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Capítulo 3

— Freya?
Abro meus olhos com dificuldade, estico meus braços tentando espantar a preguiça e o sono juntos.
— Você está atrasada para a aula.
Me viro devagar para observar a hora, quando vejo a hora dou um pulo da cama.
— Meu Deus. Eu tô atrasada! — Começo a correr pelo quarto pegando roupas, arrumando minha mochila e vou direto para o banho.
Em menos de 5 minutos saio do banheiro de banho tomado e arrumada, bati meu recorde, não sei como. Passo correndo pela cozinha e minha mãe começa a rir de mim.
— Não vai tomar um pouco de café?
— Não dá tempo, mãe, tô atrasada. — Falo com um pouco de dificuldade.
— Toma, leva esse pão pra comer no caminho. — Ela estende a mão e me dá o pão, eu o pego e mando um beijo no ar.
Corro desesperada até a porta, me assusto ao ver quem está em frente à ela e dou um grito.
— Zack?
— Ah... eu já ia bater. Não sabia se você ainda estaria em casa, estudo na mesma escola que você, vim ver se precisa de uma carona, mas observando o quanto está ofegante e sua pressa, cheguei na hora certa.
— Eu... eu tô atrasada, preciso me apressar.
— Tá tudo bem aí, Freya? Escutei você gritar. — Minha mãe observa quem está a minha frente e solta um suspiro. — Ah! Oi, Zack. Veio salvar minha filha de novo?
Eu reviro os olhos e ando rápido até o carro dele.
— Se quer me dar uma carona, vamos logo. Não tenho tempo pra conversar agora.
— Tenha um bom dia, dona Laura. — Ele se apressa indo atrás de mim e destrancando o carro, dispara assim que ambos entramos.
Não conversamos o caminho inteiro, enquanto ele dirigia eu degustava o pão que minha mãe me deu antes de sair. É um pouco estranho estar novamente no carro com ele, não quero pensar no pior, mas... Ele está me perseguindo? Ou será que só esta afim de mim e tentando me agradar?
Estamos quase chegando na escola, então ele dá um suspiro, como alguém que esta tentando reunir coragem para falar.
— Freya?
— Hum?
— Não quero parecer estranho, nem quero te apressar demais, mas... — Ele me lança um olhar que me deixa sem fôlego. — Quer sair comigo?
Devo ter ficado muda por alguns minutos, pois ele acrescentou:
— Sei lá, ir ao cinema, a um parque, só pra descontrair um pouco. Pelo o que me disse no nosso último encontro, você acabou de chegar, acho que seria legal se aceitasse ir comigo a alguns lugares, pra você conhecer algumas das diversões aqui da região.
Dou um sorriso amigável. Até que não é má ideia, ele é a única pessoa que conheço da vizinhança e eu estava querendo mesmo dar uma volta por aí.
— Quando podemos ir?
Acho que acabei de deixá-lo feliz, pois os olhos dele brilham ao me olhar de volta.
— Amanhã depois da aula, fica bom para você?
— Fica ótimo.
Chegamos no estacionamento da escola e já pego minhas coisas, me apressando para sair.
— Muito obrigada pela carona, você me salvou de novo, eu acho que daqui a pouco vou ter que arrumar uma coisa gigantesca para retribuir.
Continuo me ajeitando para sair do carro e ele permanece em silêncio, quando ergo o olhar, percebo que ele está com os olhos vidrados em mim. Dou um sorriso para ele e ele me devolve outro.
— De nada, Freya.
Nossos olhos se encontram e sinto o que parece ser um frio na barriga, eu já não tinha mais tempo a perder, estava atrasada, mas por alguns minutos esqueci a hora.
Antes de descer, dei um beijo na bochecha dele e saí do carro, disparando até minha aula.

É o final da última aula antes do almoço, as meninas estão curiosas para saber o que achei da festa ou o que houve comigo, pois estou viajando desde quando cheguei a sala. Eu me viro para elas, pronta para dizer tudo.
— Conheci uma pessoa.
Elas me lançam olhares curiosos.
— E aí, amiga?? Quem é? Onde mora? Já deram o primeiro beijo? Já tiveram o primeiro encontro? — Vic sempre um passo a frente.
— O nome dele é Zack. Ele é meu vizinho. Ainda não demos o primeiro beijo. E sairemos juntos amanhã.
— Vizinho, hum... — Sabrina da um risinho animado.
— Ele estava na festa de sábado, me deu uma carona até em casa e hoje também me trouxe a escola, ele já me salvou duas vezes e digamos que ele é um gato. Talvez eu esteja curtindo esse romance misterioso.
Nós três gargalhamos e o sinal toca, nos liberando para almoçar.

