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Capítulo 3 - Arrepios

02 de fevereiro, Génova- Itália
 
Collegio Emiliani
Eu ainda fico impressionada com a mudança repentina do clima em Génova. A chuva caía bem forte e até sons de trovões se eram ouvidos da sala de aula, onde a professora de artes dava a sua aula.
Se alguém estava prestando atenção no que ela dizia? Não mesmo. Uns fingiam ouvir, outros conversavam, outros dormiam na sala e no meu caso, eu estava olhando para a mesa de Lorenzo, mas o mesmo não veio hoje. O sumiço de ontem me deixou intrigada como sempre.
— Alunos prestem atenção, eu vou passar um trabalho em dupla sobre arte contemporânea, eu quero que vocês me façam um resumo de como foi essa época e como é importante a arte contemporânea para a sociedade.
A professora pegou um caderno e começou a falar o nome das duplas, todos achavam que iriam escolher com quem fazer o trabalho mas a professora acabou com as expectativas de todos.
Eu estava torcendo para cair com a Lina ou até mesmo um dos irmãos.
Mas não, veio algo melhor. Bem melhor para alguém sem sorte como eu
— Aurora e... Lorenzo.
A professora procurou por Lorenzo, mas os alunos disseram que ele faltou, ela me disse que falasse com ele e informasse tudo sobre o tema e a data de entrega do trabalho que seria daqui a uma semana.
Eu queria dizer para a professora que a amo. Eu nem acredito que pela primeira vez tive sorte. Porque se tem uma pessoa azarada, essa sou eu.
Nunca ganhei em bingo, raspadinha, sorteio, jogos de cartas, karaokê — acho que cantar mal ajuda nisso —, jokenpô, vídeo game, e todos demais jogos que você pensar. Mas agora eu vou fazer o trabalho com o meu crush, acho que a minha sorte está mudando.
— Tira essa cara de bobona — Lina disse mas nem me importei estava feliz demais para falar qualquer coisa.
— Tudo isso por que vai fazer o trabalho com o tal do Lorenzo? — Jihoon perguntou.
— É! Essa idiota é apaixonada por ele e o cara nunca olhou para ela.
— Todos nós sabemos que ele é o amor platônico dela — Jaegyu disse enquanto fingia prestar atenção na professora.
— Dá para vocês pararem de falar de mim como se eu não estivesse aqui pessoal— falei e eles levantaram as mãos em forma de rendimento.
Eu anotei tudo sobre o trabalho agora faltava a parte difícil, como vou falar com Lorenzo sobre o trabalho? Eu nunca lhe disse sequer um oi.
Não vai adiantar eu ficar nervosa agora, deixa para ficar amanhã, eu dou um jeito.
— Droga! — escutei Jaegyu reclamar enquanto olhava algo em seu celular. — O jogo foi adiado para amanhã. Parece que choveu muito forte em Sant'Olcese e as ruas estão alagadas nenhum ônibus consegue passar.
— Aê! — Lina comemorou e nós a olhamos. — Ah! É que eu recebi uma mensagem a pouco do Luca, ele queria me ver hoje, mas eu disse que não podia. Mas agora eu vou! — Sorriu e digitou algo no celular.
Acho que a minha noite de Netflix não será adiada.
                                      ♤
 
