um belo sorriso e bateu na porta.
— Minha senhora, meu senhor, que lhe trocar palavras.
— Obrigado Antonieta. – Fala mais não gostou do atrevimento dela, Diana estava só de camisola então procurou um roupão para se cobrir, ela abriu a porta com os olhos cansados e ele entrou sem demora.
— Está tudo bem?
— Sim está.
— Não parece..., está nervoso, aconteceu algo?
— Sim, mas nada que deva se preocupar. – Ele não tirava os olhos do roupão de Diana. — O que está vestindo de baixo do roupão?