Hoje decidi fazer algo diferente, almocei e deixei as meninas lá conversando, trouxe um livro e fui até a parte externa da escola, onde tinha menos tumulto e mais paz. Me sentei em um canto, pus meus fones de ouvido e comecei a ler. Passei a maior parte do meu intervalo de almoço, lendo. Foi uma ótima escolha, eu estava precisando mesmo relaxar. Depois de alguns minutos lendo, percebo duas pessoas paradas a minha frente. E logo reconheço a voz pontiaguda e irritante quando diz:
— Olha só quem está aqui, Rachel. Se não é a garota atrapalhada da última vez.
A tal da Rachel põe as mãos nos lábios dando gargalhada e responde:
— Ta parecendo uma mendiga jogada pelo chão da escola, está esperando ser chutada?
— Não, estou procurando paz e ficar longe de pessoas irritantes como vocês duas. Podem me dar licença? Vocês estão me atrapalhando.
Elas estavam prestes a mexer mais comigo, quando Zack se aproxima.
— Deixem ela em paz! — Ele fala num tom tão sério que até eu estremeço. As duas saem de fininho, me deixando a sós com ele.
— Zack me salvando mais uma vez, tô achando que daqui a pouco vou te chamar de herói.
Ele sorri e se senta do meu lado.
— O que está lendo? Ou pelo menos estava antes delas te incomodarem.
— Tô lendo um caso perdido.
— Além de ser linda tem boa escolha para livros, é?
— Você já leu? — Dou um sorriso envergonhado.
— Já sim, digamos que eu goste bem de ler.
Ele passa a mão pela minha bochecha, como se quisesse tirar algo dela, mas com delicadeza e sem desviar os olhos dos meus.
— Tinha uma coisa nela, eu...
— Obrigada, Zack.
Ele passa um tempo comigo, compartilhando o que achou do livro quando o leu, fico entretida por um tempo, mas não consigo deixar de observar seus cabelos, seus olhos, seus lábios, todos os detalhes que ele possui. Talvez ele tenha notado meus olhos dançando por ele, mas não ligou e continuou falando.
O sinal tocou para a última aula do dia e nós nos levantamos.
— Obrigada pela companhia.
— Imagina, Freya. Tá de pé amanhã? Depois da aula?
— É claro. Mal posso esperar para conhecer melhor a região.
— Podemos nos encontrar aqui depois da aula, o que acha?
— É uma boa ideia.
Ele desvia o olhar para meus lábios e põe meu cabelo para trás da orelha. Ergo meu olhar observando cada passo que ele dá, ao me tocar. Mal nos conhecemos, mas é como se algo me prendesse a ele, é como se ele me atraísse de alguma forma.
— Boa aula, linda.
Dou um sorriso e me apresso para a próxima aula.

Chego em casa contando para minha mãe tudo o que aconteceu, cada detalhe, até o convite do Zack para sair. Ela parece animada com tudo isso, ou pelo menos está feliz por ver a filha dela fazendo amizade.
— Então quer dizer que Zack anda te paquerando pelos cantos?
— Ah... ele só está sendo gentil.
Ela me olha com os olhos semicerrados e sorri.
— Você sabe que ele tá gostando de você, não sabe? Ou não te chamaria para sair.
— Imagina, mãe. Ele só está sendo hospitaleiro.
— Não engane a si mesma, minha filha. Uma hora o amor chega para todos.
Dou um beijo nela antes de subir para dormir, mas não durmo, fico jogada em minha cama lendo um pouco de livro. Passa-se algum tempo desde que estou lendo e meu celular apita.
Desconhecido: Oi, é o número da Freya?
Freya: É sim. Quem é você?
Desconhecido: Peguei seu número com suas amigas, sou eu, Zack.
Olho novamente para a mensagem do celular, tentando entender se estou lendo certo. Esse cara tá me perseguindo, não é possível e o pior é que aceitei sair com ele.
Freya: Oi, Zack.
Zack: Vi a luz do seu quarto acesa, pensei que ainda estivesse acordada, incomodo?
Freya: Claro que não, estava lendo um pouco antes de ir dormir.
Zack: Só queria saber onde você quer ir amanhã.
Freya: Acho que topo pegar um cinema, tem um tempo que não vou ao cinema, o que acha?
Zack: Acho perfeito.
Freya: Mal pode esperar para me ver, não é?
Zack: Na verdade, eu posso te ver a qualquer hora, eu que não quero mesmo.
Freya: Kkkkkk. Nos vemos amanhã, agora vou dormir.
Zack: Tenha uma boa noite e tenta não sonhar comigo.
Dou um sorriso bobo para a tela do celular e quando percebo isso, balanço minha cabeça para afastar essa paixonite que estou vivendo do nada. Você não era assim, Freya Anderson.
Desligo as luzes e me deito para dormir super ansiosa, afinal amanhã, eu tenho um encontro...

Komentar Buku (4773)

  • avatar
    ClaricyAnna

    muito bom, obrigado pelo livro maravilhoso

    5h

      0
  • avatar
    jennifer Fernanda

    Muito bom!

    1d

      0
  • avatar
    VictoriaMayra

    ...

    3d

      0
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