Aula de Educação Física, matéria que sou péssima. Mas o mundo deveria me agradecer por não jogar, porque assim evito um desastre catastrófico que resultaria ossos quebrados. Só que o professor Junior não pensa assim e agora mesmo me mandou dar dez voltas na quadra, porque eu não queria jogar vôlei com as meninas.
Eu deveria ter cabulado essa aula. Merda!
Depois de oito voltas eu já estava morta, como uma perfeita sedentária . Então tive uma ideia.
— Professor, posso ir ao banheiro?
— Vá! — ele falou automaticamente, afinal estava prestando atenção nos jogos dos meninos.
Sai praticamente correndo, antes que ele mudasse de ideia. Agora, era só ficar no banheiro por um bom tempo até que a aula dele esteja no fim.
No começo do corredor eu vi o meu irmão conversando com uns garotos da outra série. Matteo parecia irritado e gesticulava com as mãos enquanto os outros concordavam com a cabeça.
Quando notaram a minha presença os garotos cutucaram o meu irmão que imediatamente veio até mim.
— Você está aí há muito tempo?
— Não, cheguei agora. Do que vocês estavam falando para te deixar tão irritado?
Matteo passou as mãos pelo cabelo parecendo lembrar o porquê da sua raiva. E a sua expressão me deu muito medo, quando ele percebeu o meu olhar suavizou a sua expressão.
— Por que você não está na aula?
— Pergunto o mesmo.
Na verdade, ele era da mesma turma que eu, mas decidiu mudar e eu acho que era para ficar com os amiguinhos dele que vi há pouco.
— Eu vim beber água, mas já estou voltando. — Deu as costas a mim e foi embora.
Ele não respondeu a minha pergunta. Será que a namoradinha dele estava com outro?
Escutei sons de passos e praticamente corri para o banheiro. Não posso arriscar que seja o professor e mande eu voltar e me faça fazer agora polichinelos e correr novamente.
Me tranquei em uma cabine e fechei a tampa do bojo e me sentei e os passos cessaram. Suspirei aliviada e peguei o meu celular.
                                     ♤
 
