Olá meu nome é Alice Pinnon tenho 22 anos, fui criada em berço de ouro assim pode se dizer, mas não foi sempre assim, houve uma época que eu era feliz, a época em que tudo era simples e eu ainda morava com meu pai biológico, e éramos felizes, mas algo aconteceu e quando eu tinha os meus sete anos até minha mãe enjoar da vida humilde que meu pai lhe oferecia e volta para sua Mansão em Niterói, ao menos é o que eu acredito, pois não me recordo de haver um motivo, nem aviso prévio, se é que posso colocar assim.
Minha mãe sempre foi rica e assim como eu, filha única, já meu pai era o típico plebeu, na época em que se conheceram ele era apenas um policial sem uma família tradicional, o que eu particularmente acho uma baboseira, minha avó faleceu de leucemia quando minha mãe ainda era uma criança e quem cuidou dela foi o meu avô, ele era severo com minha mãe, mas que sempre lhe dava tudo. Quando minha mãe lhe disse que namorava meu pai ele foi contra seu relacionamento, então minha mãe largou tudo se casou com meu pai e logo engravidou, eles levavam uma vida simples, mas nada nós faltava, eu me lembro de que éramos muito felizes, nunca entendi por que eles se separam pouco antes que eu completasse oito anos.
Meu avô faleceu dias antes de nós mudar para sua mansão em Niterói uma cidade linda e cara, quando eu tinha 9 anos conheci meu padrasto/pai Roberto Baldaya, ele é um senador importante aqui no Brasil, além de um magnata do petróleo, quando jovem ainda descobriu que era estéril então sempre me acolheu como filha, ele sempre foi o equilíbrio entre eu e minha mãe melodramática, ás vezes histérica, mas sempre bondosa e companheira.
Na adolescência quando eu tinha 16 anos cometi um crime ajudei a matar meu ex-namorado, ok! pode ser uma revelação um pouco forte para uma apresentação, mas foi um fato e o fato ainda pior é que eu nunca fui punida por isso, desde então minha vida tinha sido um inferno, acreditem me odeio por isso.
Meu pai biológico sempre fez de tudo pra ficar próximo à mim, costumávamos nos ver ao menos 2 vezes por semana até meus 15 anos quando ele foi promovido a Coronel do BOPE- Batalhão de Operações Policiais Especiais- e se mudou para São Paulo temporariamente, onde realiza treinamento junto a outras forças tarefas Especiais como o GOE, mas o que era uma temporada acabou levando mais tempo que o esperado, sempre nos falávamos por telefone, ele sempre foi neurótico com minha segurança, então me dava conselhos como, observar se eu não estava sendo seguida, não aceita bebidas de estranhos e etc. Ele também me convenceu a fazer algum esporte de alta defesa, optei pelo Muay thai e me apaixonei, pratique dos 10 até os 16 anos, meu pai sempre pesquisava a vida de meus amigos e entrava em contato com os seguranças do meu padrasto, no início isso me incomodava depois eu só ignorei, nunca entendi por que ele era tão cuidadoso com minha segurança, até por que foi o que menos me faltou na vida.
Quando entrei na Universidade Federal Fluminense conheci minha melhor amiga/irmã que sempre quis ter Scheilla, ela me tirou do meu mundo sombrio e solitário e é com ela que estou em seu novo conversível vermelho (presente de formatura dos meus país) rumo ao Rio de Janeiro para meu novo apartamento ( também presente de formatura dos meus país).
Um ano antes de nos conhecer o pai de Scheilla, ele havia falecido, mas antes disso deu um desfalque na própria empresa e sua mãe Carla Albuquerque assumiu as Financias das empresas Albuquerques que veio a falir após um ano e meio que nos conhecemos, no início foi difícil pra ela, nessa época Scheilla já conhecia toda minha família e era amiga de minha mãe, aliás as duas se davam muito bem juntas, eram iguaizinhas tinham o mesmo gosto pelo drama e pelo luxo, cheguei a pensar muitas vezes que talvez Scheilla seria melhor filha pra minha mãe, ao menos melhor que eu, uma assassina. Enfim após as empresas Albuquerques falirem a mãe de Scheilla não podia manter as duas em Niterói um cidade cara, nem para continuar na faculdade, as duas acabaram brigando e desde então Scheilla veio morar comigo e foi acolhida como um membro da família desde então.
Agora estou cruzando a maior ponte da minha vida, Niterói a Rio de Janeiro, conquistando minha liberdade, pronta para o que o destino me reserva.