Depois de passar meia hora naquele cubículo, o sinal tocou. E para a minha alegria, também foi o sinal do final das aulas. Agora, eu estava em frente ao portão esperando o meu irmão, que não tardou muito a chegar e fomos andando mesmo para casa já que meu pai não podia nos buscar hoje.
Algo estava estranho em Matteo, muito calado, nada de provocações, ele sempre está conversando sem parar, e está vindo comigo e não indo para a casa da sua namorada, mas tem bastante tempo que não vejo ele com ela, espero que ele não esteja metido em algo errado, ultimamente eu tenho ficado de olho nele se estiver acontecendo alguma coisa eu vou descobrir.
— Aurora! — Matteo me chamou e virei à cabeça em sua direção ele olhava para os próprios pés e chutava uma pedrinha na rua. — Eu vou te pedir uma coisa e você tem que me prometer que irá cumprir.
Franzi as sobrancelhas o olhando confusa e concordei com a cabeça.
— Não se aproxime do Bianchi.
— Lorenzo Bianchi da minha sala?
— Sim, ele.
— Por quê?
— Eu não posso dizer, não agora, apenas faça isso. Ele é perigoso e poderá lhe machucar.
— Por que diz isso Matteo? E outra, eu nem falo com ele.
— Melhor assim. Depois de dizer isso ele voltou a andar e entrou em casa, nem percebi que tínhamos chegado. Como ele pode dizer isso do Lorenzo, sendo que nunca o vi falar com ele ou machucar alguém. Eu não acredito que ele possa me fazer mal.
Afastei os meus pensamentos quando percebi que estava parada frente à porta e não havia entrado. Assim que entrei senti algo passar por trás de mim e me virei rápido, e assustada olhei em volta e não tinha nada.
— Filha, o que faz parada aí? — escutei a voz da minha mãe e me virei fechando a porta.
— Eu... Nada não, mãe.
Ela sorriu.
— Tenho uma boa notícia, na verdade, seu pai tem.
Fomos andando até a cozinha, meu pai estava sentado tomando café enquanto olhava alguns papéis.
— Minha princesa chegou — ele disse sorrindo e eu corri para abraçá-lo. — E o seu irmão?
— Acho que está no quarto.
— Vá chamá-lo, quero que todos dessa família estejam presentes para o meu comunicado — falou tão sério que eu fiz uma careta, mas depois meu pai sorriu.
— Não precisa me chamar, estou aqui — Matteo entrou na cozinha indo até à geladeira e tirando de lá uma jarra de água.
— Então, vocês sabem que há anos eu venho me empenhando para subir nas empresas Magnero e finalmente consegui. O meu chefe disse que eu tenho muito talento e dedicação no que faço e que confia muito em mim, portanto, eu não deveria ser apenas um relações públicas e me nomeou como vice-presidente. E também disse que iria colocar os meus projetos em prática!
— Parabéns, pai! — falei animada e o abracei, eu me sentia muito orgulhosa por ele meu pai sempre foi muito bom no que faz e a empresa Magnero era uma das maiores empresas de tecnologia aqui da Itália.
— Parabéns! — meu irmão disse dando um sorriso.
— Amanhã eu viajarei para Montoggio representando a empresa, para amostrar um dos meus trabalhos que interessam a eles. E quem sabe juntar às duas filiais.
— Hoje iremos sair para jantar. Temos que comemorar! — minha mãe disse e todos nós concordamos.
                                  ♤
Acordei do meu sono quando escutei um barulho alto de algo pesado caindo dentro do meu quarto e me levantei assustada com a respiração agitada e olhei ao redor mas tudo estava do mesmo jeito, mas a minha janela estava aberta e o galho da árvore do vizinho batia na minha janela. Só que eu lembro de ter fechado ela mais cedo como pode abrir assim do nada?
— Mas ela estava fechada antes. — Franzi as sobrancelhas. — Que estranho...
Ainda com um pouco de medo fui até a janela e olhei para baixo mas não tinha ninguém ali, fechei ela e lembrei de trancar muito bem. As vezes eu só esqueci de fechá-las mesmo não é?
                                    ♤
Se eu dissesse que passei a tarde inteira estudando e lendo vários livros, como uma perfeita CDF, você acreditaria? Pois, não deveria, porque eu passei a tarde toda assistindo séries e mais séries, enquanto me entupia de salgadinhos.
Me levantei preguiçosamente e desliguei a TV.
Escutei o meu celular tocar e fui até o mesmo vendo uma mensagem da Lina junto de uma foto dela com um vestido rodado florido, perguntando se ela estava bonita. Respondi que sim e ela me mandou uns emoji de coração.
E escutei duas batidinhas na porta acompanhada da voz da minha mãe.
— Nós saímos daqui a 45 minutos.
Arregalei os olhos e corri para ir me arrumar, tinha esquecido que iríamos jantar fora.
                                   ♤
O jantar foi agradável e divertido, todos nós em família conversando sobre coisas aleatórias e para falar à verdade, a comida daquele restaurante estava dos deuses. Se quer me conquistar, basta me dar comida.
Entrei no meu quarto e me joguei na cama com a roupa mesmo que cheguei do jantar, eu não estava com a mínima vontade de levantar para trocar.
Senti de novo a sensação de estar sendo observada e me levantei rápido da cama e eu tenho certeza que vi uma sombra se mover perto do meu guarda-roupa. Eu estava assustada, nunca fui de acreditar em fantasmas ou espíritos, mas dessa vez tive medo. Respirei fundo e fiquei de pé, ainda com as pernas meio bambas pelo susto. Senti um arrepio passar por todo o meu corpo e estremeci, mas o que me fez quase ter um ataque do coração foi uma respiração atrás de mim, que eu senti e me virei rapidamente olhando tudo ao meu redor com o coração na mão.
— T-Tem a-alguém ai?
Perguntei olhando para o escuro do meu quarto com medo que respondam de volta, mas não houve um único som. O que me deixou tranquila — só um pouco —. Eu estava assustada e com muito medo, e se tivessem vindo me levar? Não demorei nem mais um segundo olhando para aquele escuro do meu quarto e sai praticamente voando de lá, quase dei um grito ao abrir a porta e me deparar com Matteo, que pelo jeito vinha ao meu quarto.
— Você está bem Aurora? — Ele olhou cada detalhe do meu rosto.
— S-Sim — sussurrei baixo, ele também teria visto a sombra? Meus Deus era mesmo um fantasma? Eu arregalei os olhos ainda mais assustada do que nunca.
Matteo olhou para dentro do meu quarto e uma expressão de raiva dominou o seu rosto.
— Desgraçado! — o ouvi pronunciar baixo.
Acho que ele viu mesmo o fantasma — espírito — não identificado.
— Matteo, eu posso dormir hoje no seu quarto?
— Sim, pode.
Ele foi comigo até o quarto dele e me deixou dormir na cama, ele ia dormir no meu quarto, mas o impedi não queria ficar sozinha, e ele ficou lá comigo até eu conseguir pegar no sono.
Eu não conseguia tirar da minha cabeça aquela sensação que os arrepios causaram e aquela respiração que eu senti, espero que nunca mais aconteça algo assim comigo.

Komentar Buku (3448)

  • avatar
    Helena flavia de lima carvalho

    ooooo

    5h

      0
  • avatar
    SecconPoliana

    !!!!!!!

    1d

      0
  • avatar
    SantosEster Castro

    muito bomm!!❤️

    2d

      0
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